sexta-feira, dezembro 10, 2010

Carbonofraude; É possivel?


Se existe uma ação que, absolutamente, não obteve consenso entre os cientistas e é vendida como verdade absoluta é a questão das mudanças climáticas como resultado das emissões de CO2 por ação humana.

Uma quantidade razoável de cientistas de peso se insurge contra essa corrente principal financiada por somas vultosas e apoiada por forças poderosas. Esses são identificados com exóticos têm logo suas verbas de pesquisa cortadas e não conseguem espaço numa mídia completamente tomada de assalto por essa idéia apocalíptica do aquecimento global gerado por causas humanas.

Definitivamente não acredito, não existem evidências que não possam ser explicadas por fenômenos puramente naturais, alguns ainda nem sequer completamente entendidos pelos meteorologistas e cientistas do clima. Uma grande parte desses cientistas independentes marginalizados pela comunidade científica, afirma que ao contrário do que é propalado aos quatro ventos pelos arautos do apocalipse, estamos entrando em um período de resfriamento.

Entre eles está um renomado cientista brasileiro, Luiz Carlos Molion. Eles mostram com dados errefutáveis das séries de medições históricas e também por medições na Antártica que já aconteceram anos bem mais quentes em épocas que as emissões de CO2 emitidas pela humanidade eram ridículas em relação às atuais e que o fenômeno de aquecimento e resfriamento é cíclico. Quanto às geleiras no ártico as explicações ficariam por conta de um fenômeno ainda não muito bem explicado de aquecimento dos oceanos. O Sol e parâmetros astronômicos são os vilões, não o homem.

E o Brasil, quem diria, sai na frente nessa babozeira estabelecendo legislação de restrição de emissões de carbono. Nós brasileiros somos realmente paradoxais, não resolvemos problemas básicos de saneamento e estamos nos preocupando com regulações idiotas.

Uma pergunta seria: Quais interesses poderiam estar por trás de uma fraude tão bem osquestrada e difundida? Seria possível

Resposta: Sim, o mesmo tipo daqueles que estiveram nos bastidores da hoje comprovada fraude da troca do CFC nos refrigeradores, por produtos mais caros e para encher os cofres de empresas como a Dupont. Interesses que não privilegiam o desenvolvimento dos países mais pobres sob o argumento que não existem recursos para todos caso o mundo inteiro se desenvolva nos moldes das sociedades ditas do primeiro mundo.

Que fique claro que uma coisa é a defesa ordenada do meio ambiente, preservando nosso habitat para as gerações futuras e outra é essa farsa do aquecimento global que aliás sobre ele já publicamos um vídeo bastante elucidador, aqui mesmo nessse Blog.

Outra pergunta; Mas como criar uma idéia tão difundida e aceita na qual embarcam milhares de renomados cientistas e o grande público?

Resposta: Ora, os cientistas embarcam por muitos motivos, desde prestígio à obtenção de verbas para pesquisas, passando por anseios midiáticos. Já o grande público não precisa muita coisa, basta examinarmos o exemplo da história que vem sendo vendida a mais de dois mil anos sobre um personagem que hoje sabemos por pesquisas históricas sérias que não disse e não realizou muito do que se atribui a ele, sem falar em sua ressurreição, milagres e filiação divina.

Portanto, é tudo uma questão de fé não de ciência e em se falando de fé, acredita-se em tudo.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Novos Rumos do WebHitCenter


Em breve Negociart.org

Eis alguns dos fundamentos que iremos colocar à sua disposição no novo site Negociart.org.

  • Negociação: Estilo ou Atitude;

  • Como A Emoção Afeta Sua Negociação;

  • Negociação Não Deve Ser Um Jogo de Soma Zero. Como Criar Opções?

  • Centre seu Foco nos Interesses e Não Nas Posições;

  • Desenvolva Alternativas; Elabore Sua BATNA.

  • Insista em Critérios e Padrões Objetivos;

  • Os Poderes que Afetam As Negociações;

  • Como E Porque Preservar Relacionamentos;

  • Matriz de Negociações Complexas, Busca de Consenso e Mediação

  • Como Monitorar e Implementar Acordos;
Diversas seções, Biblioteca Online, inúmeros textos sobre negociação, um futuro Ebook com todas as técnicas de negociação e uma Ferramenta que lhe dirá na hora, a quantos pontos você se encontra de um negociador moderno e eficaz.

Antecipe seu cadastramento.


quarta-feira, outubro 27, 2010

Cumprindo Tabela


Tenho escrito pouco no Blog e essa postagem visa apenas cumprir a tabela para não ficar um buraco no índice com relação a outubro de 2010.

Tenho consciência que dentro de 4 dias voltarei a ter inspiração que me faltou nesse período em que proliferam os Romários e os Tiriricas. Até no Twitter baixei minha atividade ao ponto de postar apenas 4 vezes em 60 dias. Não aguento a mediocridade da política brasileira.

Ao final desses mesmos 4 dias vou votar no José Serra, não porque o considere ideal para o país e não também porque considere que o governo Lula não tenha méritos, mas apenas porque mesmo com poucas esperanças de elegê-lo, me recuso a dar meu voto para a candidata de um presidente que se tornou chefe de facção, esquecendo-se a liturgia de seu cargo, sem contar o seu total afastamento daquilo que podemos entender como um comportamento ético de um Presidente da República, assunto que já tratei em outra ocasião.

Certamente, depois de 31/10 as postagens vão voltar, pois cessará este tempo de mediocridades que tolda a inspiração de qualquer um.


sábado, setembro 18, 2010

Sérgio Viera de Mello: O idealista

Lendo a biogradia de Sérgio Vieira de Mello, One Man's Fight to Save the World (Cia das Letras e Penguin Books), de Samantha Power, fico estarrecido como um brasileiro deste quilate é desconhecido em seu próprio país.
Os brasileiros tomaram conhecimento sobre Sérgio no noticiário de sua morte e de mais 22 pessoas ocorrida em agosto de 2003 no ataque de carros bomba ao Hotel Canal que era usado como sede da ONU em Bagdá e aonde Sérgio exercia o posto de representante.

Na época, curiosamente a cobertura da mídia brasileira deu a impressão de que Sérgio seria um diplomata brasileiro de carreira, função que ele nunca ocupou tendo sido a vida inteira funcionário da ONU. Aliás, sempre afirmava que nunca trabalharia para o governo brasileiro tendo em vista as injustiças sofridas por seu pai, esse sim um diplomata do Itamaraty, pela ditadura militar.

Sérgio dedicou, inteiramente, sua vida à ONU em missões pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda, Timor-Leste e finalmente Iraque e sua biografia ainda dá esperanças de que a Organização possa ser de algum valor para a paz mundial.

Ainda não acabei de ler, mas certamente publicaremos uma resenha do livro na MPHP ao final da leitura.

terça-feira, agosto 17, 2010

Resenha: Operação Valquíria



Assisti, recentemente, o filme Operação Valquíria de Bryan Singer, com o coronel Stauffenberg protagonizado por Tom Cruise e gostei tanto que preparei uma resenha para a seção Resenha, Livros e Filmes da MPHP. Não é uma época da história que mais me atrai, mas existem episódios que se constituem em exceção, e esse é um deles.

Clique no link para poder acessar a Resenha: "Singer, Bryan, Operação Valquíria - Filme"

segunda-feira, agosto 16, 2010

Soberba Nuclear

A Justiça Federal acaba de dar um golpe na soberba dos dirigentes nucleares, especificamente, da Eletronuclear e CNEN.

Estou me referindo ao Indeferimento do absurdo Mandado de Segurança impetrado pela Eletronuclear e que visava em última palavra fazer com que o Ministério Público, em Angra, não exercesse o seu papel constitucional.

Desejava a Eletronuclear a concessão de medida liminar, para que fossem incontinenti suspensos os efeitos da recomendação exarada pelo Ministério Público, no que se refere à interrupção imediata das obras civis da construção da Usina de Angra 3 autorizadas pela licença de construção de Angra III, restando, em conseqüência, a autoridade coatora obstada de tomar qualquer medida, inclusive judicial, que tencione a dita interrupção.

Qualquer estagiário de direito, e os advogados da Eletronuclear não são certamente recém egressos das faculdades, sabe quais são as funções do MPF e jamais impetraria um mandado dessa natureza para decisão da Justiça Federal.

Tal atitude só vem mesmo corroborar o perfil autoritário desses dirigentes que, certamente, impuseram aos advogados amarrados à sua folha de pagamentos, a propositura dessa aberração.

Sua Exa. Juíza foi clara ao esclarecer que a emissão da Recomendação apontada como ato coator configura uma das legítimas atribuições conferidas ao Ministério Público na Lei Complementar n. 75/93, inc. XX, verbis :
“XX expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como ao respeito, aos
interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis.

A Lei Complementar n. 75/93, inc. XX regulamenta o art. 129, inc. VI do art. 129, da Constituição da República.1 A Carta Constitucional atribui ao Ministério Público Federal a proposição de medidas com vistas à proteção de direitos difusos e coletivos, de modo que a Recomendação sob análise configura um exercício salutar de uma função institucional prevista na Ordem Constitucional (art. 129, inc. III, da CR).
Sua Exa foi igualmente cristalina ao determinar que:
"o periculum in mora apontado pela Impetrante, o mais imediato, seria a propositura de uma ação civil pública pelo Ministério Público Federal,medida a ser adotada pelo Parquet Federal, caso não cumprida a recomendação no prazo estipulado!
É conclui indeferindo a proposição que:
"Ausente o periculum in mora no teor da Recomendação ora impugnada. A paralisação das obras autorizadas na Licença de Construção de Angra III, apenas “recomendada” pela autoridade impetrada, por si só, não resultará na paralisação das obras da Usina Angra 3. A paralisação temida pelo Impetrante somente deverá ser efetivamente imposta, eventualmente, se for o caso, por medida judicial. A propositura de ação civil pública, aventada pela autoridade impetrada, representa o legítimo exercício de direito de aç ão conferido ao Parquet, no art. 129, inc. III, da Constituição da República."
Como se vê os soberbos "donos da verdade nuclear" poderiam evitar que seus advogados sofressem esse vexame processual.

segunda-feira, julho 26, 2010

A Insana Doutrina do Pecado Original


Ultimamente tenho me dedicado mais a escrever sobre política energética nuclear e construção de submarinos nucleares pelo Brasil, mas resolvi fazer uma pausa e dedicar-me a outro dos pilares da MPHP, a luta contra o Obscurantismo Religioso.

Assim escrevi recentemente a Insana Doutrina do Pecado Original que você pode acessar na MPHP, clicando no link nesse parágrafo.

sábado, julho 24, 2010

"Cara-de-Pau" Oficial - Acorda Datena!


A declaração inicial dos PMs que abordaram na saída do túnel Zuzu Angel o carro que atropelou o filho de Cissa Guimarães é a instituição da "cara-de-pau" oficial.

Com certeza, quando abordaram o automóvel não tinham conhecimento de que o atropelado era filho de uma celebridade e da consequente repercussão que o caso teria e então ousaram emitir aquela justificativa absurda de que não tinham percebido os danos no carro devido à luminosidade baixa. Como se fosse possível alguém não perceber os danos mostrados na foto abaixo.


Siena que atropelou Rafael GuimarãesSiena que atropelou Rafael ficou destruído e com o vidro estilhaçado | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia


Hoje já sabemos que os PMs exigiram R$ 10.000 reais e ameaçaram o pai do motorista caso ele não pagasse. Com uma polícia como esta, que recebe dinheiro para alterar uma cena de crime qual o nível de segurança que os cidadãos cariocas podem esperar nas ruas.


A polícia brasileira em TODOS os Estados é despreparada e corrupta e enquanto o governo federal não adotar medidas de coordenação efetiva com os Estados este problema vai continuar, independente do Secretário de Segurança, seja ele bom ou ruim, ajude ou não a reeleição de um Governador.


Enquanto isso, supostos jornalistas especializados em segurança como o Sr. José Luis Datena, o maior dos exemplos, passam a mão sobre as polícias em constantes elogios de excelência na mídia botando panos quentes sobre uma situação insustentável e sobre a qual a população já não suporta mais tantos desmandos. Acorda Datena, a polícia brasileira é péssima e criminalidade não tem nada a ver com ter ou não ter Deus no coração.

FÉ INSANA - O MORMONISMO



A matéria abaixo, publicada pela Super Interessante (Editora Abril), impressiona pelos números. O crescimento dos mórmons no Brasil é alavancado pelo seu programa de "missões", no qual eles investem pesado. A falta de cultura, em muitos casos, abre portas para esse tipo de idéias. Do mesmo modo que procuramos mostrar às claras os métodos da IURD devemos conhecer para combater essa seita que engana e confunde tanta gente.



O segredo dos Mórmons

Eles estão por toda a parte. São tão bons de papo que já conquistaram o Brasil, 3º país com maior número de seguidores.

Um verdadeiro exército de garotos recatados, vindos do interior dos EUA, deve estar andando agora pelas ruas da sua cidade. Sorridentes, eles vestem camisas brancas bem passadas, seguram um livro debaixo do braço e têm como missão levar - provavelmente até a porta da sua casa - o que acreditam ser a verdadeira religião de Jesus Cristo. Eles são da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e mais conhecidos como mórmons.

Há 177 anos, jovens mormons em visitaos mórmons treinam e enviam missionários para converter pessoas ao redor do mundo. Com uma boa dose de perseverança, esses meninos espalhados por aí conseguiram fazer com que a religião crescesse em progressão geométrica. "É bem possível que, daqui a 40 anos, 1 em cada 20 americanos seja mórmon e o mundo tenha cerca de 50 milhões deles", afirma Rodney Stark, professor de sociologia da Universidade de Baylor, no Texas. Hoje, eles são 12,2 milhões. E estão muito perto de ser a segunda religião da história a ter pelo menos uma congregação em cada país do planeta - logo depois dos católicos.

Segundo Frank Usarski, professor de ciência da religião da PUC-SP, isso é resultado de "um esquema de missionários muito potente, em que a oferta define a demanda, e não o contrário". Ou seja: esses meninos de camisa branca fazem toda a diferença. No Brasil, por exemplo, há duas vezes mais mórmons missionários do que evangélicos com a mesma função. Segundo dados do IBGE, em 2000, a Igreja tinha cerca 200 000 adeptos em todo o país. Praticamente o dobro de praticantes de candomblé e 3 vezes o número de judeus. O resultado do trabalho dos missionários é que já somos o 3º país com maior número de fiéis da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todo o mundo. Pode ter certeza de que falta bem pouco para um desses moços tocar a sua campainha.

Quem são eles

Os mórmons são orgulhosamente americanos. Tanto quanto o McDonald's e a Coca-Cola. Eles acreditam, inclusive, que Jesus Cristo deu as caras, em carne e osso, na terra de Tio Sam logo depois de ressuscitar em Jerusalém.

Quem disse isso foi o então adolescente nova-iorquino Joseph Smith, em 1820, o primeiro profeta mórmon. Cristo, após a crucificação, teria subido ao céu e retornado, dias depois, ao seu corpo. Ficou aqui na Terra mais 40 dias, tendo reaparecido nos EUA, na região do Missouri. Smith jura de pés juntos que ouviu de um anjo a informação de que povos que viveram séculos atrás nos EUA receberam esse Cristo ressuscitado.

O período teria ficado registrado em placas de ouro escritas por profetas que acompanharam Jesus no continente. Essas placas desapareceram - elas teriam sido levadas de volta a Deus pelas mãos do mesmo anjo. Um dos profetas, chamado Mórmon, compilou todos os relatos das placas e Smith, 18 séculos depois, teria recebido a missão divina de reescrever essa intrincada narrativa. Ele demorou 10 anos para publicar seus escritos, que deram origem ao Livro de Mórmon, impresso que, ao lado da Bíblia, orienta a religião até hoje.

Com o livro debaixo do braço, Smith foi o primeiro missionário da Igreja. A mensagem de que sua "bíblia" seria o capítulo seguinte ao Novo Testamento conquistou não apenas seguidores como também inimigos políticos e religiosos. Os dirigentes da Igreja nunca se entenderam com o governo americano e com a ética protestante, dominante no país no século 19.

"Os mórmons se afirmavam como os donos da verdadeira palavra de Jesus Cristo e isso alfinetava o protestantismo", diz John Gordon Melton, professor de estudos religiosos da cultura americana da Universidade de Indiana. Fora isso, tinha também o lado político da coisa. Smith era um líder carismático e estava doido para concorrer à Presidência dos EUA, o que incomodava bastante as autoridades.

Os mórmons foram vítimas de centenas de atos de segregação, como incêndios de caravanas lideradas por missionários e peregrinos. Até que Joseph Smith acabou assassinado dentro da cela onde estava preso, em Illinois. Em seu lugar, quem assumiu como líder foi Brigham Young, considerado o segundo profeta.

Caras-pintadas

Dispersos por cidades do Missouri, Illinois e Iowa - região central -, mórmons americanos e europeus convertidos se juntaram rumo a Utah, local ainda alheio ao comando dos EUA em 1844, uma vez que o governo se concentrava na costa leste do país. O marco dessa trajetória foi a construção de um templo em torno de um lago salgado existente no que hoje é a cidade de Salt Lake, norte do estado.

Até que o clima entre os mórmons e o governo americano arrefecesse, episódios bárbaros aconteceram. E o que acabou surgindo foi uma curiosa irmandade: mórmons e índios. Em meados de 1850, os peles-vermelhas se aliaram aos loiros de olhos-azuis no papel de oprimidos, para guerrear. Não eram incomuns ataques a cavalarias do governo executados em conjunto. Mórmons chegavam a pintar o rosto com tinta preta, simulando características étnicas de índios, enfiando-se como lobos entre as formações rochosas da região e desnorteando as caravanas que vinham do leste do país.

Poligamia

A antipatia que os mórmons despertavam na época também tem muito a ver com uma prática que até hoje provoca polêmica: a poligamia masculina. Segundo Joseph Smith, foi Deus quem lhe revelou que um homem poderia ter várias mulheres. Portanto, isso deveria tornar-se regra dentro da comunidade.

Numa época em que o puritanismo tomava conta da sociedade americana, essa idéia realmente não devia pegar muito bem. Alguns historiadores explicam que o comportamento era uma resposta ao fato de que o homem era constantemente convidado a deixar sua casa e partir para missões. O resultado: mulheres desamparadas e sem condições de se sustentar.

Ainda que Smith e Young, seu sucessor, fossem simpáticos à poligamia, a prática acabou fazendo com que aparecessem dissidentes dentro da própria doutrina. Alguns deles chegaram até a denunciar um suposto assédio do líder às esposas de membros da Igreja.

A prática causou tanto falatório que acabou sendo extinta e proibida oficialmente entre os praticantes da religião a partir de uma nova "revelação divina" em 1890. Mesmo assim dizem que até hoje há religiosos que se declaram mórmons e praticam a poligamia por aí. Um exemplo é a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias - para conseguirem ter mais de uma mulher, esses dissidentes apenas acrescentaram a palavra "fundamentalista" ao nome original mórmon, e fundaram outra Igreja.

Você pode ser Deus

Mas em que os mórmons acreditam? Um dos principais pilares da crença é que cada um de nós pode se tornar Deus. Para Joseph Smith, "Deus foi antes o que somos agora". O que quer dizer que, ao seguir os mandamentos eclesiásticos, todo homem seria capaz de chegar à divindade. Isso inclui eu e você.

A salvação entre os mórmons se dá por meio do batismo. "Na hora do julgamento final, Jesus voltará para a Terra e decidirá quem irá para o paraíso. Os escolhidos serão os batizados e seguidores de sua verdadeira doutrina", afirma Nei Tobias Garcia, do Departamento de Assuntos Públicos da sede da Igreja no Brasil.

Para garantir um lugarzinho para entes queridos, é possível batizar até mesmo quem já morreu. Essa prática incentivou a criação de um Centro de Estudos da Família, que mapeia a árvore genealógica de famílias do mundo todo. Cerca de 200 milhões de pessoas mortas já foram batizadas, incluindo Buda, todos os papas, Shakespeare, Einstein e até Elvis Presley.

É bom lembrar que isso não garante que nenhum deles seja um mórmon. "Quando chegar a hora do julgamento, eles vão decidir se desejam fazer parte da Igreja, mas pelo menos lhes damos a oportunidade de escolher", completa.

O batismo também é uma forma de manutenção de uma das instituições mais importantes para os mórmons: a família. Para eles, as famílias vivem juntas pela eternidade.

A importância da família é tão grande que os seguidores são incentivados a ter muitos e muitos filhos - depois do casamento, claro. A taxa de nascimentos entre membros é 50% mais alta do que a média nacional americana.

Quanto a restrições, até que eles nem são tão rígidos. Só não devem ingerir álcool, drogas e nada que contenha cafeína - nem chá preto, muito menos a americaníssima Coca-Cola, veja que ironia.

Os mórmons também trabalham duro, e muito. Seguem direitinho o ditado de que exercer rigorosamente o ofício enobrece. No livro "A Religião Americana", não traduzido para o português, o autor Harold Bloom, professor da Universidade Yale, conclui que foi justamente esse preceito que fez com que os mórmons se tornassem a comunidade mais viciada em trabalho na história da religiões. Segundo análise publicada pela revista Time, se a Igreja fosse uma corporação, seguramente estaria entre as 500 mais ricas do mundo, maior que empresas como a Nike e a Gap. O patrimônio estimado da Igreja de acordo com a mesma revista americana ficaria por volta de US$ 30 bilhões.

Meninos de camisa branca

O segredo de todo esse sucesso é a doutrina da peregrinação. Ou seja: espalhar missionários seriamente comprometidos por todos os cantos. Assim, a maioria dos jovens mórmons, ao atingir 19 anos, sai para cumprir sua missão. Não é uma obrigação, mas cerca de 60% vão. A sede da Igreja nos EUA recebe a ficha dos interessados."O bom de estar em missão é que todos da Igreja o acolhem bem, não importa onde esteja", afirma Eric Portes, mórmon que atualmente cumpre missão em São Paulo.

O treinamento que acontece antes da missão é feito em um dos Centros de Treinamento de Missionários, ou CTM. O principal deles fica em Provo, Utah, onde os garotos que já sabem onde irão servir seguem para passar de 3 a 12 semanas. Lá, aprendem a língua do país para onde irão, técnicas de abordagem, temas que devem ensinar e instruções para planejar melhor o tempo.

Durante a missão, eles ficam isolados do resto do mundo para poder se concentrar no principal objetivo: falar com as pessoas para que elas conheçam a Igreja, e talvez convertê-las. Durante o tempo todo em que estão servindo, o contato com a família é restrito. O telefone só é usado em duas ocasiões especiais: no Natal e no Dia das Mães. O trabalho é pesado e a folga só acontece uma vez por semana, quando podem lavar a roupa, arrumar a casa e escrever cartas. Namorar, nem pensar.

Os mórmons ensinam uma religião, mas seus princípios não são só sobre o paraíso. São também sobre a organização econômica e social que uns devem ter com os outros. No Brasil, essa propagação tem dado resultado porque, ao "contrário da religião católica, que sofreu uma saturação, os mórmons têm espaço para conquistar novos adeptos que se sentem familiarizados e até atraídos pelo modo americano de vida", afirma Gordon. Que os americanos fazem sucesso por aqui, não há dúvida. A novidade é que agora é sem Coca-Cola.

Extraído de Super Interessante

quarta-feira, julho 21, 2010

Pré Sal: Concerto para Vuvuzela e Harpa



A Copa já se foi, mas o irritante barulho das vuvuzelas ainda ecoa, renitente, em nossos ouvidos. A lembrança desse ruído enervante é comparável à agravante campanha do Governo Federal tentando convencer os cidadãos brasileiros de que explorar as jazidas de petróleo da camada dita Pré Sal é a saída mais direta para bancar o nosso desenvolvimento. Ele tenta nos convencer que explorar esse recurso é algo banal, depende somente de desenvolver tecnologias adequadas ou de adaptar outras já existentes. Mais que isso, o Governo tenta nos convencer que com os proventos advindos dessas jazidas, os brasileiros vão tirar o pé da lama e que todos migraremos, em bloco, para um andar superior chamado mundo desenvolvido. Em resumo, num primeiro momento, o Governo chama nossa atenção com as vuvuzelas, mas no sentido mais profundo e de maneira sutil, quer nos iludir tocando, em seguida, os sons harmoniosos de uma harpa. Acontece que essa harpa pode ter procedência duvidosa e vir recheada de ilusões e falsas promessas, totalmente destituídas de bases científicas. Meros cantos de sereias.

Explorar petróleo em profundidades dessa natureza é algo totalmente inédito, nunca tentado, nem aqui nem na China. Aliás, a China nem foi um bom exemplo, pois, sabe-se que o desenvolvimento a qualquer preço preconizado pelo governo chinês não deveria servir de paradigma para qualquer nação democrática. Sugere-se aqui que os brasileiros rejeitem os arpejos maviosos da ilusória harpa governamental e voltem a empunhar as maledetas vuvuzelas, comecem a se engajar numa campanha nacional para discutir, aprender, ensinar e divulgar os prós e os contra dessa exploração que talvez represente o último recurso natural de vulto da nação brasileira. Este assunto é grave demais para ser deixado nas mãos de um petit commité que tomará decisões de imenso alcance que, seguramente, atravessará várias gerações. É preciso ampliar o debate para muito além da mera distribuição dos royalties entre os estados participantes. Que ninguém se iluda, se algo der errado e desastres ecológicos acontecerem, não somente os estados diretamente envolvidos na exploração do recurso sofrerão, mas toda a nação brasileira. Tenho dúvidas que os possíveis benefícios advindos do Pré Sal atinjam a todos os brasileiros igualmente, mas os eventuais malefícios, estes, sim, serão prontamente socializados.

Longe de mim adotar uma postura contrária à exploração dessas jazidas. Não dá para ignorar que se trata de um recurso extraordinário de que a nação dispõe. O que me preocupa é que, devido ao alcance da atividade que estamos prestes a iniciar, a sociedade precisar ser esclarecida, precisa saber mais, para poder opinar, com conhecimento de causa, contra ou a favor. É urgente iniciar uma ampla discussão nacional sobre as vantagens e desvantagens da exploração das jazidas do Pré Sal e, mais especificamente, discutir sobre os perigos ambientais que tal exploração implica, quais as alternativas, quais as medidas a serem adotadas no caso de vazamentos e outros desastres. Os riscos são muitos, alertam os especialistas e as consequências de possíveis desastres são sistêmicas e persistirão por décadas. Na avaliação de vários cientistas, o Governo está brincando com fogo ao mergulhar de cabeça neste empreendimento de tamanha envergadura de maneira tão leviana. Sem aprofundar o debate com toda a sociedade.

Juízo, Brasil, juízo! O país não pode servir de campo experimental para plataformas políticas de partidos, legendas e coligações. O Brasil é maior que qualquer movimento partidário, de qualquer tonalidade. Temos que lembrar que os partidos chegam, ficam por algum tempo e depois se vão. Mas a Nação permanece. Lembrem-se das gerações de brasileirinhos que virão depois da nossa!


quinta-feira, julho 15, 2010

Energia Nuclear - Aceitação Pública



Publicamos na MPHP a primeira parte de um artigo dividido em três e que discute a Aceitação Pública da Energia Nuclear. Assunto importante no momento que a indústria nuclear propala o renascimento nuclear a partir da encomenda de novas centrais nucleares, fato que não ocorria desde o final da década de 80.

Nessa primeira parte, enfocamos a Radiação e quais seus verdadeiros riscos, na segunda parte que virá a seguir abordaremos o Acidente de Fusão do Núcleo, desmistificando alguns mitos e na terceira e última parte entraremos na questão dos Repositórios Finais de Rejeitos de Alta Radioatividadee, que longe de ser um problema técnico não resolvido é na verdade um problema político de difícil solução no qual a aceitação pública tem um relevante papel.

Leia a primeira parte do artigo Energia Nuclear Parte 5a - Aceitação Pública.

terça-feira, julho 06, 2010

MPF: Recomendação Sobre Angra III


Recentemente o MPF-Angra expediu uma recomendação à CNEN e a Eletronuclear sobre a construção de Angra III, solicitando a paralisação das obras e a suspensão da licença de construção até que alguns parâmetros de segurança, supostamente não atendidos pelos requisitos da Licença de Construção emitida pela CNEN, sejam reavaliados.

Leia o artigo na MPHP que analisa detalhadamente o acerto ou impropriedade dessa medida.


quarta-feira, junho 09, 2010

Obama Fere de Morte a Indústria Nuclear




A Administração Obama deu no início do ano um tiro na indústria nuclear que, na minha opinião, se não for mortal vai causar muitas complicações para o projeto de retomada dos empreendimento nucleares de geração de energia nos E.U.A.

Em fevereiro de 2010, Obama propôs a eliminação do programa de reposição de resíduos nucleares que estava sendo projetado e construído, desde 1986, na Yucca Mountain, no estado de Nevada, ao mesmo tempo em que determinou a retirada de fundos do orçamento anual de 2010 para o projeto.

O presidente americano deu assim cumprimento a compromissos de campanha e contenta grupos que se opunham fortemente ao projeto, especialmente, a população de Nevada, representada pelo seu Senador Harry Reid.

O peso desta decisão tem uma influência enorme no desenvolvimento de futuros projetos nucleares e sinaliza que um problema fundamental para a atividade nuclear, ou seja, a definição política adequada de um repositório final de resíduos radioativos, está longe de estar resolvida embora não restem muitas dúvidas aos especialistas que, tecnicamente, esse é um problema solucionado com projetos como o de Yucca Mountain.

Segundo o Senador Reid, que liderou a oposição ao projeto no estado de Nevada, a proposta de estocar rejeitos nucleares na montanha de Yucca ameaçava a saúde e a segurança da população de Nevada e de todas as pessoas através do país. Yucca Mountain que está localizada a cerca de 150 km a nordeste de Las Vegas é, comenta o senador no seu site do Senado numa manifestação de júbilo sobre o fechamento do projeto, um local simplesmente inseguro para o armazenamento de rejeitos nucleares.

Após 27 anos e mais de US$ 10 bilhões de gastos, a maior potência do mundo e com maior quantidade de resíduos a serem armazenados, começa do zero a busca de uma solução política para armazenar resíduos que estarão ativos até mesmo daqui a 10.000 anos, o que coloca um grande desafio de comunicação direcionado para a populações que em um futuro extremamente remoto possam entrar em contado com esse rejeitos, embora tenha que se levar em conta que após 400 a 900 anos esse material será menos radioativo do que os materiais com que os operários de minas de urânio entram em contato durante a mineração desse metal.



Trabalhadores entrando no Túnel de Yucca Mountain - PHOTO BY SAM MORRIS/LAS VEGAS SUN

Mesmo levando-se em conta o exagero com que os ambientalistas e a mídia tratam os possíveis danos causados pelos riscos da atividade nuclear esse episódio deixa uma pergunta para países como o Brasil que pretendem se aventurar em projetos de propulsão nuclear. Como fica o empreendimento da Marinha brasileira de construir submarinos nucleares? Sequer pensaram nisso? Tudo indica que não e, possivelmente, ainda sem nenhuma preocupação com o destino a ser dado aos perigosos resíduos dessa empreitada.

Sobre esse problema recomendo a leitura de nosso artigo Submarinos Nucleares: Descomissionamento.

O que é extremamente preocupante é o fato de que mesmo nos E.U.A, uma democracia mais consolidada do que a nossa, os rumos da discussão terem se enveredado pela politicagem a ponto de em depoimento no Congresso americano em 2005, o então governador do estado de Nevada, ter afirmado que o espediente prevaleceu sobre as leis da física. Seguramente um alerta para uma democracia ao sul do equador.

sábado, maio 29, 2010

Como Gerenciar uma Ameaça Real



A construção e operação de submarinos nucleares traz uma ameaça real dentro de cerca de 35 anos, quando precisaremos descomissionar o primeiro submarino construído pela Marinha Brasileira.

Planejamento sério evita essa ameaça e nos faz evitar o grande problema hoje enfrentado pela Marinha Russa.

Leia na MPHP o artigo Submarinos Nucleares: Descomissionamento no qual todo a questão e os caminhos para a solução são discutidos.

Qual seria a posição dos presidenciáveis sobre o tema, especialmente da candidata do governo? Duvido que esteja ciente da situação.



quinta-feira, maio 20, 2010

Conversa Afiada Desafinada


O jornalista Paulo Henrique Amorim extrapolou todos os limites da ética e da honestidade em suas recente participação no seminário inaugural do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé que serviu de lançamento para a entidade. O vídeo da reunião pode ser encontrado com facilidade na Internet.

Em seminário que durou mais de 2 horas o jornalista, PHA usou da palavra várias vezes lançando suas costumeiras acusações contra a imprensa que denomina de PIG (Partido da Imprensa Golpista), mas dessa vez, além de se valer do deboche e da falta de respeito costumeira contra seus colegas, insinuou que estava sendo armado um golpe para fraudar as eleições de 2010 e evitar a eleição da candidata de Lula, Dilma Roussef.

Dentre os pontos de sua fala, PHA afirmou que o bem mais importante da mídia é a informação e que hoje só se usa a opinião quando o fundamental é propriamente a informação em si. No entanto, parece que ele próprio não exerce sua pregação quando opina e levanta suspeitas sem informar e demonstrar a origem de suas desconfianças.

Quem PHA está acusando? O candidato mais importante na disputa com Dilma, o José Serra? Ou seria o TSE e seu presidente Ricardo Lewandowski?

Quais as provas que o PHA dispõe para fazer tal afirmação, 5 meses antes das urnas eletrônicas serem acionadas?

Ou quem sabe já não seria uma estratégia prévia visando preparar um tumulto antes da posse do novo presidente em caso de derrota da candidata do Lula?

O fato, é que criar esse clima de fraude sem apontar fatores concretos que justifiquem essa acusação configura um crime de ameaça de turbação da ordem pública com resultados negativos e com potencial de desgastar, internacionalmente, a imagem da democracia brasileira.

Qual a autoridade de Paulo Henrique Amorim para se colocar como membro de uma imprensa alternativa e independente visto que serve a uma empresa jornalística cujos responsáveis respondem por inúmeros crimes na justiça desde lavagem de dinheiro a lavagem cerebral passando por extorsão e exploração da credulidade pública? Ou será que os ínuméros ex-fieis da IURD que a processam o fazem por instigação do PIG?

O que fala em suas apresentações o PHA sobre os supostos crimes de seus patrões? O que noticiou sobre o caos no trânsito do Rio durante recente evento religioso patrocinado pela IURD quando a Record, emissora de propriedade da igreja, foi a única emissora de TV do RIO de Janeiro a não noticiar o ocorrido, chegando ao ponto de acusar outros veículos de turbinar um fato que foi nitidamente constatado por toda a sofrida população carioca?

Talvez devêssemos cunhar um acrônimo para o partido da Igreja Universal ao qual o PHA serve: PUTA (Partido Universal Tapeador Arapuqueiro).

Seus colegas que um dia trabalharam na TV Globo hoje devem estar redimidos, pois nunca o vemos fazendo piadinhas sobre o Celso Freitas e a Ana Paula Padrão, mesmo quando certamente os nota constrangidos ao serem obrigados a defender práticas da IURD no Jornal da Record. Vale dizer que eles já pertenceram, como ele próprio, daquilo que chama de PIG.

Acho que ele deveria ser intimado a apresentar suas provas sobre o que afirma com tanta certeza, sob pena de ser colocado no devido lugar, ou seja, um jornalista com desvio de caráter que distorce e orienta fatos para defender suas convicções políticas.


segunda-feira, maio 17, 2010

Coisas do Twitter


O Twitter vem se tornando um mundo a parte dentro deste enorme ambiente virtual que é a Internet.

Aproximadamente 10 meses atrás ao fazer uma reclamação velada sobre proselitismo religioso de uma usuária que eu seguia e reciprocamente me seguia eu tive minha conta bloqueada por essa usuária.

Num primeiro momento fiquei surpreso, pois não tinha tido qualquer atitude desrespeitosa apenas expressara uma opinião. Considero o bloqueio de contas uma atitude drástica que deve ser usada em casos extremos de ataques graves ou Spam, principalmente, os de cunho pornográfico.

Procurei me explicar e encontrando no Blog da usuária um endereço para contatos enviei um email desculpando-me por algum eventual mal entendido ao mesmo tempo que solicitava uma reconsideração do bloqueio oferecendo à usuária a simples e óbvia opção de não mais me seguir.

A reação foi igualmente surpreendente, tendo a usuária solicitado que eu não mais a importunasse por email. Em vista disso, me recolhi e procurei esquecer o ocorrido.

Qual não foi minha surpresa, quando recentemente, passados quase 10 meses do fato, fui desbloqueado e dias depois seguido pela mesma usuária.

Na minha estupefação imaginei duas opções possíveis para ela ter voltado a me seguir no Twitter a despeito da anterior reação violenta em face de uma divergência de opiniões.

A primeira hipótese poderia estar ligada a uma possível reflexão sobre valores cristãos que normalmente são pregados mas não vividos. A usuária tinha resolvido me perdoar. A segunda hipótese, menos abonadora, é que ela tenha se esquecido de meu nome de usuário/avatar e desavisadamente tenha apreciado algum "post" meu e voltado a me seguir sem se dar conta de quem sou eu.

Como pretendo divulgar esse texto no próprio Twitter, esperando que ele seja lido pela usuária em questão, cujo nome não vou divulgar por uma questão ética, tenho agora a oportunidade de receber respostas a algumas das indagações acima bem como esclarecer alguns pontos que estavam no cerne do meu comentário que causou tudo isto. Ela se desejar poderá responder aqui mesmo, nos comentários, ou, se preferir não se expor, enviar-me resposta pelas inúmeras formas de contato existentes no site MPHP.

Minha crítica não é sobre as pessoas cristãs, nem poderia, pois vivo numa família em que o cristianismo é cultuado, mas sobre o obscurantismo de algumas seitas que iludem as pessoas sobre um grande mito. Sobre isso, me revisto da autoridade conferida por mais de 15 anos de pesquisa séria sobre o cristianismo e suas figuras principais. Sigo a esteira, sem jamais pretender me igualar, dos inúmeros estudiosos que nos últimos 200 anos desvendaram muito do que se convencionou chamar de estudo do Jesus Histórico.

Esses estudo não são feitos tomando como base traduções de péssimo nível, como a mais utilizada no Brasil pelas igrejas protestante de João ferreira de Almeida, mas nos originais gregos, hebraicos e coptas de inúmeros documentos do NT e também de apócrifos de grande valor como os de Nag Hammadi e do Mar Morto.

O estudo sistemático do cristianismo antigo já alcançou inúmeras conclusões que infelizmente não chegam ao grande público ainda mais em um país como o Brasil, quer pela pouca demanda, quer pelo lobby cristão.

Resumindo duas das grandes conclusões podemos afirmar que os Evangelhos não representam exatamente o que um personagem de nome Jesus de Nazaré disse e realizou e ao contrário da crença popular difundida, não foram escritos pelas pessoas cujos nomes ostentam em seus títulos, os quais também contrariamente à crença difundida nem sequer foram testemunhas oculares dos fatos narrados. Se Jesus retornasse hoje, classificaria como heresia muito do que se diz que ele falou e realizou. Assim como inúmeros pseudo profetas daquela época Jesus pretendia, como judeu que era, libertar o povo judeu do jugo romano e jamais desejou criar uma nova religião.

Jesus acreditava ser a figura profetizada na Bíblia Hebraica que realizaria todas essas coisas. Ele não era um militarista e não construiu um exército para lutar com os Romanos, uma vez que acreditava que Deus realizaria o grande milagre de quebrar o poder de Roma. O milagre teria lugar no Monte das Oliveiras, tal como profetizado no livro de Zacarias. Quando este milagre não aconteceu, sua missão falhou. Ele não tinha intenção de ser crucificado como um ser divino e teria encarado esta idéia como pagã e idólatra, um pecado contra o primeiro dos dez mandamentos.

Outra grande conclusão é que a redação dos evangelhos visou privilegiar os interesses de grupos dos movimentos cristãos primitivos orientados para a criação de uma nova fé que foi consolidada com a conversão do Imperador Romano Constantino, no séc IV. Um fato que desempenhou um enorme papel na consolidação dessa nova religião foi a instituição da ressurreição de Cristo, que praticamente fez ressurgir um movimento que com o desaparecimento do Messias já encontrava seu ocaso.

Segundo Gerd Luedemann, um dos maiores teólogos alemães modernos, cujas pesquisas o levaram a abandonar o cristianismo, a ressurreição não pode jamais ser interpretada no sentido literal.

É importante notar que a quase totalidade dessas pesquisas foram e são levadas a efeito por cristãos que algumas vezes, mas não em todas, abandonam o cristianismo após suas descobertas dando peso à afirmação dos próprios evangelhos de que "conhecereis a verdade e ela vos libertará".

Como fruto dos meus próprio estudos nos últimos 15 anos, eu tenho a plena convicção de que o cristianismo é o maior mito da civilização ocidental e essa constatação, ao contrário do que pregam as Igrejas evangélicas, nunca me trouxe qualquer mal, apenas felicidade de estar livre de um grande fardo atávico impregnado em nossas mentes, desde tenra idade, por essa sociedade predominantemente teísta.

Não combato os cristãos, apenas me angustio com suas ilusões e luto dentro dos meus recursos de forma veemente contra as seitas que exploram a credulidade das camadas menos instruídas da população, perpetrando diuturnamente um crime constantemente ignorado pelas nossas autoridades em parte pelo medo de serem acusadas de perseguição religiosa.

Evito inclusive discutir com cristãos que apenas se baseiam nas traduções a que me referi, enquanto trago uma bagagem de muitos anos em estudos em fontes primárias e secundárias de elevada erudição. Jamais perderia meu tempo discutindo com um cristão, cuja fonte de informação é apenas a Bíblia, sobre o que Jesus realmente disse em contrapartida ao que colocaram como palavras suas para servir aos propósitos da criação do cristianismo.

Para finalizar, tenho a plena convicção que o Deus Pai do cristianismo, que atende pedidos e olha por nós é a maior das invenções humanas, fruto da necessidade da nossa espécie de encontrar uma justificativa para a própria existência. A maioria tributa esse papel aos deuses desde os fenômenos da natureza em tempo pré-históricos até as entidades divinas modernas, outros em menor número, mas crescentes, atribuem esse papel ao próprio universo.


quarta-feira, maio 12, 2010

Pátria de Chuteiras: Que Bobagem!

A entrevista coletiva do treinador da seleção brasileira após o anúncio dos convocados para a Copa do Mundo foi um poço de reflexões para a nossa sociedade e para o próprio futebol.

Em primeiro lugar o ufanismo patriótico sobre uma simples competição esportiva chega às raias do surreal. Quando Nelson Rodrigues cunhou o termo, "futebol a pátria de chuteiras", certamente nosso maior cronista da tragédia humana estava exatamente analisando e qualificando os excessos.

Gostaria de ver esse ufanismo patriótico na discussão de problemas mais importantes como educação, saúde e o combate à violência.

Dunga, nosso coerente treinador deveria tomar mais cuidado ao entrar em searas às quais não domina. Todos nós, viventes ou não da ditadura e da escravidão estamos chocados com as declarações que agridem a história e os historiadores.

Por outro lado, mesmo dentro de sua seara específica Dunga demonstrou uma coerência próxima da teimosia e que provavelmente fará a seleção jogar coerente e burocraticamente rumo a participar no máximo de quatro partidas nessa Copa.

O sucesso é premiado não só aos coerentes mas principalmente aos ousados.

terça-feira, maio 11, 2010

Resenha do Livro de Philip Pullman


Publicamos na MPHP uma resenha do novo livro de Philip Pullman com seu provocativo título: "The Good Man Jesus and The Scoundrel Christ".

Leia na MPHP aonde você encontra um vídeo de um trecho de uma apresentação de Pullman aonde ele se justifica quando ao título ante a pergunta de um crente ofendido.


segunda-feira, maio 10, 2010

Homofobia, Aidsfobia: o que virá depois?


Júlio Severo

Os ativistas gays passaram anos pregando que a AIDS não é uma doença gay. Agora que a sociedade engoliu essa propaganda, finalmente um grupo gay americano aparece e diz a verdade: “A AIDS é uma doença gay!”


Se a sociedade ainda tiver dúvida de crer numa ligação AIDS e homossexualismo, as aparências são mais do que mera coincidência. Basta notar um fato óbvio: os ativistas gays brigam com unhas e dentes para estar presentes em todas as campanhas de AIDS.


Neste ano, os ativistas colaborarão com o Ministério da Saúde na campanha que será lançada, em 1º de dezembro, contra a “Aidsfobia”. Primeiro, foi a homofobia: Não se dever temer nem ter nojo do homossexualismo. Você tem nojo e repulsa de homens enfiando o pênis no ânus de outros homens? Você tem nojo de atos de homens que enfiam a mão e às vezes até o antebraço no ânus de outro para ter prazer? Você fica enojado só de pensar em homens lambendo o ânus de outros homens? Seu nojo, de acordo com a ideologia homossexual, tem nome. Chama-se homofobia.


Agora, com a ajuda do governo Lula (e parece que nessa área o governo tem ajuda de sobra), criou-se o termo Aidsfobia. Daqui a pouco, a exemplo do programa Brasil Sem Homofobia, o governo Lula poderá também ter a inspiração de lançar um programa Brasil Sem Aidsfobia.


O que é Aidsfobia? Será que é medo de pegar AIDS? Não parece ser o caso. Na verdade, Aidsfobia pode ser principalmente o medo dos ativistas gays de que a sociedade descubra que depois de décadas de campanhas nojentas de prevenção (com abundantes alegações de que a AIDS logo não seria uma doença predominante entre gays) a AIDS continua a ser o que sempre foi: uma doença comum entre os homossexuais. Assim como a sífilis e outras doenças sexuais.


Você tem medo da AIDS? Você tem medo ou nojo das práticas que aumentam e propagam a AIDS? Então você tem Aidsfobia. Você precisa ser curado desse medo. Sinta-se livre para pegar a AIDS. Ter AIDS é um privilégio e direito humano. Acolha e respeite a AIDS e as práticas que mais a propagam. Se deixar que o governo Lula e os ativistas gays iludam você, é assim que você poderá acabar pensando.


Nesse rumo, o que poderá vir em seguida? Pederastofobia? Você se sente revoltado com atos de pederastia (sexo entre homens e meninos)? Nem é bom pensar no resto.


Os ativistas gays, e os que apóiam suas exigências birrentas e extravagantes, têm um problema forte: eles não gostam da verdade. Aliás, se a verdade fosse uma pessoa, seria a maior vítima da intolerância, discriminação, violência e preconceito homossexual. A ideologia homossexual, que é implacável contra a verdade, prega:


AIDS e homossexualismo: nada a ver.


Pederastia e homossexualismo: nada a ver.


Se a sociedade adotar esse tipo de negação da realidade como regra, logo será comum pensar:


Alcoólatra e bebidas alcoólicas: nada a ver.


Deus e a Bíblia: nada a ver…


Entretanto, tudo o que tem começo tem fim. As maiores mentiras têm os maiores tombos. Um grupo homossexual já “saiu do armário” (ou da redoma) da ilusão homossexual para confessar o óbvio: A AIDS é uma doença gay. Nada mais verdadeiro. A AIDS nunca deixou de ser a favor do homossexualismo. A AIDS não tem problema algum com a homofobia, pois vive à vontade entre os que praticam atos homossexuais. A AIDS não tem preconceito algum contra os homossexuais. Pelo contrário, a AIDS ama os que praticam atos homossexuais.


Ninguém pode negar a predominância da AIDS entre homossexuais. Esse é o motivo do envolvimento profundo dos ativistas gays nas campanhas de AIDS. Não é por amor à sociedade. É por amor a suas próprias práticas, pois se a sociedade descobrir a verdade, poderá banir as práticas majoritariamente responsáveis pela propagação da AIDS.


Quanto à pederastia, Mark Foley, um deputado americano do Partido Republicano (geralmente meio conservador), foi denunciado como predador de menores do sexo masculino. Junto com a descoberta, veio o óbvio: uma saída forçada do armário. O deputado, assim como pediatras, padres, pastores, jornalistas e outros com a mesma inclinação, tinha interesse em rapazes — por causa de fortes impulsos homossexuais.


A semelhança aí não é mera coincidência. A realidade está falando — até mesmo gritando — para todos ouvirem. Em meio à surdez politicamente correta, a sociedade tem tanto medo da verdade que banalizou e privilegiou o homossexualismo e a AIDS. Porque expor a AIDS é expor o homossexualismo. Porque expor a pederastia é expor o homossexualismo.


Para quem não gosta da verdade, as campanhas contra a homofobia e contra a Aidsfobia são a solução perfeita — perfeita, é claro, para proteger o homossexualismo.


Quem aí se dispõe a lançar uma campanha contra a verdadefobia?


Fonte: www.juliosevero.com.br


segunda-feira, maio 03, 2010

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segunda-feira, abril 19, 2010

Twitter: Obtendo Seguidores Sem Scripts


Esse artigo complementa, de um ponto de vista operacional, o artigo anterior "15 Regras para um Twitter Saudável".

Conforme indicamos na Regra #2 não utilizo scripts para a obtenção de seguidores, porque esses seguidores serão certamente pinçados de forma aleatória sem nenhuma garantia de que se afine com aquilo que você gosta de discutir e postar. Afinal, estamos no Twitter para interagir e sermos lidos, dai não ser nenhuma heresia a busca por seguidores. Lógico que você não pretende escrever seus posts para apenas você mesmo os ler.

Como então obter seguidores de qualidade?

Isso é muito simples e apenas exige que você se dedique de meia a uma hora, quando estiver no Twitter, para aplicar um procedimento infalível.

Procure visitar as páginas de Twitters que aparecem nos RTs e nas Replies. Se alguém fez um RT ou respondeu a outro usuário, pode ser um indicativo de que o Twitter pode ter algo de valor. Ao visitar a página do usuário analise seus posts e se forem de acordo com o que você aprecia, clique para segui-lo.

Lembre-se de evitar as páginas que são balcões de indicações e observe a relação Following/Followers. Dê preferência aos usuários que possuam uma relação entre 1,0 e 1,1.

Aguarde até 72 horas para verificar se o usuário lhe seguiu. Caso isso não tenha acontecido e você considerar que não interessa segui-lo, sem a reciprocidade, execute o "unfollow", sem fazer qualquer alarde, procurando manter a sua própria relação Following/Follower dentro dos valores acima.

Veja na figura abaixo o desempenho do meu próprio Twitter após a utilização dessa técnica, a partir do início de abril 2010.

















No mais, é você seguir as 15 Regras para ter um twitter saudável e também seguir as celebridades que você desejar sem preocupação da reciprocidade.


sábado, abril 17, 2010

15 Regras Para um Twitter Saudável


O microblog twitter tornou-se uma das mais populares redes sociais e com certeza vai exercer um papel destacado nas próximas eleições presidenciais em 2010.

No entanto, vem sendo usado algumas vezes de uma maneira que não valoriza o seu enorme potencial de integração entres as pessoas.

As regras para um Twitter saudavel que vou listar nesse "post" não são fruto de nenhuma pesquisa, não são universais e são apenas fruto daquilo que com quase um ano de utilização da ferramenta me fizeram passar bons momentos no Twitter e angariar muitas informações, repassar outras tantas e trocar idéias com pessoas interessantes e inteligentes.

Essas regras não vão fazer você entrar no nível das celebridades em termos de seguidores, mas vão lhe proporcionar um bom número de bons amigos e amigas virtuais, no Twitter e que eventualmente poderão se tornar em amigos e amigas no mundo real.

Regra #1 O Twitter não é uma competição de números de seguidores, embora não seja errado desejar obter seguidores que interajam com você;

Regra #2 Como decorrência da Regra #1 a utilização de scripts para auferir quantidades de seguidores é totalmente incompatível com o objetivo de um "twitar" saudável. Seguidores obtidos com esse script não possuirão, necessariamente, uma identificação com você e não estarão lá por que gostam de suas idéias, mas aleatoriamente;

Regra #3 Fica implícito pela Regra #2 que você deve buscar seguidores afins com sua idéias e isso é obtido através de seus posts. A qualidade do conteúdo deles irá pescar os seus seguidores;

Regra #4 Procure sempre novos usuários para seguir. Se após algum tempo você não estiver satisfeito com o conteúdo de seus posts e caso ele não tenha lhe seguido também, dê o "unfollow" sem fazer alardes. Já passei por um ligeiro constrangimento ao fazer alarde de um "unfollow";

Regra #5 Evite dar unfollow em quem já lhe segue a não ser que algo de grave ocorra, mas isso é uma situação excepcional;

Regra #6 Procure usar de reciprocidade, mas você não é obrigado a seguir todos que lhe seguem. Analise os Tweets na página pessoal de um novo seguidor e então decida. Em princípio, não sigo quem tem Tweets protegidos.

Regra #7 Em princípio não siga, necessariamente, um novo seguidor comercial ou órgão de mídia. Analise se é do seu interesse e se ele poderá lhe oferecer alguma informação ou produto no futuro e então decida;

Regra #8 O mesmo da Regra#7 se aplica aos novos seguidores estrangeiros (gringos). Na maioria das vezes ele chegou até você por "scripts" e não vai interagir com você. Analise caso a caso;

Regra #9 MUITO IMPORTANTE Verifique sempre as Menções (Mentions) e as mensagens Diretas (DM). Muitos usuários novos deixam de perceber comentários ou perguntas interessantes porque não tem esse hábito. Para isso é muito importante a utilização de ferramentas como o Tweetdeck, mas a própria página do Twitter permite esse acompanhamento. É só criar o hábito.;

Regra #10 Não transforme sua página no Twitter em um balcão de indicações. Alguns usuários não tem nada em suas página além de indicações. Não siga usuários que agem desse modo;

Regra #11 Faça suas indicações através de RTs, acrescentando ou não. Essa é a melhor e mais eficaz forma de indicar um usuário. Caso não o siga, analise a possibilidade de também o seguir;

Regra #12 Coerente com a Regra #11 busque frequentemente novos usuários para seguir, nas mensagens em RT. Se alguém deu um RT, a mensagem ou o usuário deve ter algum predicado bom;

Regra #13 Alterne seriedade e temas sérios com humor e brincadeiras saudáveis com outros usuários com quem tenha afinidade. Isso torna seu twitter leve e vai atrai novos seguidores;

Regra #14 Procure agir com civilidade e urbanidade. Palavras de baixo calão nunca vão lhe recomendar. Respire fundo e tome um café antes de responder, caso algo tenha lhe perturbado muito. Lembre-se os conflitos não estão na realidade objetiva, mas na mente das pessoas;

Regra #15 Siga todas as listas que lhe seguirem;

No mais é aproveitar essa maravilhosa ferramenta que para alguns até se transforma em um vício bom. E se gostou, siga nosso twitter em MPHP

Leia também, "Obtendo Seguidores Sem Scripts"


domingo, abril 11, 2010

Belo Monte: Aonde está a Verdade?


A discussão entre defensores e opositores da UHE de Belo Monte, no Rio Xingu, reforçam a idéia de que todos temos uma ideologia e a imparcialidade não é uma qualidade comum entre seres humanos.

Se você analisar o Relatório de Impacto Ambiental produzido pela Eletrobras e o estudo crítico realizado por especialistas contrários à construção da Hidrelétrica você só pode chegar a uma de duas conclusões; ou a Eletrobras é incompetente ou desonesta.

É mais do que sabido que se você inicia um estudo com objetivo de encontrar falhas em outro estudo você vai encontrar. É da natureza humana, pois os conflitos não estão na realidade objetiva, mas na mente das pessoas.

No Painel de Especialistas - Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte, logo na apresentação, na página 10, encontramos o parágrafo abaixo que demonstra nitidamente e intenção primordial de buscar erros:
Trata-se de estudo crítico realizado por um Painel de Especialistas (pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa), com o objetivo de evidenciar para a sociedade as falhas, omissões e lacunas destes estudos e subsidiar um processo de decisão, que se espera seja pautado pelo debate público - sério e democrático.

Ora como dissemos se o objetivo é evidenciar falhas a análise será orientada para isso potencializando tudo que possa ser uma falha. Será que precisamos criar um Painel de Especialistas2 para analisar, veja bem o termo, analisar o trabalho do Painel de Especialistas?

Não é crível que uma empresa idônea e de reconhecida competência como a Eletrobras produza um relatório com os erros grosseiros apontados pelo PE*, que vão desde a subestimação da quantidade da população atendida determinando-a em cerca de um quarto do que o PE considera real, passando pela indefinição do que seja o termo "atingido" e culminando com uma demonstração de que o projeto não seja sequer economicamente viável, como quer demonstrar o PE.

Sem ainda esquecer a grave acusação de que a construção de Belo Monte visa destinar lucro para as indústrias eletro-intensivas da Amazônia como a do alumínio e também beneficiar as próprias empreiteiras encarregadas da construção e não, como seria de se esperar, suprir de energia o sistema elétrico integrado nacional.

A verdade não pode estar nesses extremos, precisamos encontrar um meio termo e fugir das versões ou de teorias de conspirações. Não existem evidências no PE de que os que combatem a construção da unidade estejam procurando ganhos-mútuos, pelo contrário, demonstram estar, unicamente, almejando impedir a construção de Belo Monte.

*PE - Painel de Especialistas - Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte.




quarta-feira, abril 07, 2010

Exageros da Procuradoria da República


Admiro bastante o trabalho da Procuradoria da República desde que a Constituição de 1988 definiu suas atribuições de uma forma clara e independente e seus procuradores vêm desempenhando um papel importantíssimo em defesa dos direitos difusos da sociedade.

No entanto, vez ou outra identifico exageros e avanço na competência do órgão quando procuradores identificam questões que possam lhes direcionar os holofotes da mídia e impetram ações e investigações fora de propósito. Foram ações deste tipo que incentivaram o Deputado Paulo Maluf a propor o nefasto projeto de mordaça do MP que esperamos não seja sequer apreciado pelo presidente da Câmara dos Deputados.

No momento identifico duas dessas situações:

a) Ação tentando anular a licença ambiental de Belo Monte, emitida pelo IBAMA, impedindo o Leilão já programado;>

b) Investigação sobre a compra dos caças da FAB, que sequer foi completada.


No primeiro caso, o MP tenta passar por cima dos órgãos competentes para emitir essa licença, no caso o IBAMA, que já exigiu 40 condicionantes a serem cumpridas antes da obra ser iniciada. Ou seja, a realização do leilão não garante o início das obras se as condicionantes não forem cumpridas. O MP procura substituir a função da agência que já está atuando em defesa do meio ambiente atropelando nitidamente o executivo e buscando para si os holofotes da mídia.

O segundo caso é ainda mais emblemático, pois trata-se de uma decisão estratégica de Estado e que não está subordinada necessariamente à oferta de menor preço, item que o MP pretende questionar em sua investigação. Tudo isso acontece porque o sociedade civil ainda não adquiriu uma cultura de defesa. Nossa sociedade ainda considera defesa um tema dos militares quando não é assim nos países centrais, posição que o país com seu crescimento econômico pretende se enquadrar.


segunda-feira, abril 05, 2010

O Criador de Mitos (Mythmaker)



Sempre me pergunto qual a razão pela qual um mito, nitidamente criado pelos cristãos primitivos, veio a se tornar numa religião que influenciou e ainda influencia todo o mundo ocidental por mais de 2000 anos.

Só a ignorância e a falta de cultura e preparo necessário para permitir o acesso e entendimento das fontes históricas pode explicar esse fato.

Deter-nos apenas no Novo Testamento, que contém o cerne da religião cristã, é suficiente para provar que todas essa história não passa de um grande invenção criada através de interpretações equivocadas e traduções piores ainda, daquilo que um personagem obscuro, como muitos outros naquela época, pregou e realizou.

Se Jesus Cristo, uma figura messiânica na acepção da religião judia de então, aparecesse ressuscitado e percebesse tudo que se disse que ele falou e realizou, ele certamente condenaria a maior parte como heresia.

Jesus e seus seguidores não tinham nenhuma intenção de fundar uma nova religião. Ele se considerava como o Messias da tradição judaica no sentido intrínseco do termo. i.e., um líder humano que restauraria a monarquia judaica, expulsaria os invasores romanos, estabeleceria um estado independente judeu e inauguraria uma nova era de paz, justiça e prosperidade. (conhecida como o Reino de Deus) para todo o mundo.

Jesus acreditava ser a figura profetizada na Bíblia Hebraica que realizaria todas essas coisas. Ele não era um militarista e não construiu um exército para lutar com os Romanos, uma vez que acreditava que Deus realizaria o grande milagre de quebrar o poder de Roma. O milagre teria lugar no Monte das Oliveiras, tal como profetizado no livro de Zacarias. Quando este milagre não aconteceu, sua missão falhou. Ele não tinha intenção de ser crucificado como um ser divino e teria encarado esta idéia como pagã e idólatra, um pecado contra o primeiro dos dez mandamentos.

Essa idéias estão brilhantemente expostas no magnífico livro de Hyam Maccoby, "The Mytmaker - Paul and the invention of Christianity, sobre o qual em breve publicaremos uma resenha na MPHP.

No livro Naccoby explica porque Paulo e não Jesus foi o verdadeiro criador do cristianismo. Mostra a verdadeira face de Paulo diferente daquela apregoada no Novo Testamento por ele próprio e por seu pupilo, o autor do Evangelho denominado como de Lucas.Vale a pena ler. Um pouco disso já mostramos em Paulo, O Apóstolo Virtual.

Para aqueles que tem a capacidade de penetrar nos estudo históricos da formação do cristianismo fica a angústia de ter a certeza de que bilhões de pessoas são iludidas por um dos maiores mitos da história da humanidade.


terça-feira, março 09, 2010

Doutoras



Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem um trabalho".

"Claro que tenho um trabalho", exclamou Anne. "Sou mãe!"

"Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga sua, chamada Marta, soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo. Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi: "Qual é a sua ocupação?"

Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

- Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.

Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:

- Posso perguntar o que é que a senhora faz exatamente?

Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou:

- Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa.

Pensando na sua família, ela continuou: "Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas."

À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.

Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz. Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação.

"Mãe, onde está meu sapato? Mãe, me ajuda a fazer a lição? Mãe, o bebê não para de chorar. Mãe, você me busca na escola? Mãe, você vai assistir a minha dança? Mãe, você compra? Mãe..."

Sentada na cama, Marta pensou: "se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas: Doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, Doutoras executivas sênior.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: Doutoras na arte de fazer a vida melhor.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Carta Aberta ao Arruda


Algumas semanas antes de irromper o escândalo denominado mensalão do DEM, eu o vi ex-governador Arruda em entrevista à Rede TV, no programa do Jornalista Kennedy Alencar, se apresentar como uma cândida vestal. Naquela ocasião chegou a brincar com seu infortúnio anterior do Painel do Congresso.

Hoje, preso, ainda demonstra esperanças de manipular políticos e se manter no poder ou pelo menos evitar a cassação.

Ex-Governador, sua melhor e unica atitude, que poderia ainda lhe conferir um certo respeito, é confessar e entregar todo esse escabroso esquema.

Crimes como o seu deveriam merecer julgamento em júri popular, pois são equivalentes a homicídio doloso já que indiretamente suas ações criminosas provocam mortes por falta de recursos em serviços essenciais como a saúde.

A nação brasileira não suporta mais políticos corruptos com sua indiferença e cara-de-pau de mentir descaradamente. Panetones, Sr. Ex-Governador? Não primam nem pela criatividade dado ao descaso com que tratam a coisa pública.

Aproveite para refletir durante esse seu período, seguramente mais confortável do que VSa merece, para decidir pela confissão e ajudar o estado brasileiro a se livrar dessa praga.

sábado, fevereiro 06, 2010

Fantasmas dos Balcãs


Em função da minhas leituras sobre Alexandre o Grande, como interessado em sua história e "heavy reader" sobre o tema busquei informações globais sobre a península balcânica, na qual se insere a Macedônia, e topei, entre muitos outros, com um livro sobre a epopéia dos povos balcânicos.

Trata-se de "Balkan Ghosts: A Journey Through History " escrito por Robert D. Kaplan, nos idos de 1990.

Este livro é, se é que pode dizer assim sobre a tragédia humana, um consolo para os que costumam dizer que o povo brasileiro, com seus meros 500 anos de existência, é um povo sofrido.

Em comparação com os povos balcânicos temos vivido no Éden, totalmente afastados do centro dos modelos de barbaries já perpetrados contra a humanidade.

Não terminei de ler, mas ainda no terceiro capítulo o livro já conseguiu me atingir com uma elevada carga de choque que me faz indagar quais seriam os limites da crueldade humana em nome de crenças religiosas, não de etnias, pois as etnias naquela região pouco diferem uma das outras.

Certamente, ao terminar o livro, farei uma resenha a ser publicada na MPHP, e ela seguramente deverá ter um viés, pois todos temos ideologias inerentes à nossa criação e formação e é impossível uma análise sem qualquer tendência. Digo isso, porque analisando as resenhas que o livro recebeu de leitores na Amazon alguns (6%) indicaram que o autor era tendencioso. Ora se um autor é judeu certamente terá um viés diferentes de um muçulmano e vice-versa. Cabe ao leitor distinguir fatos e isolar tendências.

Ainda sobre os comentários do livro na Amazon, como ilustração: existem na data de hoje 124 comentários que produziriam um máximo de 620 pontos na escala 1-5. O livro obteve 462 pts, ou seja, uma aprovação de 74,5%.

sábado, janeiro 16, 2010

Logística de Alexandre O Grande

Publicamos no Fórum na MPHP aspectos interessantes da logística do exército de Alexandre. São pontos que talvez você nunca tenha pensado. Vale a pena conferir.

O Exército Macedônico e Seu Sistema Logístico.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Resenha de Filmes - Alexandre O Grande


Publicamos duas resenhas sobre duas versões de filmes sobre a vida de Alexandre O Grande:

Diretor Rober Rossen 1956 Richard Burton como Alexandre

Diretor Oliver Stone 2004 Colin Farrell com Alexandre.

Vale a pena ler e verificar a enorme diferença entre as duas versões.