sexta-feira, junho 10, 2011

Decisão equivocada alimenta impunidade

A declaração de hoje do ex-presidente Lula, afirmando que a Itália deve respeitar a soberania brasileira é no mínimo patética.

Lula negou extradição a um meliante considerado pela justiça italiana como criminoso comum e condenado em todas as instâncias judiciais daquele país e também por organismos internacionais.

Ajudado por um surpreendente Supremo Tribunal que parece não conhecer o Direito Internacional, Lula e o STF passaram a mensagem ao mundo de que a justiça de um país democrático como a Itália é incompetente e violadora de direitos humanos e ao contrário do que diz o ex-presidente, desconsiderou o tratado de extradição assinado pelo Brasil e a Itália.

O STF deixou ao Presidente a decisão, isso até pode ser aceito, mas uma decisão que deveria ter sido tomada dentro dos limites da Lei, que já tinha sido interpretada pelo próprio STF no julgamento do mérito em 2009.

O Brasil não merece o desgaste provocado por uma decisão equivocada, pautada em ideologias emanadas da sua troupe esquerdista apreciadora de ditadores e tiranos e que demonstrou comportamento, inteiramente, oposto no caso dos atletas cubanos durante o pan-americano de 2007, quando os desertores foram rapidamente entregues ao "coleguinha" Castro.