quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Carta Aberta ao Arruda


Algumas semanas antes de irromper o escândalo denominado mensalão do DEM, eu o vi ex-governador Arruda em entrevista à Rede TV, no programa do Jornalista Kennedy Alencar, se apresentar como uma cândida vestal. Naquela ocasião chegou a brincar com seu infortúnio anterior do Painel do Congresso.

Hoje, preso, ainda demonstra esperanças de manipular políticos e se manter no poder ou pelo menos evitar a cassação.

Ex-Governador, sua melhor e unica atitude, que poderia ainda lhe conferir um certo respeito, é confessar e entregar todo esse escabroso esquema.

Crimes como o seu deveriam merecer julgamento em júri popular, pois são equivalentes a homicídio doloso já que indiretamente suas ações criminosas provocam mortes por falta de recursos em serviços essenciais como a saúde.

A nação brasileira não suporta mais políticos corruptos com sua indiferença e cara-de-pau de mentir descaradamente. Panetones, Sr. Ex-Governador? Não primam nem pela criatividade dado ao descaso com que tratam a coisa pública.

Aproveite para refletir durante esse seu período, seguramente mais confortável do que VSa merece, para decidir pela confissão e ajudar o estado brasileiro a se livrar dessa praga.

sábado, fevereiro 06, 2010

Fantasmas dos Balcãs


Em função da minhas leituras sobre Alexandre o Grande, como interessado em sua história e "heavy reader" sobre o tema busquei informações globais sobre a península balcânica, na qual se insere a Macedônia, e topei, entre muitos outros, com um livro sobre a epopéia dos povos balcânicos.

Trata-se de "Balkan Ghosts: A Journey Through History " escrito por Robert D. Kaplan, nos idos de 1990.

Este livro é, se é que pode dizer assim sobre a tragédia humana, um consolo para os que costumam dizer que o povo brasileiro, com seus meros 500 anos de existência, é um povo sofrido.

Em comparação com os povos balcânicos temos vivido no Éden, totalmente afastados do centro dos modelos de barbaries já perpetrados contra a humanidade.

Não terminei de ler, mas ainda no terceiro capítulo o livro já conseguiu me atingir com uma elevada carga de choque que me faz indagar quais seriam os limites da crueldade humana em nome de crenças religiosas, não de etnias, pois as etnias naquela região pouco diferem uma das outras.

Certamente, ao terminar o livro, farei uma resenha a ser publicada na MPHP, e ela seguramente deverá ter um viés, pois todos temos ideologias inerentes à nossa criação e formação e é impossível uma análise sem qualquer tendência. Digo isso, porque analisando as resenhas que o livro recebeu de leitores na Amazon alguns (6%) indicaram que o autor era tendencioso. Ora se um autor é judeu certamente terá um viés diferentes de um muçulmano e vice-versa. Cabe ao leitor distinguir fatos e isolar tendências.

Ainda sobre os comentários do livro na Amazon, como ilustração: existem na data de hoje 124 comentários que produziriam um máximo de 620 pontos na escala 1-5. O livro obteve 462 pts, ou seja, uma aprovação de 74,5%.