quarta-feira, março 16, 2011

Vamos parar de brincar

Enquanto a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, toma uma atitude corajosa e coloca em cheque o funcionamento das usinas nucleares na Alemanha, ameaçando fechar, se preciso for até por decreto, os porta-vozes do governo brasileiro são evasivos e com argumentos desgastados e baseados na suposta estabilidade do solo brasileiro, defendem usinas igualmente de projetos ultrapassados, da década de 70, e submetidos a incompetência de gestão, que até hoje não definiu rotas de escape confiáveis nas rodovias, caso aconteça um acidente nuclear em Angra.


Esta na hora do setor de energia brasileiro parar de brincar com a energia nuclear e a Marinha Brasileira pensar, antes de construir um submarino nuclear, em se preparar para quando tiver que descomissioná-lo ou tirá-lo de serviço, atividade importante que sequer se preocuparam até agora.

Os "donos da verdade", característica que já conhecemos do corporativismo nuclear, ainda não se renderam, mesmo com as evidências de mais essa catastrofe que se anuncia no Japão.

A pergunta é: Com uma matriz energética como a nossa é importante manter essas caixas de Pandora tão próximas de densidades populacionais tão densas, como a localização de Angra e Itaguai onde a Marinha constrói a sua própria caixa de Pandora?