domingo, janeiro 02, 2011

Battisti: Quem explica?

Realmente, explicar a política externa do governo Lula é uma das tarefas mais difíceis para qualquer analista político sério.

Desde o namoro com Armajinehad até a decisão ao apagar das luzes de não extraditar o condenado italiano Cesare Battisti, o rumo empreendido à política externa brasileira pelo grupo que assessorava o ex-Presidente Lula só pode ser traduzido por argumentos que povoam, exclusivamente, cabeças como a do assessor Marco Aurélio Garcia.

Um problema que não é nosso, um suposto criminoso que nos basta frente ao criminosos nacionais pode se transformar uma questão italiana em um problema brasileiro de consequências danosas para o país.

A preocupação com os tratamento que poderá ser conferido pela justiça italiana ao condenado deles importa mais do que as condições em que vivem nossos próprios condenados em cadeias putrefatas e superpovoadas.

Como alguém já disse, para Dilma ter sucesso em sua política externa basta fazer o contrário do que fez Lula. Será que fará, tendo no Ministério das Relações Exteriores um pupilo de Amorin?

Alguém explique por favor; Porque Lula negou a extradição de Battisti? Confesso que não me ocorre nada plausível.

A promiscuidade mudou de endereço?


Dois fatos, durante a posse de Dilma Rouseff, mais ou menos ao mesmo tempo, podem ter passado despercebido ao grande público, mas não para um observador atento.

Ao final dos cumprimentos das delegações estrangeiras Dilma recebe cumprimentos da cúpula da Record com Bp. Macedo e diretores da emissora. Estranho e inconveniente, já que o recebimento de cumprimentos das autoridades e personalidades brasileiras foi feito logo em seguida em outro local para o qual Dilma se deslocou em seguida. Imediatamente antes dessa cena, a Globo encerrava suas transmissões da posse apresentando o Caldeirão do Huck e a GloboNews passava para cenas de estúdio.

Um pouco depois, a mesma Record exibia, com exclusividade, uma entrevista ao vivo com José Alencar, pelo telefone, diretamente do Hospital Sírio Libanês.

Essa preferência pela Record já havia sido inaugurada logo após às eleições quando a primeira entrevista da Presidente eleita foi dada ao Jornal da Record, quebrando uma rotina anterior, comandada pelo Jornal Nacional da Rede Globo.

Será ainda influência do ex-Vice e do bispo Senador, via ex Presidente Lula, ou Dilma está mesma inaugurando uma promiscuidade com a Record.

Tanto uma como outra não são democráticas, mas essa tem um tempero amargo a mais. Vamos ficar atentos a laicidade desse governo.