sexta-feira, setembro 25, 2009

Patrulha Naval


Publicamos na seção Problemas Brasileiros mais um artigo do VAlte (Rfm) José Luiz Feio Obino.

Nesse artigo ele analisa as necessidade de patrulha naval dentro do contexto da nova Estratégia Nacional de Defesa - END.

Acesse Patrulha Naval.


domingo, setembro 20, 2009

Twitte com Ética


Alguns usuários do Twitter estão usando um comportamento que considero injusto, antidemocrático e mesmo antiético.

Trata-se da prática de bloquear seguidores que fazem "unfollow" deixando de seguí-los.

Ora, deixar de seguir alguém é um direito do usuário que em busca de conteúdo afim com seu perfil pode promover freqüentes substituições de seguidores. Ainda mais se levarmos em conta de que para seguir alguém com qualidade, o número de seguidores máximo deve estar situado entre 150 a 200 seguidores.

A gravidade desse comportamento é explicada pelo fato de que os diversos programas que categorizam os twitters levam em consideração o número de "blocks". Assim, um usuário pode ser nivelado a um "spammer" ou com perfil de conteúdo pornográfico pelo simples fato de que pessoas o bloquearam injustamente e ter seu "grade" abaixado entre os twitters e mesmo, eventualmente, ter a conta cancelada por excesso de "blocks".

Quando você segue alguém, pode tê-lo escolhido por algum critério subjetivo inicial que com as sucessivas postagens do novo seguido pode deixar de ser importante e você decida deixar de segui-lo. Não significa que ele é melhor ou pior apenas que não se enquadra no conteúdo que você busca e assim não faz sentido ser bloqueado por deixar de acompanhá-lo. A atitude coerente é, no máximo, retribuir o "unfollow", isso se as postagens também não lhe interessam o que significa que não seria nem mandatório deixar de segui-lo pelo fato dele não lhe seguir mais.

Eu espero que essas pessoas reflitam sobre essa atitude e ajam de maneira mais democrática ressalvando o fato de que não sofremos esse tipo de ação, mas temos visto ser relatada a sua aplicação como se isso fosse o correto a ser feito.




quarta-feira, setembro 16, 2009

Fumo Amigo


Depois que a iniciativa da Lei Antifumo, colocada em vigor em São Paulo, começou a se espalhar pelos demais Estados da Federação identifiquei um movimento interessante dos fumantes; estão querendo negar o óbvio, ou seja, começam a sofismar sobre os malefícios do fumo.

Encontrei dos sites exercitando esta política. FumantesUnidos e EuFumo.

Os sites apresentam uma abordagem ligeiramente diferente para o mesmo objetivo de defender os fumantes tentando transformá-los em vítimas de perseguição de uma sociedade autocrática.

O primeiro deles, FumantesUnidos, ostenta uma clara apologia ao ato de fumar baseando sua argumentação inteiramente na contestação das novas leis antifumo que começam a proliferar rapidamente por todo o país. Procuram apresentar estatísticas, que já se mostraram falaciosas em países que aboliram o fumo em locais fechados há mais tempo que o Brasil, alegando prejuízos dos bares, boates e restaurantes. Pesquisas em cidades como Dublin e Nova York mostram exatamente o contrário, pois não foi registrada queda do índice de emprego que pudesse ser associada à Lei e por outro lado foram registradas significantes reduções da poluição do ar e de incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares em empregados do setor.

O segundo site, EuFumo é mais sutil e sob o mote e um manto de defesa do fumante e não do fumo apresenta argumentações similares e chega ao cúmulo de apresentar supostas evidências de que fumante passivo não existe. Chegam ao ponto de afirmar que as mortes anuais em virtude do fumo passivo são de apenas 3.000 nos E.U.A de onde as estatísticas são tomadas e não os asustadores números propalados pela propaganda oficial do Ministério da Saúde. Ora, que sejam os 3.000 que eles consideram. Uma só morte já seria suficiente para que fossem estudadas medidas contra o fumo passivo.

O curioso nessas argumentações é que os fumantes, se dizendo perseguidos, invocam o direito da liberdade de decidir pelas suas ações e se esquecem que as pessoas expostas à fumaça de seus cigarros também têm direitos a serem preservados e um deles é não ser incomodado por essa fumaça.

Alegam que a lei é, extremamente, rigorosa e draconiana, no que talvez tenham razão, mas a causa disso foi, certamente, o comportamento deseducado e antiético da grande maioria dos fumantes ao longo dos anos. A lei só se faz necessária quando a falta de comportamento adequado da sociedade a exige.

Batalham pela manutenção dos fumódromos que todos sabemos que para serem eficazes precisam estar, inteiramente, isolados das demais áreas do estabelecimento, com todo o aumento de custos que isso representa e não os arremedos tais como a antiga separação física nos aviões que descaradamente ludibriava os não-fumantes e acabou sendo causa freqüente de um dos mais agressivos tipos de câncer pulmonar e típico nos viajantes aéreos intensivos.

Nesta reivindicação por fumódromos esquecem-se dos funcionários dos estabelecimentos. Seriam todos fumantes? Seriam ambientes "self-services"?

Em suma, assim como se acostumaram a mais de 50 anos a não fumar nas salas de cinema e a cerca de 20 anos a não fumar nos aviões os fumantes vão acabar se ajustando e o melhor ajuste é, sem dúvida, parar de fumar.

Pedregulhos nos parabrisas!


Que tipo de ser humano atira um paralelepípedo de cerca de 10Kg no para-brisa de um automóvel em movimento em uma via pública?

Ontem a professora de educação física Cinéa Cordeiro, cujo carro teve o para-brisa quebrado por um pedregulho, que lhe causou traumatismo craniano no acesso 10B, da Linha Vermelha, direção baixada, no Rio de Janeiro.

Não é a primeira vez que isso acontece durante tentativas de assaltos.

Um bandido desses obtém algum tipo de recuperação em alguma unidade penal?

Devemos aplicar os direitos humanos para tratar com um animal desses ou devemos torcer para que reajam a uma ação policial e assim recebam o merecido e legalizado "aço", tudo dentro das regras dos Direitos Humanos.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Estratégia Nacional de Defesa - Marinha


Completamos nossa análise da Estratégia Nacional de Defesa - END no que concerne a Marinha, em continuação à análise geral da END publicada em julho.

Você já pode acessar a parte relativa a Marinha na END, em breve as análise da Aeronáutica e Exército.

O Romance do Pré-Sal


O anúncio e a enorme discussão sobre o novo marco regulatório do petróleo nos incentivaram também a colocar nossa opinião expressa no artigo "O Romance do Pré-Sal" na seção Problema Brasileiros da MPHP

quinta-feira, setembro 03, 2009

Sindrome da Impotência Adquirida (SIA)


No século 21 nos acostumamos a imaginar que com a popularização da Internet temos, os cidadãos comuns, o mesmo poder midiático que sempre ora impressionou ora assustou a humanidade ao longo do século passado.

No entanto, recentemente estamos constatando que os homens de bem deste país, aqueles que não se alinham entre o contigente de beócios manipulados mansamente pelo primeiro beócio do país ou que não formam na massa de manobra na qual o antídoto bolsa-família tem sido inoculado, estão sofrendo de uma síndrome cujo vírus os aniquila e angustia.

Esta condição se apresenta nas inteligências ainda não bestificadas pelo béocio-mor e seus conselheiros goebelianos ante a incapacidade de influenciar e fazer frente a este ambiente de constantes afrontas à ética alimentadas por um arsenal de mentiras e ilusões.

Trata-se do que vou denominar de Sindrome da Impotência Adquirida (SIA).

Em 1992, por uma cascata decorativa na casa da Dinda e um Fiat Elba conseguimos, ainda sem Internet, movimentar e colocar nas ruas milhões de caras-pintadas que terminaram por desalojar um presidente cujo nível de corrupção é suplantado infinitamente pelos números das corrução em tempos de pré-sal, tanto que esse personagem, aprendiz de corrupto, decidiu se aliar aos goebelianos e foi recebido de braços abertos.

Hoje, com ferramentas poderosas como o Twitter, que ameaçou a estabilidade da fundamentalista república islâmica do Irã e ajudou a eleger Barack Obama não conseguimos colocar mais do que algumas dezenas de pessoas nas ruas em protesto contra as inúmeras aberrações e episódios de corrupção que assistimos cotidianamente em Brasília.

Qual a razão dessa apatia?

Será que nos acostumamos à impunidade? Nos acostumamos aos argumentos repetida e cínicamente apresentados por aqueles que não viram nada, não sabem de nada?

Sim, estou convencido de que estamos sofrendo de uma Síndrome de Impotência, adquirida depois das sucessivas pizzas que são assadas nos fornos do poder.


A Hora e a Vez dos Reprovados


Com o falecimento do Ministro Carlos Alberto Direito e a próxima aposentadoria do Ministro Eros Grau a imprensa começa a especular sobre as possíveis nomeações do presidente Lula para as vagas.

Surpreendentemente é apontado como favorito do presidente o atual Advogado Geral da União, José Antônio Dias Toffoli, de 42 anos. O termo demonstrando a nossa surpresa está relacionado com o fato de que o suposto preferido não parece possuir os requisitos necessários entre eles, principalmente, o notório saber jurídico e porque também me parece não preencher requisitos políticos para assumir o cargo.

No primeiro aspecto indicamos o fato de José Antônio Dias Toffoli ter tentado por duas vezes seu ingresso na magistratura de São Paulo tendo sido reprovado em 1994 e 1995. No segundo, o fato de ter servido politicamente ao governo como assessor jurídico da Casa Civil no tempo de José Dirceu.

Parece que Lula, por ter chegado ao poder como presidente da república sem ter cabedal cultural, considera que um Ministro do Supremo não precisa ter conhecimento jurídico notório.

Para evitar que o presidente achincalhe o STF nomeando Toffoli contamos com a sabatina do Senado que aliás nem é uma boa garantia, dado ao baixo nível de consciência ética que vem sendo demonstrado pelo Senado.


quarta-feira, setembro 02, 2009

Suplicy Defende Baderneiros


O Senador Eduardo Suplicy defendeu o MST na tarde de hoje na seção plenária do Senado exaltando-o como o maior movimento social da AL, em aparte a um pronunciamento da Senadora Katia Abreu, que denunciava, segundo informações veiculada na revista Veja, financiamentos externos excusos do movimento.

Disse então a Senadora Katia:

"Eu gostaria apenas, Sr. Senador Eduardo Matarazzo Suplicy, que V. Exª pudesse vir a esta tribuna e também dar o cartãozinho vermelho para o MST, que invade prédios públicos, fazendas e propriedades rurais e que desmancha centros de tecnologia e de pesquisa no País.
Eu gostaria que, com a mesma coragem que V. Exª veio cá mostrar o cartãozinho vermelho para o Senador Sarney, o senhor também pudesse mostrar o cartão vermelho para o Incra, para o MST, para os mensaleiros, para a sua Governadora Ana Júlia, do Pará, que não cumpre reintegração de posse. Tudo isso não merece cartão vermelho? Talvez V. Exª queira dar a eles um cartão verde, de um “aceite” de todas essas desavenças e corrupções...
(...)
A Vale do Rio Doce não tem terras, mas foi invadida pelo MST e não vi V. Exª dar o cartão vermelho para a invasão na Vale do Rio Doce."


Essa é o tipo de ética exercida pelos políticos da base do governo



terça-feira, setembro 01, 2009

O Dogma Lula é Irrevogável


ARNALDO JABOR - O GLOBO - 01/09/09

Por que Aloizio Mercadante não manteve sua "irrevogabilidade"? Porque não teve coragem de enfrentar Lula.

Mas, por que não teve? A razão é a mesma que acomete muitos intelectuais "não petistas" : Lula é "inatacável".

Poucas pessoas têm coragem de contestar um ex-operário, aparentemente honesto, que muito sofreu para chegar onde está. Além disso, Lula tem a cor do que seria a pátina da "revolução", de uma "justiça social" vaga.

Por isso, pergunto-me: será que os intelectuais não veem que nossa democracia conquistada há vinte anos está sendo roída pelos ratos da velha política?

Não se trata (nem estou pedindo) que esculachem o presidente.

Lula tem várias qualidades, mas está usando só os seus defeitos: autoritarismo de Ibope alto, "lua de mel consigo mesmo", confusão conceitual no ensopadinho ideológico do "lulismo" (discursos populistas e práticas oportunistas), ausência de um plano concreto, além do virtual e midiático PAC, alianças com os mais sujos para "governar" e ficando incapaz de fazê-lo pelas mesmas alianças que agora o manietam.

A atitude de Lula de se colocar "acima" da política como sendo "coisa menor" é uma sopa no mel para corruptos e vagabundos. No dia seguinte à absolvição de Sarney, o PMDB não deu trégua e já quer mais emendas orçamentárias, no peito.

Alguns intelectuais ficam "angustiadinhos": "Ah...eu tinha um sonho...que se esfumou..." - choram os militantes imaginários, e nada fazem. A covardia intelectual é grande. Há o medo de ser chamado de reacionário ou careta. Todos continuam com a mania de que são "radicais" (como ser, por exemplo, corintiano doente).

Continuam ativos os três tipos exemplares de "radicais": os radicais de cervejaria, os radicais de enfermaria e os radicais de estrebaria. Os frívolos, os burros e os loucos. Uns bebem e falam em revolução; outros zurram e os terceiros alucinam. Padecem da doença herdada (resistente a antibióticos) de um voluntarismo com ecos stalinistas, cruzada com o germe do sindicalismo oportunista. Para eles, "administrar" é visto como ato menor, até meio reacionário, pois administrar é manter, preservar - coisa de capitalistas.

Lula é dogma. Diante dele, abole-se o sentido crítico. É como desconfiar da virgindade de Nossa Senhora. Fácil era esculhambar FHC.

Volto a dizer: não quero que "demonizem" Lula; pelo contrário, quero até que o ajudem nessa armadilha em que o país (e ele) caiu por sua atitude.
Lula viaja nessa maionese ambivalente (que até a "The Economist" denuncia) de leninismo sindicalista com apresentador de TV, um "mix" de Waldick Soriano com Getúlio.

Com essas alianças, Lula revigorou o pior problema do país: o patrimonialismo endêmico, que tinha diminuído depois de FHC. Temos agora uma espécie de "patrimonialismo de Estado": boquinhas para pelegos (200 mil) e pernas abertas para o PMDB.

Estamos diante de um momento histórico gravíssimo, com os dois tumores gêmeos de nossa doença: a direita do atraso e a esquerda do atraso. Como escreveu Bobbio, se há uma coisa que une esquerda e direita, é o ódio à democracia.

Essa crise é tão sintomática, tão exemplar para a mudança do país, que não podia ser desperdiçada pelos pensadores livres. É uma tomografia que mostra as glândulas, as secreções do corpo brasileiro - um diagnóstico completo. Esse espasmo de verdade, essa brutal explosão de nossas vísceras, talvez seja perdida porque as manobras do atraso de direita e do atraso de esquerda trabalham unidas para que a mentira vença.
E intelectuais sérios, artistas famosos e celebridades não abrem a boca. Onde estão os velhos manifestos de que eles gostavam tanto?

Quando haverá manifestações da sociedade para confrontar a ópera bufa que rola à nossa frente? As denúncias foram todas provadas, a imprensa denuncia e é ameaçada, enquanto os canalhas se sentem protegidos pelo labirinto do Judiciário. E não se trata mais de mensalões e mensalinhos, netinhos ou netinhas nomeadas; trata-se da implosão de nossas instituições republicanas, feita pelos próprios donos do poder.

O Brasil está entregue à mentira oficializada, manipulada pelo governo e o Legislativo, num jogo de "barata-voa" com as denúncias, provas cabais, evidências solares, tudo diante dos olhos impotentes da opinião pública. E homens notáveis do país estão calados. Quando se manifestam isoladamente, são apenas suspiros esparsos, folhas de outono, lamentos doloridos...

Mudar é trair, para os tais "radicais" dos três tipos. Ninguém tem coragem de admitir a invencibilidade do capitalismo global, com benesses e horrores (como a vida). Ninguém abre mão da fé em utopias ridículas - o presente é chato, dá trabalho; preferem um futuro imaginário.

Não admitem que um "choque de capitalismo" seria a única bomba a arrebentar a casamata paralítica do Estado inchado, gastador e ineficiente, e que isso seria muito mais progressista que velhas ideias finalistas, esse "platonismo" de galinheiro sobre o "todo, o futuro, o ser, a história". Eles não abrem mão dessa "elegância" filosófica ridícula. Só pensam no que deveria ser e não enfrentam o que inexoravelmente é. Preferem a paz de suas apostilas encardidas. Há uma grande indigência teórica sobre o Brasil contemporâneo. Ignoram a estrutura colonial e preferem continuar com teses mortas.

O mito do messianismo é muito forte, com sua origem religiosa. Não entendem que o homem de "esquerda" de hoje tem que perder fé e esperança, e que o verdadeiro progressista tem de partir do não-sabido e inventar caminhos.

Só uma força plebiscitária poderá mover essa grande pizza envenenada.

Por isso, pergunto, como os antigos:

Quando haverá uma manifestação séria da opinião pública? Uma ação continuada de notáveis da República para impedir esse jogo de carniça entre os Três Poderes, essa vergonha que humilha o Brasil? Vamos continuar de braços cruzados?