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quarta-feira, junho 09, 2010

Obama Fere de Morte a Indústria Nuclear




A Administração Obama deu no início do ano um tiro na indústria nuclear que, na minha opinião, se não for mortal vai causar muitas complicações para o projeto de retomada dos empreendimento nucleares de geração de energia nos E.U.A.

Em fevereiro de 2010, Obama propôs a eliminação do programa de reposição de resíduos nucleares que estava sendo projetado e construído, desde 1986, na Yucca Mountain, no estado de Nevada, ao mesmo tempo em que determinou a retirada de fundos do orçamento anual de 2010 para o projeto.

O presidente americano deu assim cumprimento a compromissos de campanha e contenta grupos que se opunham fortemente ao projeto, especialmente, a população de Nevada, representada pelo seu Senador Harry Reid.

O peso desta decisão tem uma influência enorme no desenvolvimento de futuros projetos nucleares e sinaliza que um problema fundamental para a atividade nuclear, ou seja, a definição política adequada de um repositório final de resíduos radioativos, está longe de estar resolvida embora não restem muitas dúvidas aos especialistas que, tecnicamente, esse é um problema solucionado com projetos como o de Yucca Mountain.

Segundo o Senador Reid, que liderou a oposição ao projeto no estado de Nevada, a proposta de estocar rejeitos nucleares na montanha de Yucca ameaçava a saúde e a segurança da população de Nevada e de todas as pessoas através do país. Yucca Mountain que está localizada a cerca de 150 km a nordeste de Las Vegas é, comenta o senador no seu site do Senado numa manifestação de júbilo sobre o fechamento do projeto, um local simplesmente inseguro para o armazenamento de rejeitos nucleares.

Após 27 anos e mais de US$ 10 bilhões de gastos, a maior potência do mundo e com maior quantidade de resíduos a serem armazenados, começa do zero a busca de uma solução política para armazenar resíduos que estarão ativos até mesmo daqui a 10.000 anos, o que coloca um grande desafio de comunicação direcionado para a populações que em um futuro extremamente remoto possam entrar em contado com esse rejeitos, embora tenha que se levar em conta que após 400 a 900 anos esse material será menos radioativo do que os materiais com que os operários de minas de urânio entram em contato durante a mineração desse metal.



Trabalhadores entrando no Túnel de Yucca Mountain - PHOTO BY SAM MORRIS/LAS VEGAS SUN

Mesmo levando-se em conta o exagero com que os ambientalistas e a mídia tratam os possíveis danos causados pelos riscos da atividade nuclear esse episódio deixa uma pergunta para países como o Brasil que pretendem se aventurar em projetos de propulsão nuclear. Como fica o empreendimento da Marinha brasileira de construir submarinos nucleares? Sequer pensaram nisso? Tudo indica que não e, possivelmente, ainda sem nenhuma preocupação com o destino a ser dado aos perigosos resíduos dessa empreitada.

Sobre esse problema recomendo a leitura de nosso artigo Submarinos Nucleares: Descomissionamento.

O que é extremamente preocupante é o fato de que mesmo nos E.U.A, uma democracia mais consolidada do que a nossa, os rumos da discussão terem se enveredado pela politicagem a ponto de em depoimento no Congresso americano em 2005, o então governador do estado de Nevada, ter afirmado que o espediente prevaleceu sobre as leis da física. Seguramente um alerta para uma democracia ao sul do equador.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Sindrome da Impotência Adquirida (SIA)


No século 21 nos acostumamos a imaginar que com a popularização da Internet temos, os cidadãos comuns, o mesmo poder midiático que sempre ora impressionou ora assustou a humanidade ao longo do século passado.

No entanto, recentemente estamos constatando que os homens de bem deste país, aqueles que não se alinham entre o contigente de beócios manipulados mansamente pelo primeiro beócio do país ou que não formam na massa de manobra na qual o antídoto bolsa-família tem sido inoculado, estão sofrendo de uma síndrome cujo vírus os aniquila e angustia.

Esta condição se apresenta nas inteligências ainda não bestificadas pelo béocio-mor e seus conselheiros goebelianos ante a incapacidade de influenciar e fazer frente a este ambiente de constantes afrontas à ética alimentadas por um arsenal de mentiras e ilusões.

Trata-se do que vou denominar de Sindrome da Impotência Adquirida (SIA).

Em 1992, por uma cascata decorativa na casa da Dinda e um Fiat Elba conseguimos, ainda sem Internet, movimentar e colocar nas ruas milhões de caras-pintadas que terminaram por desalojar um presidente cujo nível de corrupção é suplantado infinitamente pelos números das corrução em tempos de pré-sal, tanto que esse personagem, aprendiz de corrupto, decidiu se aliar aos goebelianos e foi recebido de braços abertos.

Hoje, com ferramentas poderosas como o Twitter, que ameaçou a estabilidade da fundamentalista república islâmica do Irã e ajudou a eleger Barack Obama não conseguimos colocar mais do que algumas dezenas de pessoas nas ruas em protesto contra as inúmeras aberrações e episódios de corrupção que assistimos cotidianamente em Brasília.

Qual a razão dessa apatia?

Será que nos acostumamos à impunidade? Nos acostumamos aos argumentos repetida e cínicamente apresentados por aqueles que não viram nada, não sabem de nada?

Sim, estou convencido de que estamos sofrendo de uma Síndrome de Impotência, adquirida depois das sucessivas pizzas que são assadas nos fornos do poder.