segunda-feira, novembro 19, 2007

Cortes na NASA trazem perigo para a Terra


PhysOrg.com, 8 Nov, 2007


Representação artística liberada pela NASA mostra um cinturão de asteróide em torno de uma estrela.


A política de cortes orçamentários da NASA expõe a humanidade ao risco de uma catástrofe planetária se um grande asteróide escapar à detecção e colidir com a Terra, alertaram os congressistas em 08/11.


Mas a agência espacial americana afirmou que as chances de um novo "Near-Earth Object" (NEO) como o que dizimou os dinossauros são muito pequenas para justificar um redirecionamento de recursos.


Scott Pace, chefe do programa de análises e avaliação da NASA disse que a agência não pode fazer mais para detectar NEOS "dado à restrição de recursos e aos objetivos estratégicos com os quais a NASA já se comprometeu."


Pace e outros funcionários da NASA foram fritados em uma audiência do congresso sobre o programa NEO existente, que alimentou a imaginação popular na década de 90 com os filmes "Armageddon" e "Impacto Profundo."


Os legisladores denunciaram o fechamento de um radio telescópio gigante em Porto Rico que funciona com assistência da NASA e que é a principal instalação do mundo na busca de objetos espaciais.


"Estamos falando sobre despesas mínimas comparadas com o custo de absorver este tipo de dano" afirmou a Congressista Republicana Dana Rohrabacher said. "Afinal, pode ser a destruição de todo o planeta!"


O delegado de Porto Rico Luis Fortuno preocupa-se sobre o impacto econômico no empobrecimento do território americano, mas também alertou para as amplas conseqüências para todo o planeta.


"temos que tomar medidas agora para melhorar nossa capacidade de prevenir a catástrofe" disse ele na audiência.


A National Science Foundation listou o Observatório de Arecibo, que foi mostrado no filme de ficção científica "Contato", para fechamento depois de 2011, se nenhum financiamento do setor privado for obtido.


Funcionários da NASA afirmaram que instalarão novos sistemas de monitoramento, incluindo uma rede de quatro telescópios que estão sendo construídos no Havai pela Força Aérea Americana.


Críticos afirmam que a NASA tem imposto grandes cortes em muitos programas de pesquisa visando fechar um orçamento que atenda aos objetivos do Presidente George W. Bush's de promover o retorno de astronautas à Lua em 2020 e usar isto como um passo para missões tripuladas à Marte e além.


A audiência da subcomissão de espaço e aeronáutica da Casa dos Representantes lembrou um pequeno asteróide denominado Apophis, com 250 metros de tamanho, o qual alguns cientistas afirmam que pode se voltar contra a Terra na sexta-feira 13 de abril de 2029.


A NASA afirma que existe uma chance em 45.000 de que o Apophis poderia passar por uma "Brecha gravitacional" e voltar para atingir a Terra em 2036.


"É uma situação muito improvável e que podemos praticamente considerar probabilidade zero" afirmou Donald Yeomans, que gerencia o programa NEO no Jet Propulsion Laboratory da NASA.


A NASA atualmente somente rastreia NEOs maiores do que 1 quilômetro em diâmetro, os quais se aproximam da terra apenas uma vez em algumas centenas de milhares de anos.


Objetos deste tamanho podem causar um desastre global através do imediato impacto superficial e por desencadear rápidas mudanças climáticas.


Objetos tipo "Extinction-class" medindo pelo menos 10 quilômetros, tal como o objeto que caiu na península de Yucatan no México à cerca de 65 milhões de anos seriam muito raros.


Os legisladores reclamaram que a NASA tem falhado em estabelecer um orçamento alinhado com o ato 2005 do Congresso que ordenava um aumento da busca por NEOs que tenham pelo menos 140 metros de diâmetro.


O orçamento anual da agência com 4.1 milhões de dólares para NEOs foi criticado como sendo deficiente para cobrir este objetivo.


Existem cerca de 20,000 objetos pequenos com potencial de nos atingir, de acordo com a NASA e o Representante Republicano Tom Feeney afirmou "eles podem ainda infringir enormes danos setoriais se colidirem com a Terra"


As opções para desviar pedras espaciais em rumo de colisão com A Terra incluem o envio de mísseis nucleares sobre eles, embora os cientistas acreditem que na maioria dos casos envolvendo pequenas rochas, foguetes convencionais poderiam realizar o trabalho.


Yeomans afirmou que embora as agências européias e japonesas estejam dando passos em seus próprios programas de NEOs, mais de 98% do trabalho é hoje realizado pela NASA.


Para uma completa descrição dos riscos dos NEOS acesse na MPHP: NEOS: Probabilidade maior do que ZERO

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