quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Violência e Direitos Humanos

Parece que chegamos ao fundo do poço.

Os episódios de ontem em um subúrbio do Rio dando conta de que uma criança de seis anos foi arrastada por 4 quilômetros até à morte, pendurada pelo cinto de segurança de um carro após este ter sido roubado à mão armada por assaltantes, chega ao pior dos nossos mais tenebrosos temores com relação à segurança pública neste Estado.

Logo se levantarão os "juristas" de plantão para afirmar do alto de suas erudições que de nada adianta diminuir a maioridade penal e agravar mais as penas e endurecer com a legislação pífia desta país que faz com que criminosos como estes, se presos, logo estejam soltos para executar novas atrocidades.

Vão se levantar também os "defensores de plantão dos Direitos Humanos" procurando proteger estes "cidadãos" da sociedade vingativa.

Parece óbvio que Direitos Humanos são para humanos e estes "cidadãos" são animais e devem ser tratados como tal, sem regalias e sem leis brandas que permitam que alguma destas Igreja$ contabilize "sucesso" colocando uma Bíblia em baixo do braço destes criminosos para que eles em pouco tempo sejam beneficiados com regalias da lei pelo "bom comportamento".

Saem, jogam a Bíblia no lixo e começam novamente a se orientar pela bíblia do crime organizado.

Não, eles tem que mofar lá por muito mais de 30 anos e devemos seriamente pensar na aplicação da pena de morte oficial. Que se faça um plebiscito; ficará óbvia a opção da Sociedade por esta punição.

Como lí hoje em um comentário online sobre esta mesma notícia, é preciso que nos rebelemos contra isso e processemos o Estado por danos, todas as vezes que sofrermos com a criminalidade. Afinal, a maioria das ocorrências acontece nas ruas, no trânsito em espaços que deveriam estar sobre proteção oficial. Quando as indenizações doerem no bolso, por causa da omissão, talvez as autoridades de segurança comecem realmente agir em defesa do cidadão.

Não aguentei esperar pelo site da Nova MPHP que ainda leva cerca de 10 dias para ir para o ar. Escrevi e coloquei no site um artigo mais expandido do que esta nota. Leia em Criminalidade, Legislação Penal e Direitos Humanos .

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo,
Antes de tudo, desculpe pela falta de acentos nas palavras. Meu teclado não permite facilmente ortografar corretamente as palavras em português.
Eu entendo e apoio esta indignação. Parte do Brasil, como parte do meu pais (a França), parte do mundo se tornou totalmente desumana. A humanidade tornou-se ou voltou a ser bárbara! A regressão a qual assistimos em todos os lugares é absurdamente assustadora...
Talvez a pena de morte seja a solução, talvez o Brasil precise criar uma verdadeira pena perpetua (não somente 30 anos de cadeia)...
Na França a pena de morte foi abolida em 1981. Até là cortava-se a cabeça dos criminosos; mas quantas cabeças rolaram em nome da "justiça"? Talvez deveriamos confiar mais hoje na policia cientifica que com tecnologia avançada pode de certo apontar o culpado em casos que não poderiam ter sido resolvidos anos atras.
Hoje, se um novo referendo fosse feito na França sobre a pena de morte... acho que votaria a favor sim. Pois apesar do medo que tenho da justiça porque ela é a imagem da imperfeição do Homem, temo muito mais os monstros que correm soltos pelas ruas e que por causa da impunidade pensam que podem TUDO.
No caso especifico da bandidagem no Rio e outras grandes cidades brasileiras, sempre fiquei me perguntando porque as autoridades de seu pais não mandam as forças armadas resolver de uma vez por toda esta questão. Se a corrupção de certos policiais locais pode aniquilar um bom plano de invasão de lugares tomados pelos bandidos, porque não mandar o exercito do Acre agir nas favelas do Rio, o exercito do Pará e do Tocantins agirem em são Paulo, o exercito do Rio agir em Fortaleza, etc? Tudo isto numa operação relampago porém definitiva...
Enquanto os bandidos sentirão que podem tudo, a onda de violência que sacude o mundo so crescerá até tornar-se um Tsunami de sangue.

Mario Porto disse...

Franck
Obrigado por seu comentário.
O problema é hoje de solução difícil e de longo prazo, porque deixaram chegar ao ponto que chegou.
Na verdade, criaram uma força nacional de segurança para atuar nas fronteiras dos estados, treinada especialmente para isto porque julgam que o exército não tem treinamento específico para atuar nos morros contra o tráfico. Esta força, que ia estrear nos Jogos Pan-Americanos, inicou suas atividades neste mês Janeiro.
Mas muitas outras ações são necessárias e uma delas estou convencido é o endurecimento da lei que hoje permite a esses facínoras direitos que eles se utilizam para se safar. São inúmeras possibilidades de recurso e dificuldades de aplicação de penas de isolamento.
Sempre se levantará um defensor de direitos humanos para defender estes animais.
Por isso, de dentro dos presídios continuam a comandar seus bandos com a ajuda de maus advogados, que não passam de bandidos diplomados.
Outra aberração da nossa legislação é uma coisa denominada Estatuto do Menor e do Adolescente. Muitos dos crimes mais hediondos são executados por menores, que têm ciência de sua impunidade.
Em fim, vamos precisar de mais de uma geração e muita vontade política para apenas melhorar o problema da criminalidade.