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sexta-feira, dezembro 05, 2014

Liberdade do Medo, da Série Mulheres Sempre Grandes na História

Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz de 1991, reconhecida internacionalmente pela sua luta contra a tirania, por liberdade e dignidade é um exemplo vivo de luta pelos direitos humanos não só para seu povo na Birmânia (Myanmar) como para toda humanidade.

Suu Kyi recebeu além do Nobel da Paz em 1991, o Prêmio Rafto e o Prêmio Sakharov pela Liberdade de Pensamento em 1990. Em 1992 ela foi agraciada com o Jawaharlal Nehru Award for International Understanding pelo governo da Índia. Em 2007 o governo do Canadá transformou-a em cidadã honorária daquele país, a quarta pessoa a receber esta honra. Em 2001 foi agraciada com a Wallenberg Medal. Em 19 de setembro de 2012, Aung San Suu Kyi foi também contemplada com a Congressional Gold Medal, que juntamente com Presidential Medal a maior condecoração civil nos Estados Unidos.

Filha do grande herói nacionalista da Birmânia, Aung San, vivendo um boa parte da sua vida fora da Birmânia, visto que casada com um inglês, nunca desprezou sua identidade birmanesa e quando o destino lhe apresentou a ocasião não abandonou seus país, seu povo e a busca pela liberdade.

Retornando à Birmânia em 1988 por ocasião da doença de sua mãe, jamais deixaria a Birmânia novamente, convocada pelo povo de seu país para liderar a luta em prol da liberdade no país, oprimido por uma feroz junta militar desde um golpe de 1962. A Junta Militar tentava quebrantar seu espírito, separando-a dos familiares na Europa e oferecendo a falsa liberdade de deixar o pais para se juntar a eles. Ela estava, perfeitamente, ciente de que se o fizesse, jamais obteria autorização para regressar.

Desde o golpe de 1962 e até 2010, Myanmar foi governado por um regime militar estrito, com o nome "Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento". Apesar de algumas reformas, e a teórica instalação de um governo civil, em 2010, a Constituição ainda mantém o poder dos militares. O atual chefe de Estado é o presidente do Conselho, General Than Shwe. A maioria dos postos do gabinete é ocupada por oficiais militares. . Os principais partidos do país são a Liga Nacional pela Democracia e a Liga das Nacionalidades Shans pela Democracia, embora suas atividades sejam fortemente reguladas e mesmo suprimidas pelo regime militar que, ademais, proibiu o funcionamento de diversos partidos e organizações políticas.

Várias organizações de direitos humanos, inclusive a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, relatam casos de abusos do governo militar contra os direitos humanos e afirmam que não há poder judiciário independente no país . Há relatos de trabalhos forçados, tráfico de pessoas e trabalho infantil , e o governo é conhecido por usar a violência sexual como instrumento de controle.

As eleições parlamentares de 1990 foram as primeiras em 30 anos, na qual a Liga Nacional pela Democracia, chefiada por Aung San Suu Kyi, recebeu mais de 60% dos votos e mais de 80% dos assentos na Assembleia. Entretanto, o regime militar anulou o resultado do pleito. Aung San Suu Kyi, que ganhou reconhecimento internacional como ativista pela democracia em seu país e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991, tem sido mantida em prisão domiciliar.

Os representantes eleitos em 1990 formaram o Governo Nacional de Coalizão da União de Myanmar, um governo-no-exílio que é considerado ilegal pelo regime militar .

No entanto, ele esteve detida em prisão domiciliar por 15 dos 21 anos desde 20 de julho de 1989 até recentemente em 13 de novembro de 2010, tornando-se um dos mais proeminentes prisioneiro políticos do mundo.

Em 1 de Abril de 2012, seu partido a Liga Nacional Pela Democracia anunciou que ela tinha sido eleita deputada (Pyithu Hluttaw) no Parlamento Birmanês, representando os constituintes de kawmu, seu partido ganhou 43 das 45 vagas na casa baixa. Os resultados das eleições foram confirmados pela comissão oficial eleitoral no dia seguinte.

Em 6 de junho de 2013, Suu Kyi anunciou ao Forum Econômico Mundial de que concorreria para a presidência de Myanmar nas eleições de 2015. Suu Kyi é proibida de acordo com a constituição, entretanto, de se tornar presidente e isto não pode ser emendado sem, pelo menos, um legislador militar.

Em 2014, ela foi listada pela Forbes como a 61ª mulher mais influente no mundo.

Inicialmente Publicado em Conversando Sobre História

quarta-feira, setembro 16, 2009

Fumo Amigo


Depois que a iniciativa da Lei Antifumo, colocada em vigor em São Paulo, começou a se espalhar pelos demais Estados da Federação identifiquei um movimento interessante dos fumantes; estão querendo negar o óbvio, ou seja, começam a sofismar sobre os malefícios do fumo.

Encontrei dos sites exercitando esta política. FumantesUnidos e EuFumo.

Os sites apresentam uma abordagem ligeiramente diferente para o mesmo objetivo de defender os fumantes tentando transformá-los em vítimas de perseguição de uma sociedade autocrática.

O primeiro deles, FumantesUnidos, ostenta uma clara apologia ao ato de fumar baseando sua argumentação inteiramente na contestação das novas leis antifumo que começam a proliferar rapidamente por todo o país. Procuram apresentar estatísticas, que já se mostraram falaciosas em países que aboliram o fumo em locais fechados há mais tempo que o Brasil, alegando prejuízos dos bares, boates e restaurantes. Pesquisas em cidades como Dublin e Nova York mostram exatamente o contrário, pois não foi registrada queda do índice de emprego que pudesse ser associada à Lei e por outro lado foram registradas significantes reduções da poluição do ar e de incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares em empregados do setor.

O segundo site, EuFumo é mais sutil e sob o mote e um manto de defesa do fumante e não do fumo apresenta argumentações similares e chega ao cúmulo de apresentar supostas evidências de que fumante passivo não existe. Chegam ao ponto de afirmar que as mortes anuais em virtude do fumo passivo são de apenas 3.000 nos E.U.A de onde as estatísticas são tomadas e não os asustadores números propalados pela propaganda oficial do Ministério da Saúde. Ora, que sejam os 3.000 que eles consideram. Uma só morte já seria suficiente para que fossem estudadas medidas contra o fumo passivo.

O curioso nessas argumentações é que os fumantes, se dizendo perseguidos, invocam o direito da liberdade de decidir pelas suas ações e se esquecem que as pessoas expostas à fumaça de seus cigarros também têm direitos a serem preservados e um deles é não ser incomodado por essa fumaça.

Alegam que a lei é, extremamente, rigorosa e draconiana, no que talvez tenham razão, mas a causa disso foi, certamente, o comportamento deseducado e antiético da grande maioria dos fumantes ao longo dos anos. A lei só se faz necessária quando a falta de comportamento adequado da sociedade a exige.

Batalham pela manutenção dos fumódromos que todos sabemos que para serem eficazes precisam estar, inteiramente, isolados das demais áreas do estabelecimento, com todo o aumento de custos que isso representa e não os arremedos tais como a antiga separação física nos aviões que descaradamente ludibriava os não-fumantes e acabou sendo causa freqüente de um dos mais agressivos tipos de câncer pulmonar e típico nos viajantes aéreos intensivos.

Nesta reivindicação por fumódromos esquecem-se dos funcionários dos estabelecimentos. Seriam todos fumantes? Seriam ambientes "self-services"?

Em suma, assim como se acostumaram a mais de 50 anos a não fumar nas salas de cinema e a cerca de 20 anos a não fumar nos aviões os fumantes vão acabar se ajustando e o melhor ajuste é, sem dúvida, parar de fumar.