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quinta-feira, dezembro 08, 2016

Nem um Dom Quixote Resolve, Tudo Contaminado.

Os acontecimentos de ontem produziram dentro de mim uma enorme vergonha de ser brasileiro e desse país, pois o STF que deveria atuar como guardião constitucional, institucionalizou a falta de ética, provando que o sistema de condução de integrantes para a corte cria Ministros que não estão lá para servir os interesses da nação, mas os de seus patronos. A manobra de Celso de Melo antecipando seu voto foi um ato que ninguém vai me convencer de que não foi armado. Por que antecipou já que ficou até o final?

Analisando a manifestação do Jurista e advogado eventual da REDE, neste caso, Daniel Sarmento, acredito que a participação de Daniel Sarmento, um brilhante advogado que já foi Procurador da República, foi aquela de um jurista conceituado como constitucionalista e por esta razão deve ter sido escolhido e contratado para defender uma posição que ele talvez pensasse que tivesse cunho, eminentemente, jurídico.

O Dr. Daniel Sarmento, a quem tenho a honra de conhecer pessoalmente, pode não ter tido conhecimento dos reais motivos ocultos que a REDE tinha para apresentar aquela liminar, ou se teve, a relação cliente-advogado pesou mais. Um fato que não posso julgar. Os motivos não tem relação com a questão jurídica ou com a ética e o bem para o país, mas demandas político-partidários dessa classe política imunda do Brasil.

É por isso mesmo, que sua brilhante argumentação se perdeu no vácuo e sequer foi considerada ou mesmo ouvida pelos Ministros, pois estes já tinham uma acordo previamente construído para a questão e a antecipação do voto do Celso de Melo é mais uma prova disto.

Pobre Brasil, submetido a esse tipo de liderança política e jurídica.

Os EUA tem forma de indicação semelhante, mas o país é mais sério e estas distorções acontecem em menor escala. A seleção para a Suprema Corte é um escrutínio muito mais severo do que esta palhaçada que o Senado brasileiro faz para confirmar o nome do ministro indicado.

Agora, qualquer condenado denunciado pode livremente continuar em seus cargos, em todas as esferas do poder público e civil, diferentemente de países decentes onde os simples indício já é motivo para o próprio acusado pedir demissão.

Não espero mais nada do pais ao completar ao final desse ano 72 anos, mas tenho netos que amo muito e para os quais ainda esperava que pudessem viver em um ambiente melhor e mais digno. O que sugiro é o mesmo que tenho dito aos meus filhos, caso possam arcar com as despesas: Mandem seus filhos estudar fora ou até mesmo para aprender com a cultura de países mais sérios e também. para que não sejam influenciados pela cultura podre que graça em nossas instituições de ensino superior.

O Brasil acabou, o que restou não é uma nação digna, mas uma país de pilantras e aproveitadores. onde a esperteza e a falta de ética tem lugar garantido.

O Brasil é uma piada! a realidade brasileira vai transformar Sergio Moro em um D. Quixote que sempre esteve buscando o bem e a justiça, mas devem se lembrar que na narrativa de Cervantes Dom Quixote comete enganos, acaba sendo alvo de gozações e sai ferido.

quarta-feira, agosto 26, 2015

Sabatina Histórica

Uma verdadeira aula foi dada hoje por Rodrigo Janot, por mais de 10 horas, nas quais manteve a serenidade mesmo quando foi pateticamente atacado pelo Senador Collor de Mello, que acabou deixando a Comissão furtivamente, onde era voz solitária de contestação ao Procurador.

Durante este tempo, Janot foi capaz de responder cada uma das perguntas, as vezes capciosas, respondendo aos senadores com uma clareza e uma objetividade de um professor, e dos bons.

Ao escrever esta nota a votação ainda não foi aberta, embora terminada, mas não tenho dúvidas de sua aprovação na CCJ.

terça-feira, agosto 04, 2009

Chamada aos Cara-Pintadas


Se o esquema descrito hoje pelo jornalista Josias de Sousa da Folha de São Paulo se concretizar, só nos resta a manifestação popular no espírito dos cara-pintadas de 1992.

Aliás, Collor foi um dos protagonista junto com Renan da defesa acalorada de Sarney no Congresso na volta do recesso. Collor culpa a mídia que segundo ele nem ela nem ninguém vai retirar Sarney da cadeira de presidente do Senado.

Impressiona a tranquilidade com que um esquema de defesa é armado no Conselho de Ética sem se importar com as conseqüências e desprovido de qualquer dose de ética, qualidade da qual o tal conselho apenas usa, indevidamente, o nome.

Diante de tal perspectiva só resta à sociedade a movimentação popular.

domingo, julho 12, 2009

sábado, maio 09, 2009

Vamos Limpar o Congresso dos 595 Picaretas


Quando era deputado o Presidente Lula afirmou que no Congresso Nacional haviam 300 picaretas.

Hoje estamos vendo que o Lula errou, são 595 picaretas (514 deputados e 81 senadores) sem contar os muitos membros do quadro funcional do Congresso que já identificamos também como corruptos de peso.

Sem qualquer pudor e afirmando mesmo estarem se lixando para a opinião pública estes senhores nos brindam com um caudal de atitudes antiéticas e imorais cujo repertório parece ser inesgotável.

Semana passada este espetáculo continuou no episódio da revolta dos PMDB contra a moralização que está sendo promovida pelo brigadeiro brigadeiro Cleonilson Nicácio na Infraero. Este partido de picaretas ameaçou retaliar contra a demissão de apadrinhados políticos não votando matérias de interesse do governo. É o cúmulo da imoralidade instituída como conduta.

Mesmo sob a pressão do mar de lama em que se chafurda o Congresso, na surdina, esses picaretas preparam mais um golpe contra a nação. Já não basta você não saber, exatamente, em que votou devido ao voto proporcional, agora, a criatividade destes impunes "cidadãos" do Congresso está armando uma reforma política na qual os votos se dariam através de listas. Isto é, o eleitor não votaria em um nome, mas em uma lista de nomes.

Ora, este é um passo urdido para tornar a democracia brasileira, já tão abalada pelos escândalos destes mesmos políticos, numa propriedade dos velhos e conhecidos caciques políticos. Esses caciques seriam, certamente, os donos das listas nas quais só entraria quem eles aprovassem, tornando impossível a um homem comum, sem poder político, sequer se candidatar a um cargo eletivo. Seria o loteamento final da política brasileira para os coronéis que a manobram a mais de um século.

Isto só não acontecerá se a sociedade civil se rebelar como fez na época dos cara pintadas em 1992. É preciso mobilizarmos todas as forças da sociedade civil contra este golpe e retaliarmos com um golpe branco que incluiria dois movimentos: o voto virgem de que já tratamos aqui e uma constituinte específica para a reforma política.

É claro que o ideal seria expulsarmos imediatamente todos eles, mas isso soaria como golpe e não seria internacionalmente bom para o país, pois só nós sabemos com quem estamos lidando e ao resto do mundo poderia parecer um atitude ditatorial. Afinal aos trancos e barrancos estamos consolidando nossa democracia.

O que envolve estes movimentos?

O voto virgem consiste em, simplesmente, não se votar em ninguém que já esteja ou já esteve lá.

Vamos dar a estes pilantras a única lição que entendem não reconduzindo nenhum deles para o Parlamento. No caso do Senado precisaremos de 8 anos para expulsar todos. Não devemos fazer nenhuma exceção. Não temos garantia que os novos que colocarmos lá sejam decentes, mas vale o risco sabendo que podemos continuar tentando com a mesma estratégia até limpar o Congresso e pelo menos os novos não terão contato com mestres na corrupção.

O outro movimento é ainda mais complicado, mas não devemos desistir e entregar tudo aos bandidos, com mobilização da sociedade podemos conseguir mudanças importantes, temos mais de uma ano para forçar que as regras sejam estabelecidas.

Uma idéia seria alijar os partidos da Constituinte da Reforma Política gerando os candidatos em número proporcional aos que os partidos indicariam, através de associações de classe da Sociedade Civil, talvez as 20 maiores ou mais representativas como OAB, CREA e outras, somadas a associações da Magistratura, Ministério Público e Centrais Sindicais. O TSE e os TREs poderia coordenar esta escolha. Não podemos viciar os processo mantendo esta corja partidaria envolvida.

Para coordenar os mandatos estenderiámos a atual legislatura por mais uma ano, enquanto a Constituinte trabalha concomitantemente com os salafrários. Seria o canto do cisne desta máfia e ao final de um ano convocaríamos eleições para a nova legislatura estabelecendo exatamente um ano de redução nos mandatos para compensar o ano da Constituinte. A nova legislatura assumiria com as nova lei vigorando.

Confesso que não sei da viabilidade, mas é uma idéia e precisamos discutir outras para tornar viável a melhor das idéias, o que não podemos é continuar aceitando isso que está aí.

Divulguem, discutam, criem novas alternativas. A Internet é uma excelente mola motriz para este movimento.