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sexta-feira, julho 27, 2012

Evangelhos e o Mito Cristão

Qumran Scroll
Eu fico impressionado, como existem pessoas preparadas, com um certo nível cultural e que certamente têm acesso às pesquisas que nos últimos 200 anos têm sido realizadas sobre o personagem Jesus e sua história e ainda falam em termos de um Jesus como sendo inteiramente responsável pelo que está dito e relatado nos três evangelhos sinóticos e no evangelho de João.  Quando me refiro a história não quero dizer os escritos evangélicos que além de não serem peças inteiramente históricas, ao contrário dos que os cristãos propalam, seus autores não foram nem contemporâneos ao fatos e nem as pessoas cujos nomes  são atribuídos à escrita desses evangelhos. Na verdade, desconhecemos os verdadeiros autores.

A pesquisa histórica séria, já provou que nem tudo que está nos evangelhos foi dito ou realizado por Jesus, mas também por comunidades que o reverenciavam e ajudaram a criar o mito Jesus, incluindo ai a ressurreição.

Jesus e seus seguidores imediatos eram Fariseus, Jesus não tinha nenhuma intenção de fundar uma nova religião. Ele se considerava como o Messias da tradição judaica no sentido intrínseco do termo. i.e., um líder humano que restauraria a monarquia judaica, expulsaria os invasores romanos, estabeleceria um estado independente judeu e inauguraria uma nova era de paz, justiça e prosperidade. (conhecida como o Reino de Deus) para todo o mundo.

Jesus acreditava ser a figura profetizada na Bíblia Hebraica que realizaria todas essas coisas. Ele não era um militarista e não construiu um exército para lutar com os Romanos, uma vez que acreditava que Deus realizaria o grande milagre de quebrar o poder de Roma. O milagre teria lugar no Monte das Oliveiras, tal como profetizado no livro de Zacarias. Quando este milagre não aconteceu, sua missão falhou. Ele não tinha intenção de ser crucificado como um ser divino e teria encarado esta ideia como pagã e idólatra, um pecado contra o primeiro dos dez mandamentos.

Sequer a ideia de amor aos inimigos era original de Jesus, pois já existia na tradição judaica.

Os primeiros seguidores de Jesus, liderados por Tiago e Pedro, fundaram a Igreja de Jerusalém após a morte de Jesus. Eles eram chamados de Nazarenos e relativamente a todos os preceitos judaicos suas crenças eram indistintas das dos Fariseus, com exceção de que acreditavam na ressurreição de Jesus e que Jesus era realmente o Messias prometido. Eles não acreditavam que Jesus era uma pessoa divina, mas acreditavam que por milagre de Deus, ele tinha sido trazido novamente à vida após sua morte na cruz e breve voltaria para completar sua missão de expulsar os Romanos e iniciar seu reino messiânico.

Os Nazarenos não compactuavam de que Jesus havia ab-rogado a religião judaica ou o Torá. Por terem conhecido Jesus, pessoalmente, eles estavam seguros de que ele observara a religião judaica toda a sua vida e nunca havia se rebelado contra ela. Suas curas aos sábados não eram contra a lei Farisaica.

Os Nazarenos eram eles próprios bastante fiéis às leis religiosas judaicas. Eles praticavam a circuncisão não comiam das comidas proibidas e demonstravam grande respeito ao Templo. Também não se consideravam como pertencendo a uma nova religião; sua religião era o judaísmo. Estabeleceram sinagogas para seu uso, mas também compareciam a sinagogas não-Nazarenas em certas ocasiões e realizavam o mesmo tipo de sacrifício nas suas sinagogas que os demais judeus praticavam. Esse é um termo que pode ter causado a confusão na denominação de Jesus como "O Nazareno", denominação que provavelmente não tinha relação com a pequena vila de Nazaré, sequer citada no Velho Testamento, no Talmude, nos Evangelhos apócrifos ou na literatura rabínica.
 

Muitos como Jesus pregavam naquela época, mas é certo que algumas condições, especialmente, aquelas ocorridas na Galileia contribuíram para que em particular Jesus tivesse sua história eternizada nesse mito que se transformou no cristianismo. Ficaria muito longo discorrer sobre essas circunstâncias aqui, são fruto de mais de 20 anos de estudo do Jesus Histórico.

Se essas pesquisas chegassem ao grande público haveria uma chance de a população cristã compreender que está comprando um mito como verdade e então o cristianismo se tornaria mais puro, como doutrina de vida e não como uma forma de salvação que favorece aos aproveitadores, especialmente, os neopentecostais?

segunda-feira, abril 05, 2010

O Criador de Mitos (Mythmaker)



Sempre me pergunto qual a razão pela qual um mito, nitidamente criado pelos cristãos primitivos, veio a se tornar numa religião que influenciou e ainda influencia todo o mundo ocidental por mais de 2000 anos.

Só a ignorância e a falta de cultura e preparo necessário para permitir o acesso e entendimento das fontes históricas pode explicar esse fato.

Deter-nos apenas no Novo Testamento, que contém o cerne da religião cristã, é suficiente para provar que todas essa história não passa de um grande invenção criada através de interpretações equivocadas e traduções piores ainda, daquilo que um personagem obscuro, como muitos outros naquela época, pregou e realizou.

Se Jesus Cristo, uma figura messiânica na acepção da religião judia de então, aparecesse ressuscitado e percebesse tudo que se disse que ele falou e realizou, ele certamente condenaria a maior parte como heresia.

Jesus e seus seguidores não tinham nenhuma intenção de fundar uma nova religião. Ele se considerava como o Messias da tradição judaica no sentido intrínseco do termo. i.e., um líder humano que restauraria a monarquia judaica, expulsaria os invasores romanos, estabeleceria um estado independente judeu e inauguraria uma nova era de paz, justiça e prosperidade. (conhecida como o Reino de Deus) para todo o mundo.

Jesus acreditava ser a figura profetizada na Bíblia Hebraica que realizaria todas essas coisas. Ele não era um militarista e não construiu um exército para lutar com os Romanos, uma vez que acreditava que Deus realizaria o grande milagre de quebrar o poder de Roma. O milagre teria lugar no Monte das Oliveiras, tal como profetizado no livro de Zacarias. Quando este milagre não aconteceu, sua missão falhou. Ele não tinha intenção de ser crucificado como um ser divino e teria encarado esta idéia como pagã e idólatra, um pecado contra o primeiro dos dez mandamentos.

Essa idéias estão brilhantemente expostas no magnífico livro de Hyam Maccoby, "The Mytmaker - Paul and the invention of Christianity, sobre o qual em breve publicaremos uma resenha na MPHP.

No livro Naccoby explica porque Paulo e não Jesus foi o verdadeiro criador do cristianismo. Mostra a verdadeira face de Paulo diferente daquela apregoada no Novo Testamento por ele próprio e por seu pupilo, o autor do Evangelho denominado como de Lucas.Vale a pena ler. Um pouco disso já mostramos em Paulo, O Apóstolo Virtual.

Para aqueles que tem a capacidade de penetrar nos estudo históricos da formação do cristianismo fica a angústia de ter a certeza de que bilhões de pessoas são iludidas por um dos maiores mitos da história da humanidade.