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quarta-feira, janeiro 15, 2014

Nessa Terra, Nem O Futebol

A recente confusão no final do Campeonato Brasileiro de 2013 e seus desdobramentos na justiça, vem mostrando que nesta terra nem o futebol que era decantado como uma de suas riquezas, escapa da total falta de planejamento, jeitinhos e comportamento antiético que cada vez mais se estampa com marca registrada desta sociedade.

Independente de qualquer torcida clubista, mas olhando unicamente pelo bom senso, uma decisão nos foros desportivos que deveria bastar está sendo contestada e sendo objeto para minutos de fama de uma série de advogados de porta de xadrez que esperam com isso repercussão publicitária.

As manifestações de torcedores e pasmem, até de dirigentes, contra a decisão do Tribunal Esportivo, são completos absurdos demonstrando um total desconhecimento de como se exerce a lei tentando levar para a justiça decisões movidas pelas paixões puramente clubistas.

Nada pior internacionalmente e como desserviço para a imagem do país, já tão abalada pelos desmandos da preparação para a Copa, do que uma interrupção judicial do Campeonato Brasileiro de 2014 e pior ainda uma real virada de mesa visando acomodar 24 clubes no campeonato deste ano em um colossal jeitinho brasileiro.

Esperemos que a justiça comum, que está sendo chamada ao teatro por estes aproveitadores rejeite todas estas tentativas permanecendo a decisão do foro esportivo, evitando assim, prejuízos para a imagem do desporto brasileiro, já tão atingida.

domingo, dezembro 15, 2013

Comportamento e Ética: As Pedras na Vitrine

É interessante notar a indignação das pessoas em geral com tudo que acontece no país em relação á ética o descumprimento de leis e à impunidade. Ao mesmo tempo é também surpreendente como estes fatos ocorrem em todas as esferas da sociedade, dos municípios ao governo central, das federações esportivas ao Congresso Nacional.

Isto parece significar um tipo de atitude expressa pelo dito “faça o que digo não o que faço” e que cada um dos indignados, quando no exercício do poder ou no epicentro das situações, agiria da mesma forma. Ou seja, somos uma sociedade antiética.

Parece que para o brasileiro a lei só deve ser aplicada quando o beneficia, quando ele está do outro lado, como infrator, tudo é encarado, na política, como perseguição e nos meios esportivos como “virada de mesa”.

Mas tudo isto acontece porque existe uma cultura de impunidade, de interpretação da lei e não de sua aplicação.

A violência nos estádios e um retrato desta impunidade. Todos os agressores já são sobejamente conhecidos e fichados, saem de suas prisões temporárias de ontem para agredir amanhã, sob o beneplácito das autoridades de segurança e da justiça.

Torcedores de futebol, na acepção exata da palavra, se afastam dos estádios para dar lugar a estes vândalos, que os clubes parecem temer, pois nada fazem para coibir facilidades que ostentam e que são patrocinadas por estes mesmo clubes, tais como, entradas gratuitas e transporte entre estados.

Mas porque estamos falando do esporte e em particular do futebol para classificar nossa sociedade? Ora, não foi sempre o Brasil denominado país do futebol? Não seria a mais apreciada atividade de nossa sociedade o laboratório perfeito para extrair comportamentos?

Os dirigentes das entidades esportivas agem da mesma maneira que agem os políticos em Brasília, seguem seus exemplos e desfilam toda sorte de corporativismos em defesa de seus interesses.

Estamos entrando no ano da Copa do Mundo, ano em que o país será vitrine para o mundo. Só esperamos que os vândalos não atirem pedras nesta vitrine.

quarta-feira, maio 12, 2010

Pátria de Chuteiras: Que Bobagem!

A entrevista coletiva do treinador da seleção brasileira após o anúncio dos convocados para a Copa do Mundo foi um poço de reflexões para a nossa sociedade e para o próprio futebol.

Em primeiro lugar o ufanismo patriótico sobre uma simples competição esportiva chega às raias do surreal. Quando Nelson Rodrigues cunhou o termo, "futebol a pátria de chuteiras", certamente nosso maior cronista da tragédia humana estava exatamente analisando e qualificando os excessos.

Gostaria de ver esse ufanismo patriótico na discussão de problemas mais importantes como educação, saúde e o combate à violência.

Dunga, nosso coerente treinador deveria tomar mais cuidado ao entrar em searas às quais não domina. Todos nós, viventes ou não da ditadura e da escravidão estamos chocados com as declarações que agridem a história e os historiadores.

Por outro lado, mesmo dentro de sua seara específica Dunga demonstrou uma coerência próxima da teimosia e que provavelmente fará a seleção jogar coerente e burocraticamente rumo a participar no máximo de quatro partidas nessa Copa.

O sucesso é premiado não só aos coerentes mas principalmente aos ousados.