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sábado, dezembro 26, 2015
sábado, dezembro 19, 2015
O Golpe do STF: Infelizmente parece vero!
Logo após a seção do STF vi algumas manifestações contra a decisão do STF como muito simplistas e conspiratórias. Muita gente falando sem ter acompanhado e sem conhecer os procedimentos. Eu tive a paciência de assistir INTEGRALMENTE, do início ao fim as duas sessões do STF que definitivamente mancharam a imagem da corte, mas não vejo o panorama com tanta simplicidade, embora está claro que o impedimento ficou mais difícil e preciso dizer que não sou advogado, apenas um engenheiro cercado de advogados por todos os lados da família.
O voto do Tóffoli realmente me surpreendeu, o do Fachin nem tanto, pois independente de sua adesão á campanha de Dilma ele é um jurista renomado. Seu voto foi complexo, bastante técnico e ensejou as discussões que ajudadas pela dissidência do ministro Barroso acabaram por produzir duas seções bastante ricas juridicamente.
Sobre Toffóli, o que acho é que ele se cansou um pouco das críticas e uma aproximação evidente com o Gilmar Mendes na 2ª Turma está mudando um pouco sua atuação e fazendo-o se afastar um pouco de sua propalada adesão ao PT e ele vem até oferecendo votos bons para a pouca bagagem que tem em relação aos demais ministros. Tóffoli, na verdade, nunca deveria ter chegado ao Supremo. Os ministros depois de empossados não precisam manter qualquer subserviência ao partido que os indicou, pois não precisam nada deles e tem um longo caminho vitalício pela frente e aquilo que permanece é por causa de suas próprias ideologias ou amizades pessoais, mas jamais escancariam votos de apoio à Dilma sem comprometer suas biografias. Os casos de Tóffoli e Lewandowsky são mais complicados porque mantém relação de amizade muito próximas, respectivamente com Lula e Dilma e poderiam entrar nas exceções.
Em um primeiro momento considerei estas teorias de conspiração que pretendem envolver todo o STF na trama como puras fantasias. Por exemplo, se quisessem sepultar definitivamente o impeachment seria só votarem pela obrigatoriedade 2/3 na admissibilidade pelo Senado em vez da previsa maioria simples, um proposta que foi trazida pelo Marco Aurélio ao final, sob alegação que seria uma aberração a possibilidade desta admissibilidade do processo (subsequente afastamento da Presidente) poder ser obtida com apenas 21 votos no Senado, enquanto na Câmara seria maioria qualificada. Não passou e quem liderou a tese da manutenção da maioria simples foi justamente o Barroso conduzindo a maioria a acompanhá-lo suportado por um argumento irrefutável do Teori de que a maioria simples qualificaria o voto da câmara. Se O Senado precisasse de 2/3 para prosseguir com o processo e então afastar Dilma este impeachment não passaria. Como se vê, não é tão simples como as teorias apregoam.
No entanto, passada 48 horas e estudadas várias intervenções e comentários de pessoas abalizadas, a hipótese de algum tipo de conspiração parece evidente, embora continue achando muito difícil uma cooptação do STF no nível de que estão alegando; um verdadeiro teatro cada um com seu papel previamente combinado na trama, excetuando o Gilmar Mendes. Nem os ministros são tão articulados nem o Gilmar tão idiota. Não me parece plausível, mas se isso ocorreu está decretado o FIM DO BRASIL. Não existe democracia com uma Justiça desacreditada. O que houve está mais para compadrio quando tornaram a votação aberta e proibiram a chapa avulsa. Neste ponto eles interferiram em outro poder e legislaram, mudando o rito de 1992. Agora, até o Color poderá alegar golpismo em 1992. Piorou a situação quando o Gilmar Mendes afirmou que houve cooptação e bolivarização da corte.
O voto do Tóffoli realmente me surpreendeu, o do Fachin nem tanto, pois independente de sua adesão á campanha de Dilma ele é um jurista renomado. Seu voto foi complexo, bastante técnico e ensejou as discussões que ajudadas pela dissidência do ministro Barroso acabaram por produzir duas seções bastante ricas juridicamente.
Sobre Toffóli, o que acho é que ele se cansou um pouco das críticas e uma aproximação evidente com o Gilmar Mendes na 2ª Turma está mudando um pouco sua atuação e fazendo-o se afastar um pouco de sua propalada adesão ao PT e ele vem até oferecendo votos bons para a pouca bagagem que tem em relação aos demais ministros. Tóffoli, na verdade, nunca deveria ter chegado ao Supremo. Os ministros depois de empossados não precisam manter qualquer subserviência ao partido que os indicou, pois não precisam nada deles e tem um longo caminho vitalício pela frente e aquilo que permanece é por causa de suas próprias ideologias ou amizades pessoais, mas jamais escancariam votos de apoio à Dilma sem comprometer suas biografias. Os casos de Tóffoli e Lewandowsky são mais complicados porque mantém relação de amizade muito próximas, respectivamente com Lula e Dilma e poderiam entrar nas exceções.
Em um primeiro momento considerei estas teorias de conspiração que pretendem envolver todo o STF na trama como puras fantasias. Por exemplo, se quisessem sepultar definitivamente o impeachment seria só votarem pela obrigatoriedade 2/3 na admissibilidade pelo Senado em vez da previsa maioria simples, um proposta que foi trazida pelo Marco Aurélio ao final, sob alegação que seria uma aberração a possibilidade desta admissibilidade do processo (subsequente afastamento da Presidente) poder ser obtida com apenas 21 votos no Senado, enquanto na Câmara seria maioria qualificada. Não passou e quem liderou a tese da manutenção da maioria simples foi justamente o Barroso conduzindo a maioria a acompanhá-lo suportado por um argumento irrefutável do Teori de que a maioria simples qualificaria o voto da câmara. Se O Senado precisasse de 2/3 para prosseguir com o processo e então afastar Dilma este impeachment não passaria. Como se vê, não é tão simples como as teorias apregoam.
No entanto, passada 48 horas e estudadas várias intervenções e comentários de pessoas abalizadas, a hipótese de algum tipo de conspiração parece evidente, embora continue achando muito difícil uma cooptação do STF no nível de que estão alegando; um verdadeiro teatro cada um com seu papel previamente combinado na trama, excetuando o Gilmar Mendes. Nem os ministros são tão articulados nem o Gilmar tão idiota. Não me parece plausível, mas se isso ocorreu está decretado o FIM DO BRASIL. Não existe democracia com uma Justiça desacreditada. O que houve está mais para compadrio quando tornaram a votação aberta e proibiram a chapa avulsa. Neste ponto eles interferiram em outro poder e legislaram, mudando o rito de 1992. Agora, até o Color poderá alegar golpismo em 1992. Piorou a situação quando o Gilmar Mendes afirmou que houve cooptação e bolivarização da corte.
terça-feira, outubro 20, 2015
Livro: Opção Continuum - O Sequestro do Profeta
Ficção com trama desenvolvida em solo brasileiro, com conteúdo histórico, analisando se um mundo sem o Islã seria um mundo com menos violência. Por enquanto, apenas em versão digital (Kindle ou leitores gratuitos da Amazon, link ao final da postagem).
Alguns objetivos almejados por este livro.
1. Dentro de uma história de ficção, vivida em no nosso país, desvendar um pouco dos mistérios e mazelas do Islã e alertar que não estamos, no Brasil, tão longe desta realidade como alguns imaginam;Uma dessas falácias é apresentada abaixo, no “quote” de uma dos maiores teóricos do extremismo islâmico e inspirador da Al-Qaeda. (deixado em inglês para evitar distorções de interpretação)
2. Analisar o impacto do Islã na questão da violência da humanidade, através de uma extensa análise histórica demonstrada para o personagem principal;
3. Esclarecer algumas incoerências da pregação islâmica que se vale da ditadura do politicamente correto, hoje denominado Islamofobia, para camuflar suas intenções, bem como expor a absurda pretensão de se criar um estado islâmico, pois apesar da pujança econômica e cultural de algumas fases da história do domínio muçulmano como o Califado de Córdoba e o Califado de Bagdá, em seus áureos tempos, jamais os califados islâmicos primaram por competência política ou sequer estabeleceram uma forma tranquila de passagem do poder. Nunca, em época alguma da dominação muçulmana, houve o que chamam era de ouro como eles costumam denominar os governos dos quatro primeiros Califas depois da morte de Maomé. Em todos eles, e no apogeu dos Califado de Córdoba e de Bagdá, sempre existiram intriga palaciana, assassinatos, torturas e guerras pelo poder;
4. Chamar a atenção das pessoas sobre falácias propaladas pelo islamismo que se veste de lobo em pele de cordeiro, na medida em que não permite discussões sobre seus dogmas e, portanto, impede que se caracterize em suas fileiras o nascimento de um islamismo moderado ativista.
“It is not the intention of Islam to force its beliefs on people, but Islam is not merely ‘belief’. As we have pointed out, Islam is a declaration of the freedom of man from servitude to other men. Thus it strives from the beginning to abolish all those systems and governments which are based on the rule of man over men and the servitude of one human being to another.”Quem quiser se aventurar nesta viagem, pode depois emitir suas opiniões, em uma resenha, na própria Amazon. Eu corro o risco, pois quem escreve deve estar preparado para críticas. E não estou aqui, como alguns autores fazem com contumácia, pedindo por votos 4 ou 5. Apesar de ser uma obra de ficção, em função de seu conteúdo histórico, o livro apresenta ao final uma considerável bibliografia sobre o tema.
(do livro “Milestone” de Syed Qutb [1906- 1966] - membro da Irmandade Muçulmana do Egito)
O mesmo autor é significativamente mais direto no “quote” abaixo da mesma obra:
“The basis of the message [Islam] is that one should accept the Shariah without any question and reject all other laws in any shape or form. This is Islam.” Repare que o sentido de liberdade nesta passagem não é amplo e se refere à faculdade de libertar-se das leis humanas e submeter-se ao Islã ou à Sharia, portanto a afirmação é um enorme sofisma e o leitor desavisado pode entender um Islã liberal, o que não existe.
Acesse a apresentação, na Amazon, aqui:
Amazon…
sexta-feira, outubro 02, 2015
3ª Geração de Muçulmanos na Alemanha
Veja o comportamento de jovens muçulmanos de terceira geração na Alemanha
Se estava cético sobre a possibilidade da hegemonia muçulmana no mundo é bom começar a pensar no assunto.
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Se estava cético sobre a possibilidade da hegemonia muçulmana no mundo é bom começar a pensar no assunto.
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Tira o Tubo II
Eu poderia estar sendo considerado neste momento, como passando por um estado nostálgico, mas sei que não é isso e o meu estado real é de desilusão com o rumo que a sociedade humana está tomando.
Um mundo no qual os valores fundamentais que estruturaram a nossa civilização judaico-cristã estão desmoronando e observo o país e pior, o mundo, encarando esta catástrofe com uma estranha mansidão que lhe é exigida pela horrenda ditadura do politicamente correto.
Lembro-me em março de 1955 quando meu pai me deixou, com dez anos, no Colégio São José (internato) no Alto da Tijuca, ao despedir-se de mim antes de enfrentar meu primeiro período sem a presença paterna e deixado à influência dos novos colegas, ele incumbiu-se de proferir uma recomendação que julgava, a seu modo, bastante importante. Ao ir comigo ao banheiro masculino, alertou-me para algo que sequer compreendi o significado naquela hora tensa. Disse-me, de uma maneira séria, que mais tarde entendi como encabulada: “meu filho, se algum coleguinha pedir para segurar no seu pinto ou pedir que você segure o dele, não deixe ou não segure”. Essas foram as recomendações na despedida, para mim totalmente ininteligíveis, pois eu era uma criança inocente, como devem ser as crianças.
Pais da década de 50 do século passado, não lidavam bem com explicações sobre sexualidade, não podemos sequer criticá-los por isso, pois a nossa inocência de então, tinha como contrapartida a inexperiência deles para estes temas. Um ou dois meses depois, um colega com cujo pai o meu combinara para mim um tipo de proteção, porque embora apenas meses mais velho era circunstancialmente bem mais experiente do que eu, disse-me no turbilhão dos acontecimentos que se sucederam a um episódio de homossexualidade no colégio, que naquela época custou a expulsão dos dois envolvidos: “fulano comeu beltrano”, e eu perguntei a ele: Comeu como, ele é canibal?
Devo muito a este colega e amigo de infância, minha integridade nos primeiros meses, até começar a compreender as novidades que a vida me apresentava. Levenhagem, este era seu sobrenome e alguns poucos dos meus amigos nas redes sociais devem tê-lo conhecido. A vida nos separou e nunca mais, depois do ginasial (era esse o termo), tive contato com ele.
Pois é, hoje ouço estupefato que a vida sexual das meninas começa aos doze anos e a dos meninos um pouco mais tarde, mas não muito. Ouço também, que quando descontinuidades acontecem tendo como base os colégios, os pais de hoje querem se eximir da educação e colocar esta responsabilidade no colégio, às vezes até os culpando se algum fato ocorre com suas filhas e filhos, porque simplesmente, não sabem exercer limites e o NÃO deixou de existir em seus vocabulários.
Felizmente, observo minhas filhas que já têm meus netos chegando nessa idade, lidarem bem com isso, executando verdadeiros malabarismos sociais para tentar criar ilhas povoadas de coleguinhas cujos pais comungam dos mesmos ideais e valores que devem nortear a construção da família, mas o que elas me reportam, do que existe por ai, é assustador.
Então, abro a Internet ou ligo uma televisão e vejo a figura abjeta do deputado Jean Wyllys, que defende tudo de ruim para a nossa juventude, ser reverenciado como deputado atuante e símbolo de atuação parlamentar e concluo com o velho bordão do personagem do gordo humorista, mas hoje, vendido ao sistema:
“Tira o tubo!”
sábado, setembro 19, 2015
Afugentando Ilusões
Para se conhecer ou tentar conhecer uma corrente de pensamento ou mesmo episódios e fatos históricos é necessário que se procure consultar, ou seja, estudar, todos os vieses. Em suma, ler tudo a respeito do tema.
Um exemplo que as pessoas quando estudam o islamismo acabam deixando despercebido é situação política durante o Califado Omíada em Córdoba. Durante este período que vai de 929 a 1031 a região viveu uma época de máximo esplendor político, cultural e comercial em Al-Andalus. Muita gente que aprecia este período pelo seu esplendor cultural pode cair em uma ilusão perigosa.
Pode-se dizer que foi um período, em que pese alguns distúrbios como os mártires de Córdoba entre 850 e 859, no qual as três religiões monoteístas viveram debaixo de uma relativa harmonia.
Lembrar que enquanto na península Ibérica os Omíadas dominavam não era mais, desde 750, esta dinastia que dominava o resto do islamismo no mundo e sim a dinastia Abássida que, em Damasco, havia praticamente aniquilado os Omíadas. Abderramão I único sobrevivente do massacre dos Omíadas pelos Abássidas, em Damasco, fugiu e acabou fundando a dinastia Omíada, na Hispânia, em 756.
Qualquer um que se aventure a estudar a Espanha do 9º e 10º séculos inevitavelmente vai topar com o esplendor da civilização Omíada naquele período. Todavia, em contraste com o sucesso muçulmano nas artes, literatura, filosofia e arquitetura os muçulmanos eram muito menos exitosos como políticos e todo o período foi marcado por rivalidades colocando muçulmanos contra muçulmanos, destruindo o que quer que realizassem.
E a razão para isso está em uma ausência no Alcorão. O livro sagrado do islamismo regula absolutamente tudo na vida do muçulmano desde as questões religiosas aos simples atos dos costumes do dia-a-dia, mas não tem uma só palavra sobre organização política. Este fato causou a sempre conturbada mudança de poder no mundo islâmico e no fundo contribuiu como nascente para radicais como o ISIS.
Por que estou apresentando esta situação do Califado de Córdoba? Para afugentar ilusões. Em outras palavras, o que aconteceu na dominação da península ibérica não se pode tomar como padrão possível hoje em dia para uma dominação muçulmana. Os séculos de segmentação do islamismo com o surgimento de diversas correntes radicais tornaram impossível o islamismo moderado.
Na verdade, a magnificência do Califado de Córdoba conhecido pelos muçulmanos como Qurtaba foi destruído não pelos cristãos, mas por seus companheiros muçulmanos, Os Almorávidas, uma tribo do norte da África. O califado transformou-se a partir de 1031 em uma série de reinos, as Taifas, ou emirados.
O domínio muçulmano só viria a ser inteiramente restaurado pelo cristianismo, através da reconquista em 1492, Com Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, os reis Católicos.
Um exemplo que as pessoas quando estudam o islamismo acabam deixando despercebido é situação política durante o Califado Omíada em Córdoba. Durante este período que vai de 929 a 1031 a região viveu uma época de máximo esplendor político, cultural e comercial em Al-Andalus. Muita gente que aprecia este período pelo seu esplendor cultural pode cair em uma ilusão perigosa.
Pode-se dizer que foi um período, em que pese alguns distúrbios como os mártires de Córdoba entre 850 e 859, no qual as três religiões monoteístas viveram debaixo de uma relativa harmonia.
Lembrar que enquanto na península Ibérica os Omíadas dominavam não era mais, desde 750, esta dinastia que dominava o resto do islamismo no mundo e sim a dinastia Abássida que, em Damasco, havia praticamente aniquilado os Omíadas. Abderramão I único sobrevivente do massacre dos Omíadas pelos Abássidas, em Damasco, fugiu e acabou fundando a dinastia Omíada, na Hispânia, em 756.
Qualquer um que se aventure a estudar a Espanha do 9º e 10º séculos inevitavelmente vai topar com o esplendor da civilização Omíada naquele período. Todavia, em contraste com o sucesso muçulmano nas artes, literatura, filosofia e arquitetura os muçulmanos eram muito menos exitosos como políticos e todo o período foi marcado por rivalidades colocando muçulmanos contra muçulmanos, destruindo o que quer que realizassem.
E a razão para isso está em uma ausência no Alcorão. O livro sagrado do islamismo regula absolutamente tudo na vida do muçulmano desde as questões religiosas aos simples atos dos costumes do dia-a-dia, mas não tem uma só palavra sobre organização política. Este fato causou a sempre conturbada mudança de poder no mundo islâmico e no fundo contribuiu como nascente para radicais como o ISIS.
Por que estou apresentando esta situação do Califado de Córdoba? Para afugentar ilusões. Em outras palavras, o que aconteceu na dominação da península ibérica não se pode tomar como padrão possível hoje em dia para uma dominação muçulmana. Os séculos de segmentação do islamismo com o surgimento de diversas correntes radicais tornaram impossível o islamismo moderado.
Na verdade, a magnificência do Califado de Córdoba conhecido pelos muçulmanos como Qurtaba foi destruído não pelos cristãos, mas por seus companheiros muçulmanos, Os Almorávidas, uma tribo do norte da África. O califado transformou-se a partir de 1031 em uma série de reinos, as Taifas, ou emirados.
O domínio muçulmano só viria a ser inteiramente restaurado pelo cristianismo, através da reconquista em 1492, Com Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, os reis Católicos.
quarta-feira, setembro 09, 2015
Filosofia de Youtube: Produto Da Pátria Educadora
Bom, fiz meus exercícios e a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi verificar quem era a Youtuber e o porquê do tumulto e presença de tantos jovens.
Vão dizer que por ter dois "stents", devo ser um velho, pouco antenado com a modernidade, pois o que vou dizer sobre esta moça não é nada agradável. Velho sou, mas não posso dizer que não seja antenado com a Internet, participo dela desde seu nascedouro no Brasil e fui um dos 500 congregados pela Embratel bem no seu início em 1994, para um projeto piloto, mas isso não que dizer que seja alienado, culturalmente, para gostar deste lixo produzido por esta nova classe denominada Youtubers.
Constatar como e onde são produzidas as besteiras e futilidades que nutrem a nossa adolescência, carente de fontes de saber é o caminho mais fácil de entender o estado da cultura em nosso país. Para começar uma pessoa de 22 anos que lança um livro e o considera sua biografia, já é por si só é um atestado de que, provavelmente, dentro da cabecinha da vlogueira (outra modernidade) tem apenas geleia que, obviamente, ela imagina ser o seu cérebro.
Não vou perder tempo descrevendo o lixo que brota do conteúdo desse Canal do Youtube, seguido por quase 6 milhões de idiotas alienados, qualquer um pode ir lá e constatar.
É um enorme paradoxo, visto que a própria Internet pode ser o veículo para gratuitamente serem obtidas as obras dos grandes filósofos e escritores da humanidade, obras que forjam consciências, mas a nossa juventude prefere ouvir as verdades sem conteúdo de uma encantadora de teenager com o apoio da famílias, igualmente alienadas. São os produtos da Pátria Educadora!
Cada país tem o filósofo que merece e os nossos são as Keferas Buchmans da vida.
quarta-feira, setembro 02, 2015
Adeus aos Olavetes
Recentemente me filiei à rede TheRealTalk, uma iniciativa de Olavo de Carvalho e seu grupo.
Não sou discípulo de Olavo ou “Olavete” como alguns denominam o séquito de admiradores que se curvam em adoração ao, autodenominado filósofo, Olavo de Carvalho. Não nego que algumas ideias do Olavo me agradam e exatamente por elas embarquei nesta aventura, mas não concordo com muitas coisas que ele propaga, em especial sua intelectualmente suspeita adesão a um catolicismo fundamentalista, depois de uma história com astrologia, esoterismo e até misticismo islâmico. Possivelmente, essa conveniente conversão tenha a ver com se situar sobre o tecido de um segmento cultural religioso mais adequado a propiciar um sectarismo em torno de suas ideias.
Eu apenas procurava a rede nova como uma alternativa para o Facebook, onde o terreno é recheado de abobrinhas que torna impossível a sustentação de qualquer debate sério.
Já estou na nova rede por 15 dias e ela apresenta os mesmos tipos de problemas do Facebook, o que não é de se espantar, pois é um aglomerado virtual dos mesmos seres humanos que habitam o Facebook. Então, é claro, logo se percebem os "desmascaradores", os vigilantes macartistas, os donos da verdade, mas existe uma espécie nova; os discípulos de Olavo, que batem palma para tudo que seu mestre publica sem contestação ou análise.
Tentei me colocar distante das “verdades” cristãs e minhas postagens se concentraram mais na política e história, onde abordei, preferencialmente, o problema da ameaça mundial islâmica e logrei até ter um comentário e uma curtida do próprio Olavo de Carvalho.
Para conhecer Olavo procurei ler suas obras de cunho filosófico, em especial Jardim das Aflições, Aristóteles em Nova Perspectiva e a Nova Ordem Mundial, cujas resenhas produzi e publiquei na Amazon. Respeito Olavo e sua vasta cultura, mas me reservo o direito de não ser discípulo cego.
Acontece, que começa a me aborrecer a enxurrada de postagens religiosas enaltecendo A ou B ou C da doutrina católica e criticando o Papa Francisco, por sua aparente adesão à agenda 21 e outras decisões, o que por acaso me parece até algo a ser considerado, principalmente quando a grande mídia começa a endeusá-lo. Também incomoda o fato de a maioria dos “olavetes”, pelo menos os tradicionais, seguir estritamente a tática do mestre de trocar argumentação por palavrões e grosserias e ataques ad-hominem. Então, na linha do tempo do TheRealTalk proliferam expressões como “vai tomar no cu” e outras similares.
A gota d’água que encheu meu copo foi uma postagem de um fã de Olavo com um vídeo do próprio Olavo criticando supostamente ateístas e as pesquisas sobre Jesus Histórico. As análises do Olavo para criticar os estudos do Jesus Histórico, que na sua maioria são estudos filológicos e históricos profundos realizados por judeus, ex-cristãos ou até mesmo cristãos praticantes, e não necessariamente por ateístas, são de um primitivismo e uma superficialidade que irrita e ofende a inteligência. Mas, obviamente, elas recebem o aplauso e a adoração intelectual de toda a sua trupe de seguidores. Eu já havia visto um outro vídeo do Olavo em que ele se referia aos ateístas e agnósticos como criminosos imputando-lhes os crimes do comunismo como se fossem deles, perpetrando um descarado sofisma. Foi nesse momento que até pensei que poderia ser excluído, pois nos comentários manifestei minha independência em relação ao mestre frente a este tema. Mas, como o comentário não foi em uma postagem do próprio, acho que passou batido.
Não vou sair, pois encontrei pessoas com quem realmente vale a pena interagir, mas não vou participar tanto como vinha fazendo diariamente, até mais do que no meu Facebook. Pensei que encontraria um ambiente em que obteria novas informações, debates profícuos e referências bibliográficas e percebo que o espaço apesar de servir bem a este propósito também está contribuindo para aumentar meu conhecimento de palavrões e novas expressões chulas para descrever o momento brasileiro atual. Vou me manter orbitando como alguns que, como eu, não são inteiramente conectados a tudo que o Olavo escreve e doutrina, trocando ideias com pessoas que, sei não são poucas na rede, também passam ao largo das discussões religiosas, tanto quanto possível.
Adeus Olavetes! Estou por aqui, mas na minha!
terça-feira, setembro 01, 2015
Estudo Em Casa
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se o ensino domiciliar (“homeschooling”) deve ser proibido pelo Estado ou “viabilizado como meio lícito de cumprimento, pela família, do dever de prover educação”, tal como previsto no artigo 205 da Constituição.
Trata-se de uma opção cuja escolha vem crescendo entre as famílias que não desejam expor seus filhos à doutrinação marxista que o MEC promove no ensino público, bem como as abjetas teorias da identidade de gênero, que incluem Kits Gay e etc., sem falar da péssima qualidade do ensino oferecido pelo Estado. Algumas destas famílias desconhecem que, por enquanto, está opção é criminalizada no Brasil, como crime de abandono intelectual.
Na nossa opinião nada mais justo, embora isto envolva algumas complicações no sentido da regulamentação, pois seria necessário um cadastro de famílias com potencial para exercer o ensino em casa, bem como seria necessário uma forma de controle. A necessidade do cadastro é óbvia, pois famílias que não preencherem os requisitos para educar seus filhos em casa poderiam usar o benefício para afastá-los da escola criando mais problemas sociais, inclusive com a possibilidade de proporcionar o aumento do trabalho infantil. Quanto ao controle, sua necessidade também é evidente, pois o Estado não poderia se omitir sobre a qualidade desta opção de ensino.
Como exemplo de controle poderíamos tomar como modelo o estado de Nova York, nos EUA, onde os passos necessários para uma família que quer educar seus filhos em casa envolve notificar a secretaria da educação antes do início do ano letivo, preencher um documento sobre qual será o plano de educação (currículo), manter o registro de datas e horas das aulas por pelo menos 180 dias por ano, enviar um relatório a cada trimestre explicando os temas tratados e o desempenho do aluno e, por fim, enviar um relatório final anual, juntamente com o relatório do quarto trimestre, com uma avaliação escrita sobre o aluno. Alguns estados ainda aplicam testes independentes a cada ano para testar os estudantes, mas a avaliação geral é efetivamente feita com as provas nacionais chamadas SAT e ACT, pré-universitárias – o “Enem” norte-americano. Normalmente, a pontuação dos estudantes “caseiros” é vários pontos mais alta que a média."
Portanto, se o STF, finalmente, vier a aprovar esta modalidade de ensino, ainda existe um longo caminho a percorrer.
quarta-feira, agosto 26, 2015
Sabatina Histórica
Uma verdadeira aula foi dada hoje por Rodrigo Janot, por mais de 10 horas, nas quais manteve a serenidade mesmo quando foi pateticamente atacado pelo Senador Collor de Mello, que acabou deixando a Comissão furtivamente, onde era voz solitária de contestação ao Procurador.
Durante este tempo, Janot foi capaz de responder cada uma das perguntas, as vezes capciosas, respondendo aos senadores com uma clareza e uma objetividade de um professor, e dos bons.
Ao escrever esta nota a votação ainda não foi aberta, embora terminada, mas não tenho dúvidas de sua aprovação na CCJ.
Durante este tempo, Janot foi capaz de responder cada uma das perguntas, as vezes capciosas, respondendo aos senadores com uma clareza e uma objetividade de um professor, e dos bons.
Ao escrever esta nota a votação ainda não foi aberta, embora terminada, mas não tenho dúvidas de sua aprovação na CCJ.
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