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quarta-feira, setembro 09, 2015

Filosofia de Youtube: Produto Da Pátria Educadora


Hoje enquanto me dirigia para a os exercícios de reabilitação cardíaca, que faço regularmente por exatamente um ano, desde que tive que colocar 2 "stents" na coronárias, ouvi no rádio do carro notícias sobre um tumulto acontecido ontem na Bienal do Livro, com mães protegendo a integridades de seus filhos contra o que alegavam ser uma desorganização da Feira no gerenciamento da presença de mais de 5.000 adolescentes e crianças que desejavam um contato com a Youtuber (sim existe este negócio) Kéfera Buchmann, que lançava seu livro de memórias no evento. Davam também a informação que a Youtuber possuí mais de 5,5 milhões de seguidores em seus canal no Youtube.

Bom, fiz meus exercícios e a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi verificar quem era a Youtuber e o porquê do tumulto e presença de tantos jovens.

Vão dizer que por ter dois "stents", devo ser um velho, pouco antenado com a modernidade, pois o que vou dizer sobre esta moça não é nada agradável. Velho sou, mas não posso dizer que não seja antenado com a Internet, participo dela desde seu nascedouro no Brasil e fui um dos 500 congregados pela Embratel bem no seu início em 1994, para um projeto piloto, mas isso não que dizer que seja alienado, culturalmente, para gostar deste lixo produzido por esta nova classe denominada Youtubers.

Constatar como e onde são produzidas as besteiras e futilidades que nutrem a nossa adolescência, carente de fontes de saber é o caminho mais fácil de entender o estado da cultura em nosso país. Para começar uma pessoa de 22 anos que lança um livro e o considera sua biografia, já é por si só é um atestado de que, provavelmente,  dentro da cabecinha da vlogueira (outra modernidade) tem apenas geleia que, obviamente, ela imagina ser o seu cérebro.

Não vou perder tempo descrevendo o lixo que brota do conteúdo desse Canal do Youtube, seguido por quase 6 milhões de idiotas alienados, qualquer um pode ir lá e constatar.

É um enorme paradoxo, visto que a própria Internet pode ser o veículo para gratuitamente serem obtidas as obras dos grandes filósofos e escritores da humanidade, obras que forjam consciências, mas a nossa juventude prefere ouvir as verdades sem conteúdo de uma encantadora de teenager com o apoio da famílias, igualmente alienadas. São os produtos da Pátria Educadora! 


Cada país tem o filósofo que merece e os nossos são as Keferas Buchmans da vida.

quarta-feira, maio 30, 2012

Ética & Cultura

Venho defendendo no Twitter (@mphp), com relação ao recente episódio Lula-Gilmar, que Ética e Cultura estão intimamente ligados. 

Ou seja, Ética são princípios: sem cultura, sem ética.

Claro que isso não deve ser entendido como se todos aculturados exercessem sempre a ética e todos desculturados atuassem de forma antiética.

O que pretendo dizer é que a cultura traz favorecimento para as atitudes antiéticas e essa afirmação se baseia nas seguintes distinções:
  • Ética é princípio, Moral são aspectos de condutas específicas;
  • Ética é permanente, Moral é temporal;
  • Ética é universal, Moral é cultural;
  • Ética é regra, Moral é conduta da regra;
  • Ética é teoria, Moral é prática. 
  • quarta-feira, agosto 19, 2009

    Ética e Cultura


    Já escrevemos bastante na MPHP sobre Ética, ocasião em que concluímos que a ética é uma necessidade da sobrevivência humana. Convido-os a ler aquele link, pois o que vamos desenvolver aqui é decorrência.

    Os recentes acontecimentos que assistimos no Congresso Nacional, mormente no Senado, trouxeram para a discussão na Sociedade com bastante freqüência a questão da ética na política quando comparada com que constatamos na prática de uma ética partidária.

    Aliado a esses fatos, vemos frequentemente o Presidente da República fazer comentários em questões que melhor seria, em respeito à tal liturgia do cargo, que ele ficasse calado.

    As manifestações do Presidente Lula mostraram ao país um presidente que dá pouca ou nenhum valor à ética e, como já tivemos ocasião de escrever aqui mesmo, instituiu a Ética do Companheiro.

    No entanto, talvez estejamos diante de um presidente que não reconheça os valores éticos em função da sua cultura, pois cultura e a ética estão intrinsecamente ligadas. Não nos referimos a palavra cultura como sendo a quantidade de conhecimento adquirido, mas sim a qualidade na medida em que esta pode ser usada em prol da função social, do bem estar e tudo mais que diz respeito ao bem maior do ser humano, conforme explica Herbert Gonçalves Espuny em sua tese sobre Ética no Serviço Público.

    Em outros governos, sem citar nome dos mandatários, jamais tivemos um presidente aprovando publicamente comportamentos nitidamente classificados como antiéticos e isso, estou convencido, não se dá hoje com o presidente Lula por má fé, mas por desconhecimento do que seja uma cultura ética.

    Esse fato acende uma luz amarela no nosso senso crítico ao escolher um governante. É muito bonito e tocante mostrar ao mundo um presidente com a história de retirante que chegou ao mais alto cargo da nação, mas é preciso saber os riscos envolvidos nessa situação.

    Por mais que o presidente queira se identificar com o povo, condição que na realidade ele consegue facilmente, suas manifestações devem servir de exemplo à nação e nunca serem niveladas por baixo e o nivelamento por cima só seria possível se o presidente conhecesse plenamente a cultura ética necessária para o exercício de seu cargo.