domingo, julho 31, 2011

Nostalgia Cinza


Colégio Naval, Enseada Batista das Neves, Angra dos ReisHá um dito naval que reza que uma vez tocados pelo cinza naval este penetra em nossas veias e corre com o sangue pelo resto de nossas vidas.
Não importa o tempo convivido, especialmente, se iniciado no Colégio Naval, em Angra dos Reis, apelidado de "Esperança da Armada".

Talvez, ou com certeza, o fato de ingressarmos na vida naval pelo Colégio Naval, a maioria de nós, recém completando 15 anos de vida, no alvorecer de nossas esperanças futuras, com o coração repleto de entusiasmo e a mente povoada pelos sonhos, certamente, tem uma influência decisiva na marca que a Marinha deixará em nossas existências, aliado ao fato de que quase todos estão, pela primeira vez, se libertando das presenças paterna e materna e, então, nesse momento, passando a ser os controladores das próprias atitudes e de suas consequências.

Por outro lado, a natureza exuberante do local que propicia inúmeras aventuras pelas ilhas e praias da redondeza favorece a liga e a camaradagem que vão perdurar ao longo da vida, independente dos rumos que cada um venha a seguir, se carreira na Marinha ou na vida civil.

Nesses tempos de redes sociais, em que os contatos humanos se tornam cada vez mais virtuais, lembro-me de uma situação pitoresca que acontecia com uma certa frequência quando ocorria algum entrevero entre colegas e que dá uma ideia do que é cursar o Colégio Naval e porque voltamos lá para descerrar placas comemorativas dos 30, 40 e 50 anos de nossas passagens pelo estabelecimento. Alguns sequer completaram um ano no CN e comparecem a essas cerimônias, o que prova a força do cinza.

Desavenças momentâneas em jovens confinados, com os hormônios á flor da pele é a coisa mais natural do mundo, mas em uma organização militar isso é uma falta grave e quem quer que acabasse saindo na "porrada" estaria sujeito a sérias medidas punitivas que afetariam o conceito final e, mais importante, as licenças quinzenais.

Mas para tudo há um jeito. Existia e ainda existe até hoje, ao final da pista de atletismo, que pode ser vista na foto, um muro com a frase "Mens Sana in Corpore Sano". Hoje parece que a frase mudou para ostentar; Colégio Naval, Esperança da Armada", e era para lá que se dirigiam os contendores a fim de resolver suas diferenças.

Acontece, que a distância média até esse muro, que esconderia a contenda dos olhares dos oficiais, e os locais de convívio mais comuns, como o pátio interno, implicava em uma caminhada de pelo menos 500 a 1000 metros. Ora, não há entrevero que resista à racionalidade que aflorava durante o curso dessa distância e a "porrada" quase sempre não acontecia e as pazes eram firmadas antes ou na chegada ao Mens Sana.

São fatos como esse que nos impedem de jamais esquecer os anos vividos no Colégio Naval e que em grande monta ajudaram a moldar a nossa personalidade com a ajuda do fermento cinza correndo nas veias.

sexta-feira, junho 10, 2011

Decisão equivocada alimenta impunidade

A declaração de hoje do ex-presidente Lula, afirmando que a Itália deve respeitar a soberania brasileira é no mínimo patética.

Lula negou extradição a um meliante considerado pela justiça italiana como criminoso comum e condenado em todas as instâncias judiciais daquele país e também por organismos internacionais.

Ajudado por um surpreendente Supremo Tribunal que parece não conhecer o Direito Internacional, Lula e o STF passaram a mensagem ao mundo de que a justiça de um país democrático como a Itália é incompetente e violadora de direitos humanos e ao contrário do que diz o ex-presidente, desconsiderou o tratado de extradição assinado pelo Brasil e a Itália.

O STF deixou ao Presidente a decisão, isso até pode ser aceito, mas uma decisão que deveria ter sido tomada dentro dos limites da Lei, que já tinha sido interpretada pelo próprio STF no julgamento do mérito em 2009.

O Brasil não merece o desgaste provocado por uma decisão equivocada, pautada em ideologias emanadas da sua troupe esquerdista apreciadora de ditadores e tiranos e que demonstrou comportamento, inteiramente, oposto no caso dos atletas cubanos durante o pan-americano de 2007, quando os desertores foram rapidamente entregues ao "coleguinha" Castro.



sábado, maio 28, 2011

Alexandre O Grande - 1956 Rossen


Da mesma forma que fizemos para a resenha publicada há cerca de 18 meses, sobre o filme Alexandre o Grande de 2004, de Oliver Stone, inserimos uma cena na resenha do filme relativo à versão de 1956, de Robert Rossen.

Vale a pena conferir.


sexta-feira, maio 20, 2011

Transformando Liberdade em Libertinagem



Não sou religioso, muito pelo contrário, e portanto, o Deputado Jean Wyllys, eleito por essa nefasta lei eleitoral, não pode me acusar de fundamentalista como faz com todos que se colocam contra essa aberração do PL 122.

Evidentemente, condeno toda a violência contra homossexuais, que aliás se valem de uma estatística falaciosa quando revelam os números dessa violência, mas ao mesmo tempo sou, absolutamente, contra o PL 122 e tudo o que se tem tentado fazer no MEC a respeito dessa dita causa gay.

Acho que cada um tem a livre escolha da opção sexual, mas isso não dá direito de transformar essa opção em meio de vida a ser proposto para o resto da sociedade. Do jeito que os acontecimentos sugerem, em breve o constrangimento será dos casais heterossexuais, que segundo o censo de 2010 do IBGE, correspondem a 99,85% dos casais brasileiros.

É um verdadeiro absurdo que uma minoria como essa (0,15%) esteja tentando impor seus valores ao restante da população, sob o olhar complacente dessa maioria. Isso só se explica pela enorme concentração de gays nos meios de comunicação, fato que certamente ajuda a criar essa distorção.

Essa complacência vai permitir novos saltos. As declarações públicas de um dos mais importantes líderes do Movimento Gay, o Sr. Luiz Mott, são estarrecedoras. Ele afirma, nas entrelinhas, que o próximo passo do movimento será pela descriminalização da pedofilia. Julio Severo mostrou isso com documentos. Acessem o seu Blog e leiam. São palavras do próprio ativista, que devia estar na prisão e não sendo homenageado em programas de televisão como o do Jô Soares, outro propagandista da causa gay.

Homossexuais têm o direito garantido pela Constituição Federal de liberdade e proteção contra a violência e não precisam, como uma casta privilegiada, de leis específicas. Se assim for teríamos que ter leis específicas para tratar de preconceitos contra gordos, magros, feios e assim por diante.

A sociedade brasileira precisa acordar e pensar bem nos rumos que deseja imprimir a seus costumes parando de importar ideias bem aplicadas no mundo desenvolvido e distorcê-las ao aplicar no Brasil. Somos mestres em transformar liberdade em libertinagem.


terça-feira, maio 17, 2011

Parece atual, mas escrito há 45 anos

Emil Farhat, 1966

Uma nação deve dar assistência, mas não direitos à incapacidade. Deve amparar os doentes, mas não premiar os ociosos resmunguentos, nem torná-los razão de suas leis, padrão de méritos públicos e limite das ambições cívicas ou econômicas. Deve fortalecer o espírito e os instrumentos de justiça, mas não transformar o sentimentalismo oco e elástico - e não o mérito - em medida para aferir valores e capacidade e julgar direitos e razões.

O Brasil tem que decidir-se entre ser essa grande Nação que todos sonhamos ou um vasto albergue.

É preciso dar um "Basta!" ao "coitadismo" na vida pública, ou então este país gigantesco, que o mundo já começa a apontar ironicamente como sendo "apenas, o país do futuro ... " jamais se erguerá além do afundado subnível econômico-social das cubatas africanas, ou da desoladora paisagem de mentes ocas e bocas vazias das potências meramente geodemográfícas.

Não é admissível que o nhem-nhem-nhem do "coitadismo" continue a ditar a essência da jurisprudência e do espírito das leis sociais brasileiras num convite oficial ao amolecimento nacional, ao imobilismo geral, ao caradurismo total, ao mais inerme e boçal parasitismo. :É preciso que haja coragem moral da parte dos verdadeiros homens públicos para dar esse "Basta!" solene e dramático à coorte dos falsos guias-de-cego, composta de certos senadores e deputados que vivem da cata histérica e inescrupulosa de votos-de-favor junto a classes, grupos e grupelhos.

Esse tipo de "legisladores" pensa que tem o direito de amarrar e comprometer o destino do país e, principalmente, o das novas gerações ao seu pessoalíssimo problema particular de obter ou garantir uma cadeira no Congresso. Pouco se lhes dá que acabem por liquidar a Nação, por atacado e a varejo, num leilão interno de favores e concessões, desde que estes lhes tragam o sonhado ricochete dos votos pingados nas urnas.

É preciso que esse tipo especialíssimo de "altruístas", que exercem na vida pública sem-cerimoniosamente a política do amigo-do-alheio, pois estão sempre dando o que é dos outros - e pior ainda: o que seria das gerações vindouras - é preciso que saibam que nenhuma Nação é suficientemente rica para agüentar carregar um corpo de leis sociais e assistenciais calcadas na preocupação dos favores aos menos capazes, aos menos dedicados, aos dispensáveis de toda natureza e por todos os motivos.

Por que essa muralha de garantias ao que não fez e não quer fazer força? Por que requintes de proteção aos que abominam o suor e o esforço? Por que a preocupação de padronizar o futuro e a prosperidade de todos pela indiferença dos que não se importam com o amanhã, nem mesmo com o hoje, avessos que são a todos os compromissos com a vida, com a comunidade, com a organização onde "trabalham" ou onde simplesmente têm emprego?

O perigo desse descarado favoritismo visando a proteger os que desdenham de tudo é fazer o homem comum - que é tão cioso de não ser ludibriado - tomar a inércia como padrão para recompensa, considerar o desinteresse como atitude exemplar, ou concluir que a deslealdade é que é digna de proteção contra os que não a toleram e a punem pelo isolamento, pela expulsão ou pela dispensa.

Qualquer país se acercará do desastre social e nacional no instante em que o cidadão comum descobrir, nas leis que regem o trabalho e os direitos sociais, uma consolidação de favores que amparam a incapacidade, uma intencional compensação e proteção à frouxidão, e que cabem mais recompensas) legais ao lambonismo e à miúda esperteza que à perfeição e à exação no cumprimento do dever.

Nós temos sido embalados todos pela visão panorâmica das riquezas brasileiras, e muitos espíritos contemplativos dão-se por satisfeitos só em enumerá-las; entram em êxtase patriótico e acham que tudo está resolvido pelo simples fato de que existam tais dádivas da natureza, esquecendo-se ingenuamente daquela advertência maliciosa e precavida que foi mesmo a primeira página e a primeira lição de nossa História: “Em se plantando....”

Extraído de "O Pais dos coitadinhos", Emil Farhat, 1966 Cia Editora Nacional.


domingo, maio 15, 2011

Homofobia: Estatísticas Falaciosas



Minha posição conta o PL 122 é totalmente contrária, não em função de qualquer argumento religioso, mas por razões que vão muito além disso.

Trata-se da criação de uma casta intocável. As estatísticas do Movimento Gay sobre violência são falaciosas. Apenas 1% das milhares de mortes violentas no Brasil são relacionadas a homossexuais.

E os outros 99%, que merecem tanto ou mais atenção, em função da quantidade?

O fato é que quando a polícia identifica uma morte violenta de homossexual esta vai, imediatamente, para as estatísticas, porque dá IBOPE, enquanto as mortes dos outros 99% passam despercebidas.

A lei da homofobia cria uma casta de privilegiados intocáveis e associar-se o preconceito, que é uma situação a ser combatida, ao crime de racismo é uma aberração.

O Sr Luiz Mott, o líder homossexual que gerou e está na condução de toda essa movimentação, é um estratégico e a sociedade brasileira está caindo na onda dele. Leiam o Blog de Julio Severo para saber quem é esse homem. Lá, você vai encontrar que ele, praticamente, se declara um pedófilo e que depois do PL 122 lutará, estrategicamente, para descriminalizar no Brasil o crime de pedofilia. Julio Severo mostrou isso com documentos. Acessem o Blog e leiam. São palavras dele mesmo, que devia estar na prisão e não sendo homenageado em programas de televisão como o do Jô Soares, outro propagandista da causa gay.

Sou, absolutamente, contra a violência a homossexuais, mas absolutamente contra essa lei e contra o Kitgay do MEC, pois ao mesmo tempo que respeito a liberdade sexual não posso concordar com o incentivo à prática homossexual dos nossos jovens nas escolas públicas.

Se assim for tenho que parafrasear o que, supostamente, Bertrand Russell, teria afirmado: Na minha infância, era proibido, na juventude tolerado, vou embora da Inglaterra (Brasil) antes que seja obrigatório.

domingo, maio 01, 2011

Alexandre O Grande - 2004 Stone

Na resenha, escrita cerca de um ano atrás, sobre o filme de Oliver Stone, Alexandre O Grande, introduzimos uma cena do filme, de enorme beleza plástica, com os comentários relativos a sua eventual historicidade ou não.

Como apreciador de história, especialmente, desse período, estou um pouco frustrado, pois após quase 18 meses da publicação dessa resenha e quase 1.000 leitores, ainda não tivemos sequer um comentário.

Em vista disso resolvi, eu mesmo, fazer um comentário, enfocando algumas resenhas que li sobre o filme, escritas por críticos profissionais de cinema.

Fiquei impressionado com a mediocridade da análise desse supostos especialistas que, certamente, desconhecem os fatos históricos da vida de Alexandre e que essa versão, em grande parte, teve o mérito de considerar. Não poderia ser diferente, visto que o consultor do filme foi um renomado historiador.

Esses críticos se fixam na mocidade de Angelina e no aspecto chorão do Colin Farrell (o que aliás concordo) esquecendo-se, completamente, das virtudes incontestáveis do filme, tais como creditar a Felipe II a criação e preparação do exército de Alexandre.

Enfim, essas coisas apenas me fazem ter mais reservas com relação a críticos de cinema quando considerar assistir qualquer filme.

Vale a pena conferir


domingo, abril 24, 2011

Redes Sociais: Socorro

As frustrações de um cidadão consciente, sem ser celebridade ou personalidade pública, na luta por tornar público um debate importante para a sociedade brasileira.

Leia o artigo e arregace as mangas se puder ajudar.



quinta-feira, abril 14, 2011

Homofobia Não, Incentivo Também Não!


O debate sobre homofobia, realmente, está passando dos limites, conforme, brilhantemente, mostrou Beto Fera em seu Blog.

Eu teria pouco a acrescentar, mas vou mesmo assim, discutir mais alguns aspectos desse tema que nas últimas semana tem dominado a mídia.

Eu começaria explicitando o significado do termo normal: Aquilo que é segundo a norma ou padrão. Ou seja, infelizmente, o termo anormal foi, indevidamente, tornado pejorativo devido ao uso para estados mentais, escapando do seu sentido exato.

Portanto, dizer-se que o homossexualismo é uma coisa normal, porque a mídia quer, não faz sentido e não faz jus à etimologia e ao significado da palavra e isso não tem nenhuma relação com homofobia. Hoje, com os meios de comunicação, inteiramente, percolados por homossexuais, quer se passar, pela goela, a ideia de que esse é um comportamento normal. Não é, mesmo com o empenho do Jô Soares e Cia.

Embora, já seja um clichê, nunca é demais afirmar que o que deve ser debatido é o homossexualismo, não o homossexual, assim como no caso das drogas o que deve ser debatido é o uso, não o usuário.

Nesse debate existem fatos realmente surrealistas, como denominar a parada gay, de Parada do Orgulho Gay. Orgulho de quê? Só posso entender como um desabafo contra as agressões imorais e descabidas sofridas pelos gays. Outro motivo não existiria para considerar um orgulho, ser gay.

Acho que é preciso afastar um pouco a hipocrisia. Nenhum pai ou mãe, com o filho ainda na barriga da mãe, exprimiria seu orgulho prévio na eventualidade de seu filho vir a ser gay. Se vier a ser, é claro que isso não deve afetar o amor. Mas orgulho?

Estamos vivendo uma intensa ditadura do politicamente correto, na qual fica viva a frase, supostamente, atribuída a Bertrand Russell sobre o crescimento do homossexualismo: Quando eu era criança era proibido, quando adolescente permitido, vou embora da Inglaterra antes que se torne obrigatório.

O recentes estudos para um Kit anti-homofobia comprovam que em vez de combater a homofobia, parece que o Ministério da Educação pretende entrar na onda da mídia e incentivar o homossexualismo.

Portanto, assim como Beto Fera "não aguento mais esse papo de homofobia"


quarta-feira, março 16, 2011

Vamos parar de brincar

Enquanto a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, toma uma atitude corajosa e coloca em cheque o funcionamento das usinas nucleares na Alemanha, ameaçando fechar, se preciso for até por decreto, os porta-vozes do governo brasileiro são evasivos e com argumentos desgastados e baseados na suposta estabilidade do solo brasileiro, defendem usinas igualmente de projetos ultrapassados, da década de 70, e submetidos a incompetência de gestão, que até hoje não definiu rotas de escape confiáveis nas rodovias, caso aconteça um acidente nuclear em Angra.


Esta na hora do setor de energia brasileiro parar de brincar com a energia nuclear e a Marinha Brasileira pensar, antes de construir um submarino nuclear, em se preparar para quando tiver que descomissioná-lo ou tirá-lo de serviço, atividade importante que sequer se preocuparam até agora.

Os "donos da verdade", característica que já conhecemos do corporativismo nuclear, ainda não se renderam, mesmo com as evidências de mais essa catastrofe que se anuncia no Japão.

A pergunta é: Com uma matriz energética como a nossa é importante manter essas caixas de Pandora tão próximas de densidades populacionais tão densas, como a localização de Angra e Itaguai onde a Marinha constrói a sua própria caixa de Pandora?