sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Presidente, Presidenta ou Presidanta


Desde que assumiu a presidência da república a Presidente Dilma Rousseff instituiu um novo vocábulo no vernáculo: Presidenta

A partir dai instalou-se uma polêmica sobre a existência ou não do termo. Alguns gramáticos, mais adeptos da evolução constante da língua, alguns deles diplomando erros crassos em livros escolares, aceitam o termo alegando que ele já existe, timidamente, desde o século 19 e que a língua é viva e sendo assim como a palavra foi reivindicada, no caso pela presidente Dilma, ela pode ser usada. Alegam que outras palavras como estudante, atacante não foram reivindicadas para o uso e por isso não são usadas.

O fato de a língua ser um mecanismo vivo, evolutivo, não nos dá o direito de criar ou sacramentar erros. Existe uma língua culta e uma língua popular, onde algumas liberdades são consentidas.

É preciso lembrar que a palavra presidente é particípio ativo do verbo presidir; presidente é quele que preside. Se assim não fosse teríamos que ter estudanta, atacanta, visitanta.


Um bom exemplo do erro grosseiro seria: A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.


Portanto, discordamos de Pasquale Neto quando ele afirma que: "Se ela disser que quer ser chamada de "presidenta", que seja feita a sua vontade - por que não?"

Afinal, quem é ela: Rainha Dilma?

Por outro lado, querer transformar esta escolha uma homenagem à mulher brasileira, como parece ter sido a intenção de Dilma ou classificar aqueles que discordam do termo como machistas é uma enorme bobagem.

sexta-feira, janeiro 23, 2015

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quinta-feira, dezembro 11, 2014

Cai a Máscara da Comissão Nacional da Verdade (CNV)

Ontem, com pompa e circunstância com direito a lágrimas de crocodila (como não existe presidenta posso usar crocodila também) a nefanda Comissão Nacional da Verdade, ou meias verdades, presidida e conduzida com total parcialidade e incompetência, apresentou seu relatório final supostamente contendo verdades, mas que na realidade usa meias informações para, entre algumas confirmações de quebra de direitos humanos que sabemos ocorreram de ambos os lados embora só se enxergue um deles, também manchar a honra de militares com extensa folha de serviços ao país, que por irresponsabilidade na análise das informações coletadas foram, injustificadamente, rotulados pela simples circunstância, de por alguma razão, estarem próximos aos fatos.

Causa enorme perplexidade e indignação de como se atira no lixo, décadas de serviço sério e honesto, sem sequer convocarem as pessoas para dar quaisquer explicações ou depor.

É o caso por exemplo do Almirante Julio Saboya que foi fui rotulado como "tendo participação em casos de tortura, cuja execução acompanhava", afirmação feita a partir de dados completamente errados e inverídicos; a CNV teve acesso aos dados de carreira do Almirante (caderneta-registro) disponibilizado pela Marinha, mas não se preocupou, sequer, em verificá-los corretamente.

O relatório afirma que o oficial serviu na Ilha das Flores por dois anos - 1969 e 1970 - como Capitão-de-Corveta ; ele não serviu na Ilha das Flores e sim fora destacado do seu navio, CT Paraná, como 1º Tenente (com menos de 3 anos de formado), para auxiliar a realização de um IPM na Ilha das Flores, por cerca de dois meses, no primeiro semestre de 1969, retornando ao seu navio após o término do meu trabalho. Tudo consta dos assentamentos enviados à CNV. Quem conhece um pouco da vida militar sabe que oficiais modernos (novos) são destacados para atividades burocráticas como esta.

O citado oficial nunca acompanhou interrogatórios investigativos, realizados, eventualmente, por agentes externos, era apenas responsável pelos documentos formais do IPM, que apurava assaltos a bancos e atividades subversivas, sempre com escreventes e com os depoimentos lavrados e assinados. A verdade foi deturpada por quem deveria tê-la como principal objetivo.

Este é o tipo de trabalho que foi entregue à Presidente e que a fez chegar às lágrimas.

Uma Comissão que nitidamente enxerga apenas um dos lados, como se aqueles que pretensamente lutavam pela democracia, o que sabemos nunca foi o objetivo real, não tivessem, assaltado, assassinado e torturado, como meio de obter informações dos movimentos das forças de repressão da época. Infelizmente, a tortura é um traço do caráter humano existente em uma classe de seres humanos inferiores, que não se abstém de fazer uso dela quando estão no poder. Ela está por ai, em vários lugares do mundo, ainda hoje no século 21.

Como se expressou Reinaldo de Azevedo hoje:"De maneira indecorosa, a comissão ignorou os assassinados por grupos terroristas: há pelo menos 121. Não! Esses cadáveres não contam. Não devem entrar na categoria de carne humana. Também os atos violentos dos grupos terroristas foram banidos da verdade. A Comissão Nacional da Verdade quer nos fazer crer que só agentes do estado praticaram violência; que não houve terrorismo no Brasil; que as pessoas assassinadas pelos terroristas não eram humanas; que a emenda que convocou a Constituinte não foi aprovada por um Congresso soberano."

Não temos dúvidas que com as informações que começam a aparecer sobre o conteúdo do Relatório Final da CNV, vão surgir ações judiciais visando solicitar ao Presidente desta Comissão explicações de como presidiu as investigações sem tomar os cuidados necessários, pois quem decide liberar um relatório importante como este, que mexe com a vida e a reputação das pessoas, sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo nem verdadeiro

sexta-feira, dezembro 05, 2014

Liberdade do Medo, da Série Mulheres Sempre Grandes na História

Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz de 1991, reconhecida internacionalmente pela sua luta contra a tirania, por liberdade e dignidade é um exemplo vivo de luta pelos direitos humanos não só para seu povo na Birmânia (Myanmar) como para toda humanidade.

Suu Kyi recebeu além do Nobel da Paz em 1991, o Prêmio Rafto e o Prêmio Sakharov pela Liberdade de Pensamento em 1990. Em 1992 ela foi agraciada com o Jawaharlal Nehru Award for International Understanding pelo governo da Índia. Em 2007 o governo do Canadá transformou-a em cidadã honorária daquele país, a quarta pessoa a receber esta honra. Em 2001 foi agraciada com a Wallenberg Medal. Em 19 de setembro de 2012, Aung San Suu Kyi foi também contemplada com a Congressional Gold Medal, que juntamente com Presidential Medal a maior condecoração civil nos Estados Unidos.

Filha do grande herói nacionalista da Birmânia, Aung San, vivendo um boa parte da sua vida fora da Birmânia, visto que casada com um inglês, nunca desprezou sua identidade birmanesa e quando o destino lhe apresentou a ocasião não abandonou seus país, seu povo e a busca pela liberdade.

Retornando à Birmânia em 1988 por ocasião da doença de sua mãe, jamais deixaria a Birmânia novamente, convocada pelo povo de seu país para liderar a luta em prol da liberdade no país, oprimido por uma feroz junta militar desde um golpe de 1962. A Junta Militar tentava quebrantar seu espírito, separando-a dos familiares na Europa e oferecendo a falsa liberdade de deixar o pais para se juntar a eles. Ela estava, perfeitamente, ciente de que se o fizesse, jamais obteria autorização para regressar.

Desde o golpe de 1962 e até 2010, Myanmar foi governado por um regime militar estrito, com o nome "Conselho de Estado para a Paz e o Desenvolvimento". Apesar de algumas reformas, e a teórica instalação de um governo civil, em 2010, a Constituição ainda mantém o poder dos militares. O atual chefe de Estado é o presidente do Conselho, General Than Shwe. A maioria dos postos do gabinete é ocupada por oficiais militares. . Os principais partidos do país são a Liga Nacional pela Democracia e a Liga das Nacionalidades Shans pela Democracia, embora suas atividades sejam fortemente reguladas e mesmo suprimidas pelo regime militar que, ademais, proibiu o funcionamento de diversos partidos e organizações políticas.

Várias organizações de direitos humanos, inclusive a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, relatam casos de abusos do governo militar contra os direitos humanos e afirmam que não há poder judiciário independente no país . Há relatos de trabalhos forçados, tráfico de pessoas e trabalho infantil , e o governo é conhecido por usar a violência sexual como instrumento de controle.

As eleições parlamentares de 1990 foram as primeiras em 30 anos, na qual a Liga Nacional pela Democracia, chefiada por Aung San Suu Kyi, recebeu mais de 60% dos votos e mais de 80% dos assentos na Assembleia. Entretanto, o regime militar anulou o resultado do pleito. Aung San Suu Kyi, que ganhou reconhecimento internacional como ativista pela democracia em seu país e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991, tem sido mantida em prisão domiciliar.

Os representantes eleitos em 1990 formaram o Governo Nacional de Coalizão da União de Myanmar, um governo-no-exílio que é considerado ilegal pelo regime militar .

No entanto, ele esteve detida em prisão domiciliar por 15 dos 21 anos desde 20 de julho de 1989 até recentemente em 13 de novembro de 2010, tornando-se um dos mais proeminentes prisioneiro políticos do mundo.

Em 1 de Abril de 2012, seu partido a Liga Nacional Pela Democracia anunciou que ela tinha sido eleita deputada (Pyithu Hluttaw) no Parlamento Birmanês, representando os constituintes de kawmu, seu partido ganhou 43 das 45 vagas na casa baixa. Os resultados das eleições foram confirmados pela comissão oficial eleitoral no dia seguinte.

Em 6 de junho de 2013, Suu Kyi anunciou ao Forum Econômico Mundial de que concorreria para a presidência de Myanmar nas eleições de 2015. Suu Kyi é proibida de acordo com a constituição, entretanto, de se tornar presidente e isto não pode ser emendado sem, pelo menos, um legislador militar.

Em 2014, ela foi listada pela Forbes como a 61ª mulher mais influente no mundo.

Inicialmente Publicado em Conversando Sobre História

quinta-feira, novembro 20, 2014

Não peide ao fazer uma ressonância magnética


Estou contando esta verdadeira, mas patética, história em solidariedade a outras almas torturadas que, incansavelmente, resistem e sobrevivem a extremas humilhações. Somos um grupo de idiotas, propensos a acidentes, que provocam situações embaraçosas regularmente, que seriam capazes de traumatizar permanentemente uma pessoa normal. A minha experiência esta semana será difícil de superar: eu peidei dentro de um aparelho de ressonância magnética.

Em termos médicos, eu tinha rompido o menisco, uma cartilagem que atua como um amortecedor entre a minha tíbia e o fêmur. Em termos de mulher de meia-idade, dois demônios do inferno invadiram meu corpo e acenderam fogueiras no meu joelho e depois dançaram por ali, cutucando os nervos abertos com garfos elétricos. A dor era muita mais do que intensa e o acidente tinha severamente danificado meu corpo a ponto de eu não poder nem ficar parada, nem caminhar, e nem ao menos rastejar até o bar de vinhos.

Após cinco dias de drogas induzidas, eu finalmente vi um cirurgião ortopédico. Ele manipulou meus joelhos até que as lágrimas escorressem pelo meu rosto e eu o ameaçasse de arrancar seus braços. Era óbvio que aquilo estava me machucando, pela maneira que eu arrancava pedaços dos cantos da mesa de exame. Eu silenciosamente prometi incluí-lo como personagem detestável no meu próximo conto. Finalmente, um lindo anjo me deu narcóticos autorizados. Logo minha perna devastada era uma grande piada, em faixas, e eu ria e ria.

Poucos dias depois, eu fiz a ressonância magnética - um procedimento de imagens que utiliza um campo magnético e ondas de rádio para fazer imagens de ligamentos e articulações danificadas. Um belo e jovem técnico me ajudou a entrar no tubo do terror e amarrou a minha perna. Eu, nervosamente, comentei que primeiro eu tinha que saber o nome dele, antes de dar autorização para ser amarrada em uma cama. Ele não riu, mas me mandou ficar quieta por 45 minutos. Então, lá estava eu, com dor, sofrendo de claustrofobia, movendo-me sobre uma esteira em direção à câmara de tortura branca, e eu não tinha ideia de como permanecer imóvel. E, para completar minha angústia, a minha única plateia não se divertia com as minhas piadas.

20 minutos mais tarde, eu comecei a ficar ansiosa. Eu estava amarrada em um túnel e só poderia ouvir ruídos estranhos e sons agudos e irritantes. Por mim eles estavam decidindo quais seriam as partes do meu corpo que iriam extrair e vender no mercado negro. Em seguida, uma sensação incômoda conseguiu prever que viria uma passagem de gás. Mordi a língua, me belisquei e tentei me concentrar em uma cena pastoral, em um prado verde ao lado de um riacho murmurante. Eu podia ouvir o conselho da minha mãe: "Segure fundo." Eu me mexi.

"Por favor, fique quieta", ouvi a voz que vinha do lado de fora do túnel da vergonha.

Eu observava como as luzes e os números revelavam o tempo que restava. Três minutos. Eu ia conseguir! Não! Meu corpo me traiu no último minuto. Eu estava presa e indefesa, assim que meu corpo nervoso fez o que faz melhor: ele peidou. Eu lancei gás com a intensidade e a convicção de uma equipe de lutadores de sumô depois de uma competição para ver quem comia mais pimenta. E o espaço confinado fez com que o som se amplificasse, como se uma dúzia de sirenes tivessem sido ativadas simultaneamente. Eu não sabia se chorava, ria, ou ligava para o meu filho e me gabava do feito.

"Bem, agora, eu acho que já temos imagens suficientes", disse o lindo técnico, suprimindo uma risada. A cama mágica foi retrocedendo rumo à liberdade, trazendo consigo o cheiro pútrido da decadência. Eu estava mortificada, já que meu prado imaginário se tornou um pasto devastado, cheio de esterco podre. Que diabos eu tinha comido? Evitei contato visual com o técnico tímido e manquei de volta para o vestuário. Mais uma vez, eu aceitei o meu destino de ser a relutante e perpétua palhaça, a excêntrica, aquela que peida durante um procedimento médico complicado.

Se eu precisar de outra ressonância, vou solicitar que seja no Texas. Todos peidam por lá.

Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

O Nascimento da Dissenção Xiita - Sunita


Uma das mais dramáticas ocorrências na época da Dinastia Omaiada em 680, continua a afetar o Oriente Médio até hoje. O filho de Ali, genro de Maomé e 4º califa, Hussain foi massacrado pelas forças Omaiadas em Karbala, no Iraque.

Este evento violento deu nascimento à divisão Sunita-Xiita dentro do Islã. O massacre de Karbala é a origem da violência sectária que tem flagelado o povo do Iraque. Iraque.

Imediatamente à morte de Mu'awia o filho de Ali, Hussain alegou direitos ao califado. esta posição, naturalmente o colocou em rumo de colisão contra Yasid (o filho do Califa Omáiada Mu'awia) que se considerava o califa por direito. Iraque.

Hussain era apoiado por uma grande facção que o o seguia devido aos seus laços com Maomé (ele era neto de Maomé). Iraque.

O exército de Hussain e um pequeno grupo de seguidores foram capturados perto de Karbala. Os Omaiadas executaram totalmente o grupo. Depois cortaram a cabeça de Hussain e a enviaram, para Yasid, em Damasco. Iraque.

O horror e choque da atitude enfureceu muitos muçulmanos. Iraque.

Hussain afinal era neto de Maomé. O massacre provocou o cisma dentro do Islã. Os seguidores de Hussain ficaram conhecidos como Xiitas (Casa de Ali) enquanto o seguidores dos Omaiadas (a maioria dos muçulmanos) se tornaram conhecidos como Sunitas. Iraque.

Hussain e seus irmãos estão enterrados em Karbala. Os Xiitas consideram a cidade como sagrada e todos os anos no aniversário do massacre , os Xiitas se envolvem em atos de autoflagelação, como uma penitência simbólica por não terem ajudado a salvar Hussain. Iraque.

Fonte: Understanding The Middle East, Edward Trimnell. Iraque.

Imagem: Batalha de Karbala Alguns direitos reservados por: https://www.flickr.com/photos/harveypekar/ (Todos os tamanhos desta foto estão disponíveis para download sob uma licença Creative Commons).

Originalmente publicado em Conversando Sobre História.

quinta-feira, novembro 06, 2014

Cuidado com o que lê nas Redes Sociais + Gramsci

Quem nos acompanha sabe que a decepção bateu nas primeiras horas após o resultado das eleições, mas desde o começo sempre manifestei minha opinião que auditoria e recontagem com o sistema atualmente implantado, sem comprovante impresso da votação seriam inúteis e só serviriam para abalar a reputação internacional do país e o que considerava que devia ser feito seria a capitalização política, pela oposição, dos mais de 51 milhões de votos do Aécio.

Nestas primeira horas, confesso, até me deixei levar por algumas ideias, que pensando com mais clareza 24 ou 48 horas depois considerei não só ineficazes como ridículas. Uma delas a petição à Casa Branca.

Com o passar dos dias comecei a identificar um certo exagero daqueles que estão postando todo este ódio nas redes sociais, às vezes esquentando notícias passadas, algumas de vários anos, que o leitor desprevenido pensa que são cotidianas. Estas pessoas não estão discutindo ideias, estão criando um estado de ânimo para um suposto "impeachment" que sabemos não vai ocorrer. Denunciar, repassar fatos políticos ou denúncias de corrupção mostrados pela mídia é uma coisa, mas o que estão fazendo é fomentar ódio e ressentimentos.

Vi um vídeo de uma conversa, aparentemente pelo Skipe, entre Olavo de Carvalho e o músico Lobão, que é simplesmente patético caracterizado por um baixíssimo nível do discurso. Percebi a injusta avalanche de insultos ao Xico Graziano, antigo colaborador ou assessor do PSDB (FHC), em seu perfil no Facebook, quando começou a criticar o que anda por ai nas redes sociais.

Então, considero o discurso de hoje à tarde do Aécio no Senado, exatamente, o que eu esperava; ele assumiu a liderança da oposição em nome de mais de 51 milhões e exigiu condições para o diálogo. Enquanto isso, membros desta turma radical nas redes sociais afirmam que Aécio os traiu. Dá para identificar logo o que esta gente pretende. É preciso separar o joio do trigo se queremos, realmente, contrapor o que está ai, dentro da democracia e do estado de direito.

Os que me conhecem sabem que não pertenço a nenhum partido, sou apenas brasileiro, preocupado, nem mesmo comigo, mas com o futuro dos meus, por enquanto, cinco netos.

Todo mundo sabe que a ideologia do PT vem deste calhorda italiano. Mas alguém perguntaria: O Lula leu Gramsci? É claro que não, nunca leu nada, mas não se pode desconsiderar, o que seria um burrice, que ele é esperto e com o tempo assimilou o discurso dos ideólogos do PT. Na verdade, existe um aparente paradoxo : O PT é um produto do Lula ao mesmo tempo que o Lula se tornou produto do PT.



Exemplo 1:.

"As necessidades para todo movimento cultural que pretenda substituir o senso comum e as velhas concepções do mundo em geral, a saber: 1) não se cansar jamais de repetir os próprios argumentos (variando literariamente a sua forma): a repetição é o meio didático mais eficaz para agir sobre a mentalidade popular; 2) trabalhar incessantemente para elevar intelectualmente camadas populares cada vez mais vastas, isto é, para dar personalidade ao amorfo elemento de massa, o que significa trabalhar na criação de elites de intelectuais de novo tipo, que surjam diretamente da massa e que permaneçam em contato com ela para tornarem-se os seus sustentáculos." [Posição 817 Kindle]

Querem mais, então observem o pensamento Gramsciano que move a politica educacional do PT, através da manipulação desde tenra idade das crianças na Escola:

Exemplo 2

"O fato de que uma multidão de homens seja conduzida a pensar, coerentemente e de maneira unitária, a realidade presente é um fato "filosófico" bem mais importante e "original" do que a descoberta, por parte de um "gênio" filosófico, de uma nova verdade que permaneça como patrimônio de pequenos grupos de intelectuais."

[Posição Kindle 640]

terça-feira, novembro 04, 2014

Hegemonia


Este texto do Reinaldo Azevedo precisa ser lido e disponibilizado na Integra como também deve ser lida na íntegra a resolução recente do PT (3/11) cujo link está disponibilizado no texto. Melhor ainda, quem quiser realmente entender o que se passa deve ler Gramsci. Existe versão gratuita, em português, na Amazon

O texto da resolução do PT não é absolutamente transparente, as mensagens são subliminares, evidentemente engana muita gente, mas é suficientemente claro para qualquer um que tenha um mínimo de instrução e não esteja perto do analfabetismo funcional. Embora a liderança saiba bem o que busca, acredito que grande parte da militância do PT sequer entende o que etá escrito.

A situação é grave, continuo achando que a solução não é contestação das urnas, recontagem ou auditoria, mas a mobilização dos mais de 51 milhões que não votaram diretamente na Dilma, somados aos mais os cerca de 6 milhões que votaram nulo e branco. Estou desconsiderando as abstenções, pois entre elas não podemos exatamente contabilizar oposição. Como disse o Reinaldo, o PT considera estes 57 milhões como fascistas, homofóbicos e racistas e não os trata como adversários. mas como inimigos a serem eliminados.

Leia o artigo de:
Artigo Reinaldo Azevedo

sexta-feira, outubro 24, 2014

Despreparo Democrático

Esperava-se que as eleições de 2014 seriam uma estreia eficaz das mídias sociais no processo eleitoral, mas o que se viu foi o mal uso dessas ferramentas servindo a paixões descontroladas, ataques "ad-hominem" concorrendo para a aniquilação do debate de ideias e propostas.

Costuma-se dizer que a democracia brasileira é jovem, por exemplo, em relação à americana, que já elegia presidentes enquanto éramos uma colônia. Eu acho este argumento um pouco ingênuo ou equivocado. O que se verifica é que o brasileiro ainda torce por candidatos como se torcesse por um time de futebol, olham apenas para os nomes das pessoas que se candidatam e esquecem-se dos programas de partido que na verdade inexistem. Meses depois, sequer se lembram em quem colocaram seu voto.

Há quem defenda a intervenção da Justiça Eleitoral para coibir os excessos. Isto nunca vai resolver o problema, o que precisamos é educar a população, constantemente, mostrando que eleições não podem ser comparadas a embates futebolísticos e que não existem camisas e sim ideias e o futuro do pais em jogo. E o que deve ser discutido são exatamente as ideias não as pessoas, evidentemente, ressalvando a necessidade das fichas-limpas.

Contribui muito para isso o péssimo sistema educacional, que para piorar as coisas retirou há tempos do currículo disciplinas importantes, simplesmente, porque a associavam aos governos militares; moral, ética, cidadania e política.

Hoje alega-se que a grade curricular está muito carregada e que não suporta a inclusão de mais uma disciplina como já proposto no Congresso. Pode até ser, mas porque não revemos esta grade tornando-a compatível com a idade dos alunos excluindo por exemplo o ensino de História nos níveis mais elementares. História não é uma matéria para ser ensinada a crianças de 7 aos 9 anos, quando sequer possuem as qualidades cognitivas para entender as análises necessárias ao ensino adequado da matéria. Ensinar História baseando-se apenas em datas e nomes é um erro e com o tempo vai apenas contribuir para afastar o aluno do tema.

Temos mais 4 anos para ver se a redes sociais entram no debate político, com toda a sua relevância e sem suas mazelas, porque desta vez falharam.

quarta-feira, outubro 22, 2014

O Valor de Uma Boa Obra de Ficção


Aqueles que como eu estão sempre lendo ensaios e estudos, sejam eles científicos ou de ciências humanas como Direito, História Sociologia etc., precisam às vezes parar e dar tempo para uma boa obra de ficção.

Aquele tipo, que às vezes nos faz, graças à pesquisa apurada do autor, chegar até a pensar que os fatos tem coincidência histórica.

Na maioria ou na totalidade das vezes não tem, apenas o autor é hábil o suficiente para misturar seus personagens no meio de acontecimentos e personagens históricos de um maneira que parece tão verossímil, que nos vemos, subitamente, a procurar no Google dados sobre personagens, até sempre confirmarmos, inexoravelmente, que são fictícios.

Somerset Maugham, por exemplo, costuma escrever na primeira pessoa do singular, um estilo que dá a impressão de que que o autor está inserido na história conversando e entrevistando personagens. Segundo ele, isto dá mais verossimilidade à narrativa, de tal forma que Maugham em seus prefácios costumava alertar o autor de que ele não estava na narrativa e de que não se iludissem sobre os fatos terem acontecido a ele próprio.

Portanto, amigos, deem pausa a seus estudos com uma boa ficção de tempos em tempos. Um bom autor ensina muito sobre a natureza humana e nos faz crescer como seres humanos.

Publicado inicialmente em: Conversando Sobre História.