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domingo, março 20, 2016

Ética e Cultura: O Caso Lula

Considero difícil de entender como o ex-presidente Lula ainda tem uma expressivo apoio depois de ter seu caráter demonstrado em conversas privadas além de tudo que a operação Lava-Jato vem desvendando.

Não me refiro especificamente às pessoas que compareceram a manifestações pró-governo, porque essas estão sendo conduzidas muitas vezes coercitivamente pelas entidades que apoiam o ex-presidente e pelas benesses de pão e mortadela, com ajuda de custo. Não são espontâneas e muitos nem sabiam por que ou sobre o quê estavam protestando.

O que me intriga são pessoas, aparentemente, de maior nível cultural, que se manifestam no Twitter e no Facebook, demonstrando um radicalismo cego.

Já tive oportunidade de escrever em outra ocasião, que a ética pressupõe uma certa cultura. Não é possível uma pessoa exercer a ética em sua plenitude se esta não tiver recebido certos ensinamentos básicos de cidadania. Isso não é elitismo, é fato. O Ex-presidente Lula não tem ética porque é inculto, nunca lhe ensinaram princípios éticos.

As nações do primeiro mundo possuem uma população mais ética em virtude dos longos anos de ensinamento de cidadania pelos quais passaram. Há tempos atrás, suas atitudes eram semelhantes às do nosso povo inculto e sem cidadania.

Ética se aprende na família, no convívio da Sociedade e na escola. E o exemplo é o maior formador de cidadãos éticos.

Quando Lula se refere à ingratidão do procurador da República, está demonstrando simplesmente sua ignorância sobre os valores republicanos e achando que a nomeação foi um favor pelo qual se deve retribuições.

A democracia é sem sombra de dúvidas a melhor forma de governo, mas como tudo tem suas falhas, uma delas é permitir que um apedeuta ignorante ascenda ao maior cargo da nação.

Sócrates, por isso mesmo, se referia ao governo dos que sabem. O filosofo, acreditava que somente aqueles que possuíssem o saber político, ou seja, aqueles que de fato soubessem o que era a Política, a Justiça, a Ética estariam aptos a governar.

Embora esse argumento Platônico-Socrático possa ser idealizador do totalitarismo, é inegável que esse é um problema da democracia e precisamos dos seus instrumentos endógenos, para remover do poder aqueles que, em que pese terem sido eleitos democraticamente, demonstram inadequação para o seu exercício.

sexta-feira, outubro 24, 2014

Despreparo Democrático

Esperava-se que as eleições de 2014 seriam uma estreia eficaz das mídias sociais no processo eleitoral, mas o que se viu foi o mal uso dessas ferramentas servindo a paixões descontroladas, ataques "ad-hominem" concorrendo para a aniquilação do debate de ideias e propostas.

Costuma-se dizer que a democracia brasileira é jovem, por exemplo, em relação à americana, que já elegia presidentes enquanto éramos uma colônia. Eu acho este argumento um pouco ingênuo ou equivocado. O que se verifica é que o brasileiro ainda torce por candidatos como se torcesse por um time de futebol, olham apenas para os nomes das pessoas que se candidatam e esquecem-se dos programas de partido que na verdade inexistem. Meses depois, sequer se lembram em quem colocaram seu voto.

Há quem defenda a intervenção da Justiça Eleitoral para coibir os excessos. Isto nunca vai resolver o problema, o que precisamos é educar a população, constantemente, mostrando que eleições não podem ser comparadas a embates futebolísticos e que não existem camisas e sim ideias e o futuro do pais em jogo. E o que deve ser discutido são exatamente as ideias não as pessoas, evidentemente, ressalvando a necessidade das fichas-limpas.

Contribui muito para isso o péssimo sistema educacional, que para piorar as coisas retirou há tempos do currículo disciplinas importantes, simplesmente, porque a associavam aos governos militares; moral, ética, cidadania e política.

Hoje alega-se que a grade curricular está muito carregada e que não suporta a inclusão de mais uma disciplina como já proposto no Congresso. Pode até ser, mas porque não revemos esta grade tornando-a compatível com a idade dos alunos excluindo por exemplo o ensino de História nos níveis mais elementares. História não é uma matéria para ser ensinada a crianças de 7 aos 9 anos, quando sequer possuem as qualidades cognitivas para entender as análises necessárias ao ensino adequado da matéria. Ensinar História baseando-se apenas em datas e nomes é um erro e com o tempo vai apenas contribuir para afastar o aluno do tema.

Temos mais 4 anos para ver se a redes sociais entram no debate político, com toda a sua relevância e sem suas mazelas, porque desta vez falharam.

terça-feira, março 26, 2013

Que País é Esse

Professores deviam ser saudados de pé quando entrassem em sala de aula e jamais agredidos por alunos ou pais de alunos como parece ser a pratica atual nesse pais. Não incluem nos currículos disciplinas que desenvolvem a cidadania por um mesquinho preconceito com matéria nesta direção que eram aplicadas durante o regime militar. Estudantes das escolas públicas não reverenciam os símbolos nacionais como era praxe e por isso não aprendem a valorizar valores como o respeito aos mestres.

Da mesma forma verbas liberadas para tragédias deveriam ser encaminhadas para os municípios atingidos e não desviadas e após dois anos as pessoas continuarem desabrigadas.

O dito crescimento da classe média, tão reverenciado pelo governo, deveria vir acompanhado não só de melhorias no poder aquisitivo, mas também das condições sociais. Que classe média é essa que não tem esgoto, não sabe ler e não tem educação cívica. Do que vale propiciar veículos para quem não tem condições de seguir as leis do trânsito.

Infelizmente o que assistimos é uma constante violação dos mínimos direitos da sociedade e o país ostenta os primeiros números na economia e os últimos na qualidade de vida e no desenvolvimento social.

Enquanto isso as pessoas que supostamente deviam trabalhar para corrigir estas distorções são as que mais estão divorciadas da realidade brasileira e se preocupam, exclusivamente, com seus futuros políticos e seus bolsos.

Infelizmente, não dá mais para acreditar nesse país que mesmo na economia onde supostamente vai bem, começa a sofrer os efeitos das políticas erradas orientadas por lobbies e o poder econômico de grupos que impedem este desenvolvimento para garantir seus feudos. Ai está a nossa safra presa nos portos por causa de falta de infraestrutura portuária, hidroviária e ferroviária.

Já que o papa não foi brasileiro, só esperando, como disse a presidente, que Deus seja brasileiro e corrija tudo isso mandando muitos para o inferno.

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