sábado, julho 25, 2009

Mídia, Influenza, Governos e OMS



Algo me diz que a interface Mídia, Governos e a OMS falhou na informação para a população sobre a nova gripe. Começou com a errônea denominação dada à gripe.

É verdade que o desconhecimento inicial sobre a atuação do virus H1N1 tenha contribuído para isso quando a gripe se instalou no México. No entanto, a partir do momento que se teve maior conhecimento dos efeitos da gripe no organismo humano a comunicação com o público deveria ter sido alterada, não para esconder a possível gravidade nas complicações respiratórias que podem levar à morte do paciente, mas para evitar o pânico que se instalou, por exemplo, no Brasil, especificamente no Rio de Janeiro, lotando hospitais, desnecessariamente, e prejudicando o atendimento daqueles que realmente precisam de internação.

O governo insiste em informar à população que a letalidade da nova gripe é menor do que a da gripe sazonal, mas continuou contabilizando e dando publicidade regular à ocorrência de novos casos e das eventuais mortes, aumentando a cada nova estatística o receio da população. Ora, ninguém tem intimidade com essas estatísticas anunciadas que causam enorme surpresa ao indicarem que morrem milhares de pessoas anualmente em função de gripe sazonal, sendo alguns desses milhares no Brasil (em julho de 2008, segundo o ministro Temporão, teriam sido 4500) e muito menos que sucumbem pessoas jovens e aparentemente saudáveis. Isso só faz aumentar a impressão de que o governo não tem o controle, não sabe o que diz e acaba promovendo a corrida aos hospitais.

Melhor seria parar com as divulgações e instalar uma maciça campanha de informação alertando para as diferenças entre a nova gripe e a gripe comum, detalhando os cuidados de higiene e contato do que a publicação diária de mortes e novos casos ainda mais que sabemos que os casos contabilizados estão longe da realidade.

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